Play with Fire - Aemond Targaryen

CAPÍTULO 19 - A verdadeira herdeira.

Aennastacia Targaryen,
ponto de vista.

Começo a despertar quando raios de sol começam a incomodar meus olhos pela claridade.

Sinto algo pesando em cima de meu corpo, e quando abro os olhos me lembro da noite de ontem.

Vejo Aemond, envolvendo seus braços pela minha cintura.

Ele me observava atento, seu olho explorava todo o meu rosto e parte do meu corpo que estava descoberto pelo lençol que nos enrolava.

- Gosta de me assistir dormir? - Falo com a voz ainda embargada pelo sono.

Ele parecia estar tão concentrado em me fitar que era como se minha voz houvesse o tirado do transe.

- Você fala sozinha enquanto dorme. - Ele tira o braço que estava por cima de mim parecendo envergonhado.

- E você ronca. - Era uma mentira, mas ver a cara indignada de meu tio, fez o meu dia. Não consigo conter a risada.

Tento me levantar mas sinto meu corpo ser puxado para a cama novamente, e no mesmo momento, Aemond me prende em seus braços.

- Aemond, me solta! - Tento me soltar, em vão. - Preciso ir.

- Prentende fugir sorrateira me deixando sozinho na cama como foi na outra noite, meu amor? - Ele gira nossos corpos, se colocando em cima de mim, prendendo meus braços acima da cabeça.

- É uma ideia tentadora, meu tio. - Outra gargalhada sai de minha boca.

Por alguns segundos vejo uma sombra passar pelo olho de Aemond.

O sorriso que ele carregava em sua boca desapareceu aos poucos, seu olhar se vidrou ao meu.

E derrepente, sinto sua boca se encostar na minha.

Não tinha maldade nesse beijo que havia se iniciado, ele era calmo, o completo oposto de todos os nossos beijos.

Sua mão solta meu pulso, e ele as leva ao meu rosto enquanto meus braços circulam seu pescoço.

Ele separa nosso beijo colando nossas testas, não sei por quanto tempo ficamos apenas sentindo um ao outro mas o tempo parecia ter congelado, como se tudo ao redor não existisse.

Não havia mais nada e nem ninguém ali, além de Aemond e eu.

Aproveito de sua distração para sair de baixo dele e finalmente conseguir levantar.

O mais estranho é que o homem continuou apenas deitado com um olhar perdido para o teto.

Sem dizer uma palavra sequer, eu me visto rapidamente após realizar minhas higienes matinais.

Quando estou pronta me preparando para sair, Aemond finalmente se pronuncia.

- Te acompanharei. - Ele se senta na cama.

Me apresso em pegar suas roupas que estavam espalhadas pelo chão. Meu tio me encarava sem entender o que eu fazia.

- Até logo, meu tio. - Ao entender o que eu pretendia fazer, Aemond tenta me alcançar.