My Boss - versão jenlisa

O Pedido

Hello ;D

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Os olhos inchados e as roupas sujas de sangue indicavam que a noite daquela figura estática na sala de espera do hospital não havia sido nada boa. Naquela manhã de natal não haveria presentes.

Seu corpo parecia estar em automático, robotizado, apenas aguardando que algo de bom acontecesse naquele lugar.

Tentava retirar as lembranças fortes que se repetiam em sua mente. Cada piscada que ela dava parecia ecoar o barulho dos tiros que Jiyong havia dado.

Jennie nunca havia sentido tanta angústia em sua vida como nesse momento.

Não haveria nada que pudesse fazer com que a coreana na sala de espera sorrisse de alegria, ou por qualquer motivo que fosse, a não ser um motivo.

Apenas um único e extremamente específico motivo seria capaz de devolver esperança e alívio a aquele coração aflito imóvel ali naquela sala de espera.

O relógio na parede parecia não se mover a cada minuto que seus olhos o encaravam. Nem a fome, nem o cansaço e nem o frio da neve que caía la fora tiravam sua concentração.

Tudo que importava estava acontecendo dentro daquelas portas onde ela não conseguia ver muita coisa.

Ela, que nunca foi muito religiosa, resolveu apelar pra quem quer que fosse, para todas as forças do universo, para tudo o que pudesse conceder um milagre ou agraciá-la como uma benção de Natal.

A poucos metros dali haviam outros na mesma situação. Todos aflitos e chorosos à espera de uma notícia.

Chitthip ainda não tinha conseguido parar de chorar. Um choro mais calmo e baixo, mas desde que recebeu a notícia tão dolorosa as lágrimas não pararam de sair um minuto sequer.

Bambam se manteve ao seu lado o tempo todo, tentando consolá-la, mas nem ele mesmo sabia como se manter firme diante daquela situação.

Matthew, Somi, Teddy e até Ester, estavam todos ali naquela espera interminável, tentando dar apoio de alguma forma. Mas não havia o que fazer. Não havia o que fazer a não ser esperar.

E após uma longa espera um dos médicos apareceu.

- Doutor! - Chitthip correu ao seu encontro. - A minha filha, como está minha filha? Pelo amor de Deus!

- Ela está bem? - Jennie o encarou assustada. - Já podemos vê-la?

- Acalmem-se por favor! - o homem de estatura baixa recuou com as mãos a frente do corpo. - A bala já foi retirada, mas atingiu uma parte delicada do corpo da paciente, parou no pulmão e por poucos centímetros não chegou ao coração. Aparentemente, a Senhorita Manoban não ficará com nenhuma sequela, dado que o socorro foi prestado rapidamente e a cirurgia ocorreu bem. - dizia sob os olhos atentos de todos.

- Mas durante o procedimento ela sofreu uma hemorragia e agora nós precisamos de alguém que possa doar sangue compatível para ela, para que não comprometa o processo de recuperação.

- Eu, eu vou doar, eu sou a mãe, Chitthip Manoban, ela tem o meu sangue. - Chitthip se pronunciou rapidamente.

- Eu posso doar também, ela tem o mesmo tipo sanguíneo que eu. Podem fazer os testes. - Jennie disse em desespero.

- Não! - a senhora aumentou o tom encarando a coreana com fúria no olhar. - Você não vai doar esse sangue ruim pra minha filha!

- Chitthip, se acalma. - Bambam a segurou pelos ombros.

- Eu não vou me acalmar! Eu já estive calma demais, por todo esse tempo vendo tudo o que estava acontecendo, sabendo pelas metades o que acontecia com minha filha, mas eu sabia, eu sentia que não era nada bom, não era uma simples briga de família, um simples desentendimento.