Capítulo 4

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Me despedi de Natasha assim que cheguei no hotel, prometendo que estaria aqui mais tarde. Ela foi em direção as escadas e eu fiquei no saguão mesmo. Não sabia se meus irmãos já tinham subido ou se ainda estavam tomando café.

Ignorei todas mensagens de detive deles, me perguntando aonde eu estava e foquei só na última que dizia que eles tinham ido pra piscina.

Entrei no elevador, mas infelizmente, Natasha já não estava mais nele. Destravei a porta do meu quarto e fui logo trocando de roupa pra me juntar a Peggy e Bucky.

Quando cheguei na área da piscina, estava bem cheio. Eu não me lembrava do hotel ter tanta gente assim.

Meus irmãos estavam numa mesa que considerei ter vista pra tudo: estava de frente pra piscina e tinha vista tanto pro corredor que viemos, a direita e para a vista do mar, a esquerda.

— Como pegaram esse lugar? — perguntei quando me aproximei deles, empurrando as pernas da minha irmã pra me sentar na espreguiçadeira — Tá cheio pra burro aqui.

— Alta temporada agora, Steve. Chegamos cedo porque terminamos de tomar café cedo, depois do nosso irmão ter nos abandonado com uma desconhecida e ter saído com a irmã dela. — Peggy pronunciou levemente irritada, descendo seus óculos escuros e bebendo mais do seu drink, seja lá o que fosse.

— Não ligue pra ela, só está com ciúmes. — Bucky deu um soquinho nela, que revidou com um tapão — Viu? Além disso, não foi tão ruim, a Yelena é gatinha. — abriu um sorriso maroto enquanto eu olhava pra ele sem entender — Yelena, a irmã da Natasha.

— Ah. Eu não sabia o nome dela. — dei de ombros e peguei um copo que os dois tinham deixado pra mim na mesa, junto com nossas coisas.

— Você tá saindo com a Natasha e não sabe o nome da irmã dela? E por que você tem que ser tão miserável a ponto de não me avisar que ela sabe falar português?

— Faz parte da vida ser humilhado pelos irmãos, Buck. Lembre-se disso. — fiz um hi-five com Peggy, que soltou seu primeiro sorriso desde que cheguei. Quanto ao meu irmão mais velho, só revirou os olhos escutando a frase que ele tinha dito pra mim, meses atrás, quando levei uma amiga conhecida pro meu apartamento pra discutimos sobre o trabalho e ele achou que estávamos tendo algo a mais e fez questão de passar a noite inteira lá. — E eu não tenho obrigação de saber o nome da irmã dela, não é com ela que eu saio.

— Mas é bom pra criar laços.

— E quem disse que eu quero criar laços? — respondi pra Peggy, que só deu de ombros — Compromisso e Steve Rogers vão andar em lados opostos por um bom tempo.

— Não estou falando em compromisso, só estou dizendo que...

— Que eu devia ter uma experiência.

— Sim.

— Não, obrigado, eu passo. — tirei a blusa e deixei na mesa, ficando só com o short preto, saindo da espreguiçadeira de Peggy e indo pra que tinha sobrado perto dos dois.

— Você é um bunda mole, Steve Rogers.

— Nossa, quantos anos você tem, Peggy, cinco? Se você quiser eu xingo ele pra você, não precisa usar essas expressões que nossa bisa provavelmente usava. — Bucky encheu o saco enquanto olhava a piscina.

— Ninguém te perguntou nada, Bucky. — ele imitou o jeito dela de falar sem ela ver e eu ri — A questão é que, Steve, você precisa se dar uma chance. Não estou dizendo que precisa se casar, que tem que ter alguma coisa com a Natasha, mas até quando o restaurante vai ser seu único amor?

— Ah, Peggy, lá vem esse assunto de novo? — bufei e peguei meu óculos escuros e cruzei os braços, evitando olhar pra ela.

— Eu faço isso pro seu próprio bem, imbecil. A tentativa vale a pena.

Me Reencontrei Nas Suas CurvasOnde histórias criam vida. Descubra agora