Depois de sairmos juntos do bar — eu e meus irmãos, levemente alterados —, só me lembro de ter caído na cama do meu quarto e apagado.
Mas não durou tanto tempo.
Por volta das oito da manhã, os carrapatos dos quartos ao lado do meu, bateram na porta, me chamando pra tomar café. Como ainda estava desnorteado e com sono abri. Preferi não ter feito.
— Então a pergunta é: como em um segundo eu estava quase pedindo um balde pra você e no outro você estava agarrado com a ruiva? Eu sempre soube que você era atirado, mas uau, ontem você se superou. — bom dia? Tudo bem? Essas perguntas não eram frequentes se tratando dos meus irmãos.
— Você é um fofoqueiro. — fuzilei Bucky com o olhar, que só deu de ombros.
— Ele me contou sim, realmente, mas eu ia ver de qualquer forma, não é como se fosse ficar pra sempre no banheiro. — Peggy revirou os olhos e bufou, colocando as mãos na cintura — Vamos descer pra tomar café e você começa a contar a história.
— Não vou contar nada, mas topo o café, só preciso tomar banho.
— Banho? Como assim, cara? Já são sete e meia da manhã, você devia estar pronto!
— Caso você não tenha percebido, James, você é o único que acorda cedo nas férias. — ele fez uma careta ouvindo eu o chamar com o nome de batismo — E eu vou tomar banho, adeus.
Tranquei a porta do banheiro correndo, escutando a revolta dos dois lá fora, mas nem liguei. Eu não tenho o pique deles de acordar cedo e dormir tarde todos os dias, eu tenho uma rotina, mas nas férias eu gosto de não ter nenhuma.
Quando saímos, comigo já vestido e pronto, fomos em direção ao elevador. Deixei os dois falantes pra trás, esperando que eu repondesse alguma das perguntas deles, como "qual o nome dela?" ou "ela beija bem?", mas ignorei todas.
Estava revirando os olhos pra mais uma pergunta do meu irmão insistente, quando a porta do elevador se abriu e a última pessoa que eu esperava aparecer, surgiu na minha frente.
Não era possível.
Natasha e sua irmã — acredito que era — estavam paradas em frente ao elevador, no mesmo hotel que eu?
Não sabia quem seria o primeiro a quebrar o silêncio, mas o primeiro a sair do transe fui eu, segurando a porta pras duas entrarem antes que fechasse.
A irmã dela entra primeiro, ficando atrás de mim, deixando o único lugar que sobrou pra Natasha: ao meu lado.
Eu quis morrer. Não porque ela estava ali, mas porque meus irmãos estavam. Juntei as mãos com força na frente e comecei a olhar pro teto, pedindo que nenhum dos dois falasse nada. Eu sou um homem desinibido e todas essas coisas, mas a minha timidez volta com tudo quando estou na cozinha e se meus irmãos estão no meio com pessoas que não são tão próximas a mim.
Apesar disso, nada impedia a atração forte que rolava entre eu e Natasha acontecer. Era inevitável não me sentir atraído por ela. Também era inevitável não olhar pra ela. Natasha tinha uma beleza única que atraía todas as partes do meu corpo de todas as formas diferentes possíveis. E eu gosto disso.
A luz do dia, a beleza de Natasha Romanoff era realçada de forma diferente. Ontem, conheci uma mulher que era como se fosse uma leoa em busca de uma presa e suas palavras e seu jeito te atraíam pra cair na dela sem pensar duas vezes.
Agora também tinha esse lado, mas ela também exalava delicadeza e suavidade, totalmente diferentes de ontem. Mas, como eu disse, eu ainda estou com altas taxas de atração por ela.
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Me Reencontrei Nas Suas Curvas
Short StoryApesar de ter nascido e sido criado em Nova Jersey, Steve Rogers é descendente de brasileiros e depois de muita insistência de sua mãe, resolve tirar férias e aproveitar o melhor do país em que a matriarca de sua família cresceu. Junto com seus dois...