Capítulo 1
Estamos nos exames finais do primeiro Bimestre do ano, e sinceramente como professora de Filosofia e sociologia minhas matérias não são levadas a sério. As vezes isso me deixa chateada, mais eu as escolhi precisamente para me aprofundar no conhecimento do Pai celestial de forma abrangente, e deste então tenho focado no nosso relacionamento.
Contudo, preciso trazer a minha mente para o momento presente, e na vã tentativa do tempo passar mais rápido e sem parar de observar meus queridos alunos nervosos começo a recitar um poema mentalmente.O verdadeiro amor lança fora todo medo,
Faz com que os caminhos antes
Cheios de segredos,
Sejam abertos pelo poder do quarto
Segreto,
Overdadeiro amor não se deixa enraivecer,
Pois ele se preocupa com a fruta que vai florescer ,
Esse amor que Cristo ensina
E Norte e o Sul da minha vida.Com os olhos de professor observo,
Meninos se tornarem homens
E outros virando servos,
Com os olhos de educadora me pergunto
Como ama-los e ensina-los de um jeito profundo,
Com o coração em busca de Jesus
Me pergunto: Será que conseguirei guia-los
Nos caminhos pesados e muitas vezes profundos?
Como Jesus, o maior professor, e Mestre do mundo
Peço nesse segundo.
Guia-me para ser uma profissional
Que o orgulho ate o final
Vivendo o propósito que Ele escreveu
E guiando os paços dos pequeninos seus.🌼🌼🌼🌼
Me atento a uma conserva disfarçada no fundo da sala, e pego o exato momento que Henrique vira-se para seu colega em meio ao horário de prova, é exatamente por isso que em minhas orações suplico por domínio próprio.
- Já terminou sua prova Henrique? - O fito de forma incisiva.
- Claro professora. - Me lança um sorriso cínico, esse jovem ama me enfrentar.
-Então me entregue por favor.
O desgosto pela sua postura não passa despercebido pelas minhas feições. Henrique se levanta e me entrega a prova, a mesma estava em branco, Henrique Cavaliere havia feito seu primeiro pedido silencioso de socorro naquela manhã de maio de 2021.
- Vamos conversar depois da aula. - Digo após colocar a prova de lado
- Por que eu deveria permanecer na sala de aula após o horário escolar com você? - O Rapaz exalava rebeldia, mordo meus lábios em desaprovação ao seu ato e para conter meu gênio forte, permaneço em silencio olhando-o mais profundamente percebo que seus belos olhos azuis transmitiam dor.
- Henrique. - Suspiro. - Você me respeita? - Ele meneia a cabeça. - Ótimo, partindo dessa lógica, peço que respeita a minha decisão afinal sou autoridade nessa sala. - Minha voz sai seria, porém, tentando ser o máximo de delicada possível, o que o deixa atordoado. - Enfim, agradeço sua atenção agora sente-se em seu lugar por favor.
Enraivecido ele sai sem dizer nada, e a sala começa com seus burburinhos
-Já posso recolher as provas? Afinal a muito barulho na sala isso só pode ser sinal de que finalizaram, não é mesmo? - Todos ficam em silencio na hora, tal ato quase me faz rir, contudo mantenho a postura.
Ao findar da aula consequentemente o horário de voltar para casa todos arrumam suas coisas, eu observo cada um e o Henrique que não bobo, tenta se aproveitar do fluxo de alunos saindo ao mesmo tempo, porém o seguro pela manga da roupa. Silenciosamente indico com as mãos a cadeira a minha frente o mesmo se senta sem cerimonias.
- Tem alguma explicação a respeito dessa prova? - Ele não me responde. - Você realmente não estudou? Sinto que você é um rapaz inteligente Henrique. - Digo sincera mais o jovem de cabelos prestos continua em silêncio.
- O.k. pelo visto você quer me deixar falando sozinha. - Pego uma cadeira e faço um coque solto em meus cabelos ao me sentar em sua frente. - Sabe Henrique, eu já me comportei como você no ensino médio. - Ele fita-me incrédulo, e levanta as sobrancelhas com ar de " A é mesmo" porem não diz nada. - Nessa época eu sofria abusos físicos do meu padrasto, e bullying na escola pelas roubas grandes tampando o corpo já que o mesmo quando ele ficava com raiva batia em mim e na minha mãe. - Engulo em seco por mais que tenha perdoado é desconfotável contar para alguém. - Fico feliz em dizer que ele nunca fez nada de maior do que isso, apesar de ter algumas cicatrizes em meu corpo, minha mãe sempre me protegia como podia e se culpava diariamente por ter conhecido alguém como Eurico Nunes.
- Sinto muito professora. - Henrique diz baixando a guarda.
- Tudo bem-querido, não podemos mudar o passado mais eu fiz questão de mudar o presente, claro, tudo isso depois que conheci o homem que mudaria a minha vida. - Ele revira olhos. - Calma lá, isso não é uma história de romance clichê, e a história de como eu conheci o meu PAI.
- Então no caso você vai me contar como conheceu seu pai verdadeiro, sem ser seu padrasto? - Me pergunta se ajeitando na cadeira com interesse disfarçado. - Essa história toda e para tentar se aproximar de professora? Ou por que tem pena do filho rebelde e adotado do senhor Cavaliere, um dos empresários mais ricos e egocêntricos da nossa cidade? - Me lança um olhar profundo como se quisesse avaliar a sinceridade da minha alma.
- Querido, entenda uma coisa sobre mim, não ajo por interesse, nunca contaria a minha história para através de você ter acesso ao Sr. Cavaliere. - Digo ajeitando meus óculos em um movimento consternado. - Mas para que você tenha futuramente conhecimento que pode ter acesso a meu Pai e pedir por ajuda, ouso acrescentar ainda, que Ele é mais importante e conhecido do que o seu. - A convicção em minha voz o deixa impressionado, e lentamente relaxa se dispondo verdadeiramente a me ouvir.
- Certo, conseguiu me deixar curioso, conte-me tudo não me esconda nada- Fala calmamente.
Rio alto, acho que ativei o lado fofoquei de Henrique Cavaliere. Contudo somos interrompidos por uma batida na porta que permaneceu aberta.
- Professora Cintia Madison Albuquerque. - O diretor está te chamando na sua sala. - Senhorita Sarah secretaria fiel do diretor Alex está na porta com sua expressão neutra.
Dotada de uma beleza incrível, sua pele negra retinta e seus olhos castanhos claros, portadora de uma cabeleira ondulada grande estando os mesmos bem amarrados em um rabo de cavalo, a faziam uma das mulheres mais lindas que já conheci.
- Certo, logo estarei em sua sala. Muito obrigada pelo aviso Senhorita Sarah. - Ela assente com a cabeça e se retira.
- Bom querido vamos ter que deixar para outro dia. - Pisco para ele que parece chateado com a ideia. - Me parece que alguém gostou de ficar Depois da aula. - Portando um sorriso insinuativo aproveito para soltar meus cabelos os ajeitando.
- Não fique convencida Professora Cintia - Diz passando por mim e indo embora.
- Garoto presunçoso. - Ajeito meu óculos e respiro fundo, hora de enfrentar a fera.
🌼🌼🌼🌼
Notas finais
Agradeço a todos que Começaram a ler está linda obra, hoje eu começo a postar aqui para a honra e gloria de Deus. A paz e prosperidade a todos.
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Cingida de Graça
SpiritüelO amor lança fora todo medo, tira da nossa alma todo peso, nos mostra o perdão e nos ensina a verdade atravéz da sabedoria graça e unção. Cintia Madison Albuquerque, passou por uma adolescência conturbada, seu pai falecera quando ela tinha apenas 1...