Cingida de Graça

03- Cíntia Albuquerque

Bato na porta levemente, mas não a ponto de ser inaudível, assim escuto um entre de forma seca do outro lado da porta. Respiro fundo ajusto a postura e entro.

- Olá diretor Alex no que posso ser útil. - Mecho em meus óculos denunciando meu nervosismo. O Mesmo levante seu olhar para mim, seus olhos verdes como esmeraldas me fitam profundamente, e sinto minhas pernas bambearem, este homem tirava minha postura, mas se depender de mim, nunca saberá disso.

- Senhorita Madison, eu tenho algo para te contar, e espero que não se escandalise do fato. Afinal estarei te passando está informação tendo em vista que meu sobrinho está em sua classe.

Assim de forma leve me sentando na cadeira a sua frente, cruzo minhas pernas e controlo para que não se mecham. Ser ansiosa pode ter um grande preço agora.

- Veja bem, A nossa colega de trabalho Michelle, alega ser a mãe de Henrique, e levou ontem a noite o teste de DNA ao meu irmão. - Pausa sua fala passando as mãos de forma nervosa nos seus cabelos castanhos escuro, parecia não ter dormido ontem a noite. - Não sei exatamente como meu irmão lidara com isso, mais alerto você do comportamento do Henrique, e me conte se algo estiver fora do normal.

Endireito minha postara e um versículo bíblico me vem à mente. Porquanto não há nada oculto que não venha a ser revelado, e nada escondido que não venha a ser conhecido e trazido à luz.

- Lucas 8:17 - Sorri largamente. - Concordo plenamente Senhorita Madison. Obrigada por estas palavras, me fez lembrar que devo descansar no Senhor.

- Espera eu disse em voz alta? - Coloco as mãos em minha boca e me reprovo em pensamento, eu e minha mania de falar sozinha.

- Disse é creio que o Espirito Santo usou você para tal, não se envergonhe. - Sua voz me passa calma e sinto o rubor de minhas bochechas passaram levemente.

Ficamos em silêncio nos olhando, mas a minha timidez bate e eu desvio o olhar.

- Bom espero que possamos manter isso em segredo, pode se retirar Senhorita. - Diz se levantando e estendo sua mão para mim

- Conte com a minha descrição, com sua licença diretor Alex. - Abro a porta e quando estou a ponto de sair o escuto dizer.

- Está belíssima hoje criança. - Alex fala no seu tom amistoso o que me deixa com raiva e constrangida ao mesmo tempo

- Eu não sou mais uma criança Diretor. - Olho furiosa e fecho a porta

- Está atitude diz o contrário. - Grita do outro lado da porta e me permito revirar os olhos.

Mal dou alguns passos e me deparo com ninguém mais ninguém mesmo que Michelle.

- Aqui vemos a preferida do diretor. - Escuto a voz elegante de Michelle e me viro para ela.

- Não sei a que se refere Michelle, que eu saiba nós não temos nenhuma relação ao qual você insinua. - Amarro meus cabelos em um coque já incomodada com aquela conversa.

- Não minta para mim, todos aqui sabem que vocês têm um caso. - Ela diz enraivecida

- Todos quem? - Há olho inquisitiva. - Veja bem Michele o único relacionando que tenho e preciso e com Cristo Jesus, se você quiser eu posso apresenta-lo a você. - Digo calmamente.

- Obrigada mais dispenso uma conversa sobre esse Jesus. - E assim ela passa por mim e bate em meu ombro de proposito, suspiro, e pensar que esta mesma mulher se diz mãe de Henrique. O que será que ela planeja fazer?

Entro na minha sala sento-me e respiro fundo, sinto o peso da minha história cair sobre mim sinto-me envolvida em preocupações com a família Cavaliere. Resolvo então trancar a porta da sala, ajoelho-me e começo uma oração.

-Obrigada Senhor por ter me sustentado até aqui, muitas coisas aconteceram mais o Senhor me guiou em todas elas, peço que cure em mim onde está ferido e eu não consigo perceber. Cuide também do Henrique e dos seus familiares Paizinho, afinal nada que está acontecendo e fora do seu controle, então que seja feita a tua boa e perfeita é agradável vontade. Eu suplico o Deus ensima-me a ter discernimento e coragem para falar de você de uma forma leve e sincera sempre que tiver a oportunidade. Ajuda-me Pai a lidar com essa situação e não me desampares no momento de aflição, pois és a minha fortaleza, em nome do Senhor Jesus amém.

Agora revigorada, volto a minha mesa e me ponho a corrigir as avaliações desse bimestre. Sinceramente irmãos, só Jesus na causa.

-Finalmente. - Brado feliz e estico meu corpo na cadeira, já passava das 16:00 horas e meu estomago ronca. - Meu Pai, eu esqueci de almoçar- Bato em minha testa com força. - Essa doeu. - Falo me levantando.

Organizando a minha mesa e pego as folhas separando em minhas pastas, meu estomago roncava mas precisava levar tudo de forma organizada para não perder nada.

- Vejo que finalmente está indo para casa. Não entendo, se fosse você já teria ido afinal você não tem aulas a tarde hoje, seria um tempo de descanso precioso. - Minha colega e melhor amiga Emily surge do além e pega algumas pastas de mim e começa a tagarelar.

- Boa tarde Emily, está tudo bem comigo obrigada por perguntar. - Digo ajeitando os óculos no rosto e faço aquele sorriso maroto para a mesma.

- Hora veja, está sendo irônica comigo? Então tome suas pastas de volta. - Diz emburrada.

- Que isso minha amada Amiga Emily, não precisamos ser tão radicais. - Digo rindo da mesma que logo ri também, mais o barulho de nossas risadas logo e substituídos pelo ronco alto da minha barriga, carambolas que vergonha.

- Você esqueceu de almoçar de novo Senhorita Madison? - Me lança aquele olhar questionador, sinto-me como uma criança pressionada pela mãe.

- Sim...- Sussurro envergonhada escondendo meu rosto atrás das bastas.

- Vamos rápido então. - Diz andando mais depressa.

- Ei me espere. - Digo correndo atrás dela. - Para que essa pressa? - Pergunto esbaforida

- Hora bolas tem um leão na sua barriga, vai que você desmaia de fome ou começa a alucinar e me vê como um lindo pedaço de picanha? Não quero arriscar levar uma mordida. - Diz rindo para em frente a meu carro, eu somente a olho feio sem questionar por estava completamente errada por deixar de comer no horário certo, novamente.

Depois de entrarmos no carro dirijo até minha casa, sei que Emily fara algo para comermos, ela ama cozinhar e eu amo comer, uma amizade perfeita.

-Por que você está rindo sozinha desejo jeito Cindy? - Há olho de canto de olho e sua expressão dizia "garota você está bem? " Que só ela sabe fazer que sempre me arranca boas risadas.

- Há eu só estava pensando que essa mulher fantástica ao meu lado poderia cozinhar para nos hoje enquanto eu tomo um banho? - Pergunto com aquela carinha chantagista do gato das botas.

- Não faz essa cara mulher. - Ela sorri levemente para mim. - Está passando vergonha em.

- Vergonha nada sei que você me ama. - Pisco para ela que finalmente gargalha.

- Só jesus para te aguentar em Cindy. - Se ajeita no acento e balança a cabeça em um sinal de que concordava, assim coloco um louvor no rádio do carro e ela como uma amante de paisagens vira-se para olhar pela janela, esse bairro e lindo cheio de arvores, um bairro relativamente burguês. Mas a melhor noticia do dia e que felizmente já estamos chegando em meu apartamento.

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Notas finais

Olá amados, chegamos ao fim de mais um capitulo, estou postando os meus capítulos já escritos, contudo, gostaria de avisar a quem está acompanhando que amanhã talvez eu não consiga entrar para revisar e postar o capítulo.

Que o Senhor seja o teu Amparo o coração amargurado, muitas foram as tempestades que podem ter te balançando, mais nada nunca sai do controle do Senhor, e é nesse momento que aprendemos a confiar e a descansar Nele, pois a força do nosso braço já não e mais o suficiente. Que o Senhor Vós abençõe, e lembre-se o segredo e confiar, e se por acaso você sentir que vai cair, aproveita pra orar por que Deus vai te levantar.