Os dias que se seguiram foram comigo dividindo a atenção entre meus irmãos e Natasha.
Com meus irmão eu passava pelo menos no almoço até a tarde. Levei eles no Colosso — o restaurante que eu levei Natasha —, fomos no shopping, ficamos uma tarde inteira presos no quarto jogando.
Já minhas manhãs e noites eram majoritariamente de Natasha. Levei ela novamente pra jantar, tomar sorvete, fomos na praia — nos joguei no mar e tivemos sal e areia em todos os lugares do corpo. Nesse dia em questão, voltamos pro hotel, tomamos banho e fomos ver um filme, mas acabamos dormindo na metade e acordando só no dia seguinte.
Todas as noites ela dormia comigo. Todas as manhãs ela acordava comigo.
Inclusive a última noite nossa no Brasil. Passaremos juntos.
Abri a porta pra minha irmã, que entrou no quarto sorrindo, junto com uma bolsa preta.
— Hey, Peg. Entra. — cedi espaço pra ela, que não recusou — Já está pronta?
— Só a maquiagem, mas já estou de banho tomado. E você?
— Não pareço pronto? — abri os braços, dando um giro no mesmo lugar. Peggy me olhou de cima a baixo e fez uma careta no final. Eu estava de toalha. — Não, não estou pronto, mas estou quase lá.
— Aham. Quase lá. — ela debochou e eu revirei os olhos — Vista sua roupa enquanto eu vou trocar a minha no banheiro e quando eu sair, eu te ajudo com conselhos e você com meu vestido e os milhares de nós, tudo bem?
Assenti e ela se trancou dentro do banheiro e eu tirei minha toalha. Vestiria a clássica roupa branca, só pra parecer mais uma pessoa qualquer no meio de tanta gente.
Pus uma bermuda e uma blusa de botão, ambos brancos, depois de passar o desodorante. Nos pés, tanto eu como meus dois irmãos íamos de chinelo — também branco — havaianas, já que mamãe diz que é uma marca única de seu país natal. E com dona Sarah não se discute.
— Posso sair?
— Aham. — ela abriu a porta e eu estava terminando de arrumar meu cabelo.
— Você está lindo.
— Você também. Vai ficar melhor quando estiver pronta. — ela revirou os olhos, segurando a roupa na altura dos seios pra não cair — Vira, deixa eu arrumar isso.
Ela fez o que eu pedi, ficando de frente pro espelho e tirando o cabelo das costas com a outra mão.
— Do que você precisa? — ela perguntou, assim que puxei uma alça e ela desapertou a mão no vestido
— Preciso não surtar. — ela riu e balançou a cabeça em negativo — É tudo muito estranho pra mim, Peg. Eu conheço a Natasha tem pouco tempo e eu quero passar mais tempo com ela, não só sexo e essas coisas, mas me assusta muito. Isso não pode ser normal.
— Isso é completamente normal, Steve. — ela sorriu, segurando o cabelo com as duas mãos — E o melhor é que Natasha sente o mesmo por você, porque o olhar que você dá é o mesmo que recebe. Steve, você está apaixona...
— Não, não fala! Não fala! Se eu tomar isso como verdade antes dela dizer, eu surto. — a impedi de falar, rendendo as mãos e largando as alças do vestido dela antes de fazer o laço final.
— Primeiro, você já está surtado, segundo, não há nada de errado em se apaixonar, terceiro, deixa de ser imaturo, essas coisas de esperar atitude dos outros é coisa de gente insegura.
— E você acha que eu não sou? Que sempre tenho plena confiança em mim?
— É o que você mostra, Steve. — ela revirou os olhos e eu dei um passo pra trás.
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Me Reencontrei Nas Suas Curvas
Short StoryApesar de ter nascido e sido criado em Nova Jersey, Steve Rogers é descendente de brasileiros e depois de muita insistência de sua mãe, resolve tirar férias e aproveitar o melhor do país em que a matriarca de sua família cresceu. Junto com seus dois...