19. Sempre Um Black

1.7K 174 54
                                    

HOGWARTS
1 DE DEZEMBRO| 1976 
—— segunda-feira

SIRIUS ERA UMA CRIANÇA CIUMENTA. Ele gostava de atenção, era chamado por ela e vivia daquele modo. Suas habilidades foram ensinadas e aprendidas para essa finalidade; atenção. Era pelo o que a casa Black era conhecida, suas festas, sua família, reuniões, tudo. Eles eram conhecidos por suas roupas, suas varinhas, suas mágicas. Sirius foi criado para ser o melhor, um sonserino com riquezas e fama. Ele deixou a desejar já na primeira parte. Quanto ao resto? Há, ele tinha. Sirius não era o primeiro de sua turma por que não queria, ele tinha aulas particulares de magia desde os sete anos de idade, sabia sobre as forças das trevas, era praticamente o lema de sua família, mas ignorava, não se esforçava por que queria que sua família visse a palavra decepção em sua testa quando o olhasse.

Era o que lhe dava o gostinho da vitória. Não entregar o que sua família queria ou esperava. Fazia questão de ser o do contra, tinha orgulho disso. Mas às vezes, ele se deixava levar, quando não era o centro das atenções, quando alguém achava que podia mesmo ser melhor que ele. Não podiam. Então, ele provava isso. Acontecia algumas vezes e depois de se sentir vitorioso, se sentia podre, como se fosse sua mãe. Conseguia visualizar o sorriso falso dela, como se dissesse: sabia que era capaz.

Era assim que seu ciúme o corroía por dentro.

Como uma pequena semente no pé do seu ouvido dizendo que ele não bom o bastante. E Sirius tinha que provar ao contrário, ele precisava. Era só o que conseguia pensar ao ver os livros jogados pela biblioteca, ele não conseguia lembrar como os jogou, nem se havia sido ele mesmo que o fez. Talvez não, talvez não. Ele gritou com os três estudantes que estavam lá quando chegou. Disso se lembrava, o modo como os mandou sair. Seus passos assustados para fora. Sirius tinha a respiração irregular, não conseguia formar um pensamento completo em sua mente, apenas frases cortadas, palavras, cenas.

Maldito. Maldito.

Sirius merecia uma coisa boa e agora haviam a tirado dele. O modo como suas bocas tocaram e ele não fez nada, apenas assistiu, presenciou a traição. Não era uma traição de verdade, mas doía como uma. Se sentia um idiota.

— May? May!

Por um breve segundo, Sirius sentiu a pelo de seus braços arrepiarem. Ele apertou com mais força seus dedos na borda da mesa de madeira, sua cabeça ergueu milimetricamente para cima e seus olhos escureceram. Os passos em sua direção fez seu coração desacelerar e ele soltou um suspirou longo.

— Black, é você?

Sirius parou de se apoiar na mesa, revelando sua estatura original. Snape atrás dele continuou confuso, esperando que o grifinório se virasse na direção dele.

— Eu mesmo, ranhoso.

Severo revirou os olhos, decidindo ignora-lo. Iria seguir em frente o deixando na biblioteca sozinho, porém Sirius disse:

— Está procurando pela May?

— Sim, preciso achá-la.

— Por que? — Perguntou.

— Ah, Sirius. Está com ciúmes? — Severo cruzou os braços. — Acha mesmo que alguém como ela, ficaria com alguém como você?

𝐒𝐓𝐀𝐑 | 𝐒𝐈𝐑𝐈𝐔𝐒 𝐁𝐋𝐀𝐂𝐊Onde histórias criam vida. Descubra agora