Play with Fire - Aemond Targaryen

CAPÍTULO 16 - Ninguém alem de mim.

Aennastacia Targaryen,
ponto de vista.

Meus pais e meus irmãos partiram ao nascer do sol à Dragonstone, deixando apenas Maegor e eu em King's Landing.

Lá eles estarão mais seguros, ou é nisso que eu prefiro acreditar. Ao menos, eles não estariam na cova dos leões, que é esse castelo.

Eu havia passado todo o restante do dia em meu quarto, eu não me sentia bem, meus pensamentos giravam em torno de meu irmão, Luke. Era como se meu mal-estar fosse um aviso sobre algo. Era esmagador.
Ele ficaria bem?

Eles ficariam bem?

- Tem certeza que não quer que eu chame os meistres, Aenna? - A mulher me pergunta enquanto termina de preparar meu banho.

Louise era minha criada, desde que me mudei para Dragonstone a mais velha sempre cuidou muito bem de mim.
Ela era a única na qual eu confiava para permanecer tão perto de mim, cuidando de meus bens e a qualquer coisa relacionada a mim.

A mulher de cabelos ruivos, tinha por volta de 30 anos de idade, mas sempre foi muito competente.

Eu nunca a tratei como uma criada ou como uma pessoa qualquer, ela era uma grande amiga para mim.
Até porque, desde que eu era nova, ela esteve comigo.

Louise estranhou meu comportamento na hora em que eu a pedi para que  preparasse meu banho, coisa que eu raramente havia pedido para ela, visto que eu nunca gostei que fizessem tais coisas por mim.

- Não tem com o que se preocupar, Lou. - Falo quando termino de me despir. - Eu só preciso desse banho e ficarei bem.

A mulher pega em minha mão para me ajudar a entrar na banheira que ficava em meu quarto.

Quando senti a água quente em contato com minha pele, solto um suspiro pesado. Era disso o que eu precisava.

Todos os dias, meus banhos tinham que ser com a água completamente quente, nada de morno, apenas a alta temperatura conseguia fazer com que meu corpo relaxasse.

- Tratei sua janta mais tarde e lhe farei um chá para que descanse. - Ela sugere enquanto eu me acomodo na banheira.

- Eu seria muito grata. - Digo fechando os olhos.

Percebo que eu adormeci quando tomo um susto ao despertar, a água já havia esfriado um pouco, me deixando desconfortável.

Não paro para reparar em o que me fez acordar com um alto barulho, provavelmente havia sido nos corredores em frente ao meu quarto.

Mas mãos agarram meu pescoço por trás, o apertando com agressividade e tirando o meu fôlego.

- O que me impede de fazer com você o mesmo que fez comigo, querida sobrinha? - Ele sussurra em meu ouvido ainda me tirando o ar. -  Você tem um belo corpo para ser desperdiçado.

Nojento. Pelos deuses, apenas a voz dele me enojava.

Eu só queria saber como Aegon havia entrado em meu aposento sem que ninguém o visse.

- A surra que levou foi tão forte que perdeu a força nos braços, querido tio? - Tento fingir que seu aperto não me causara nada. - Não consegue sequer enforcar uma garota em seu momento mais vulnerável? 

Sinto os seus dedos apertarem com mais brutalidade contra minha garganta, fazendo com que involuntariamente, minhas mãos tentassem me livrar de seu aperto.

Eu começava a lutar pelo ar e Aegon ria descontroladamente se divertindo com minha situação.

- Não aprece tão valente agora, Aenna. - Ele me solta e por fim, se coloca em minha frente. - Achei que tinha mais potencial... Preferia ver você lutando enquanto eu observava o terror em seus olhos.