𝐒𝐓𝐀𝐑 | 𝐒𝐈𝐑𝐈𝐔𝐒 𝐁𝐋𝐀𝐂𝐊

18. Jaime

HOGWARTS
1 DE DEZEMBRO| 1976
—— segunda-feira

REGULUS NÃO TINHA O DOM de cuidar de crianças. Ele não as odiava, claro, mas com certeza não era um fã. Na maioria das vezes, mudava de caminho quando uma avalanche de primeiros anos estavam passando pelo corredor. Agora, cuidar de Amaya sobe o feitiço que era uma Poção do Amor, deveria ser o seu castigo. Deveria ser seu castigo pela vez que pegou o último cupcake de propósito e comeu na frente do garotinho de Grifinória que veio correndo para come-lo. Ou por aquela vez que deu risada de uma menininha que tropeçou nos últimos degraus da escada, não, Lizzie já havia o batido por aquela vez.

Ele não tinha realmente algum dia de sua vida lidado com uma criança, nem um bebê. Ele era o irmão mais novo, Sirius era quem.. Sirius era quem cuidou dele, a maioria do tempo. Quando estava chorando escondido dos pais, Sirius entrava em seu quarto pela janela, nunca soube como ele conseguia tal feito, mas o fazia, se sentava na beirada da cama e acariciava os cabelos de Regulus em silêncio.

Depois, havia Lizzie. Ele nunca admitiria, mas ela o lembrava tanto de seu irmão que doía. Eles eram parecidos em muitos níveis, ela era temperamental e o protegia com unhas e dentes por toda a escola. Todos que a conheciam sabiam que a garota era uma mamãe urso com qualquer um que precisasse. May era diferente deles, era um cuidado mais amoroso, que faria de tudo para vê-lo se sentindo melhor de algum modo. Aquelas eram as três pessoas na vida de Regulus que se importavam com ele.

Lizzie havia o acolhido no primeiro dia de aula. Ele no primeiro ano, ela no segundo. Regulus estava nervoso de estar indo para um lugar que não conhecia, com pessoas que não conhecia. Não ajudava que seu irmão havia o largado no primeiro segundo para ir encontrar com seus amigos. Ele estava perdido e então Elizabeth o achou. Ela estava no meio do corredor do vagão de Sonserina, dando ordem para os seus colegas sobre as malas. Naquele segundo, Regulus estava quase chorando, parado em frente a ela com as malas entre os pés.

Lizzie só precisou encara-lo por um segundo.

Ela sorriu e pegou as malas dele, as guardando. A morena indicou uma cabine para que se sentasse e sentou com ele. Regulus nem ao menos sabia de que casa seria, mas Lizzie estava sentada com ele, contanto histórias de como Hogwarts era. Daquele momento em diante, ela havia o adotado. Amaya veio depois, no dia seguinte. Ela estava carregando um violão no dia, o objeto sendo muito maior que si própria, sobrando apenas as cabeleireiras loiras iluminadas pelo sol do Jardim Central. Ela caminhava desgovernada na direção deles, por muito não enxergando onde pisava pelo fato que o violão tampava sua face.

Regulus em seu primeiro pensamento foi 'quem seria amigo dessa louca?' Até ela se sentar ao lado de Lizzie e cumprimentá-lo. Os óculos redondos deixando seus olhos maiores enquanto sorria e balançava freneticamente a mão dele. A partir desse momento, Regulus foi quem adotou ela. Eles viraram quem eram hoje juntos, os três grudados.

Era o que ele se lembrava, preparando o antídoto com os materiais escassos que tinha em mãos.

— Reggie, eu só quero ir lá fora respirar.

— Não.

— E se eu morrer sem ar aqui?

— Aqui tem ar o suficiente para você, May.

Ela sempre agiu assim, dramática. A loira se jogou para trás e revirou os olhos. Ele a ignorou mais uma vez, agachando para pegar mais uma folha das folhas mágicas. Ele repetidamente fingia que não estava percebendo ela se arrastando até a porta, a deixava chegar bem perto, até tocar a maçaneta e em seguida avisar que podia vê-la.