Capítulo 5

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— Steve... — Bucky me chamou e olhei uma última vez pra Natasha antes dela sumir pelo corredor.

— Oi.

— Eu sei o que você está fazendo.

— O que eu tô fazendo? Nada demais. — dei de ombros, bebendo mais do meu copo intocado.

— O que ele estava fazendo, Buck?

— Estava se exibindo pra Natasha, pra ela sentir atração por ele e sentir vontade de repetir. Isso é baixo, Steve.

— Não é nada baixo, é uma reação normal pra quem está...

— Com ciúmes? — Peggy completou e eu revirei os olhos — Não negue. Sabe que é um péssimo mentiroso.

— É. Estou com ciúmes. E eu odeio sentir isso. — completei baixo. Odiava porque era um sentimento ridículo e que acaba com o meu ego e auto estima.

— E por que não vai falar com ela então? Vocês, homens, são inacreditáveis. Quer que ela fique com você porque mostrou a ela seu corpo esbelto e deu um sorrisinho de lado? Me poupe, Steve, é impossível ela cair nessa.

— Impossível? Funcionou com todas que ele fez. A garota da escola, a filha da amiga da mamãe, nossa antiga vizinha, a professora da banca dele...

— Bucky, cala a boca.

— Inclusive, Peg, funcionou com sua melhor amiga. Duas vezes. — fez o número com a mão e eu quis fazer engoli-la.

— Dottie é um caso perdido, ainda bem que casou. — revirou os olhos, se ajeitando na cadeira — Eu não quero saber dessa história da sua professora pelo bem da minha sanidade mental, agradeço se vocês não falarem sobre isso, mas você precisa tomar uma atitude se está sentindo a droga de um ciúmes. Por que não a chama pra sair?

— Eu chamei, vou leva-la ao Colosso às oito da noite. — respondi como se não fosse nada demais e senti os olhares surpresos e chocados dos dois.

— Você o quê? Caramba, Steve, achei que íamos lá juntos!

— Ah, Bucky, não se sinta excluído, na próxima vez você leva sua policial lá. — pisquei pra ele e sorri, que me olhou indignado.

— E eu pensando que você era mais parado que um poste.

— Eu não dou ponto sem nó, Peg, o que vocês viram aqui foi uma mera demosntração do que ela pode ter de noite.

— Você é um safado sem vergonha.

— Obrigado, isso é um elogio pra mim.

— Você já escolheu sua roupa?

— Já e não preciso de opiniões, eu tenho um ótimo gosto, obrigado.

— Não preciso de opiniões, olha, Steve... Não duvido nada que assim que pisarmos em Nova Jersey você vai estar morrendo de saudade. — Bucky sorriu maroto.

— Por que estaria? — franzi a testa e olhei os dois sem entender. Peggy suspirou antes de responder.

— Porque você nunca ficou assim por uma mulher.

— Claro que fiquei, é por isso que gosto de mulher.

— Ela quer dizer que você nunca saiu duas vezes com a mesma mulher em tão pouco tempo. Três vezes, na verdade. Qual é, Steve, você não percebeu que está diferente? Cara, estamos no Brasil. Não viemos aqui por anos, você pode ir em vários restaurantes que conhece milhares de pessoas e pode conhecer outras, mas você está escolhendo ficar com uma mulher só. Não acha isso estranho?

Me Reencontrei Nas Suas CurvasOnde histórias criam vida. Descubra agora