Saindo da sala solto o ar que nem ao menos sabia que estava prendendo, pois me sentia imerso em pensamentos, entre confiar ou não meus traumas dizem para tomar cuidado, então chego à conclusão de que a professora Cíntia parece realmente se preocupar, porém minha confiança reside somente em Dona Joana, a mulher que considero como mãe já que meu pai nunca teve tempo para me dar bola, só me adotou por que não tinha interesse em si casar e precisa de um herdeiro.Vejo que Michel me espera no sol quente de meio dia, e isso doía minha alma, Carter era o homem mais gentil que o conheci depois do Tio Alex, os dois agem como se fossem meus pais,. Contudo o homem a minha frente tinha os melhores conselhos sempre que eu precisava, dono de pele negra que fazia um contraste lindo aos seus olhos claros sendo de um verde cor de folha seca, enfim deu para perceber que eu sou praticamente um fã boy dele né?
- Boa tarde Michel, me desculpe a demora. - Digo após entrar no carro que o mesmo abrirá a porta para mim. - Me desculpe de verdade. - Falo depois de ver o mesmo entrar é o carro começar a andar.
- Desculpado, mais sendo sincero eu mereço até uma recompensa Henrique, você sabe como suas colegas ficam me olhando? - Me lança um olhar incisivo com a sobrancelha levantada, eu tento meu melhor para não rir pois eu já sei a resposta.
- Como uma bolsa bem cara na vitrine? - Falo com um sorriso latino nos lábios, contudo ele mantém uma pose séria confirmando com cabeça.
- Ainda bem que você sabe, da próxima e só me ligar que eu te espero na outra esquina. - Faço um joinha e pisco para ele que ri e relaxa em seu acento.
Passamos pela Sarah que esperava o ônibus no ponto que fica perto da escolha, Michel contrai os lábios em desgosto.
-Se minha digníssima esposa não fosse tão cabeça dura. - Fala em voz alta virando a esquina, mais para si mesmo do que para mim.
Rio alto por conta de duas palavras e o homem a minha frente não demora a me acompanhar lembro-me das vezes que eles discutiram sobre ela vir conosco de volta para casa, eles são um casal extremamente querido e ninguém lá de casa se importaria, mais a Sarah se importa.
- Vocês dois ainda discutem por causa disso, não é? - Meu lado curioso se acende com facilidade.
O moreno a minha frente levanta as sobrancelhas como se disse, cuida da sua vida meu jovem.
- Mudando de assunto, devo admitir que estou curioso afinal o que você estava fazendo? Se eu tivesse sido avisado teria parado em uma cafeteria tomado um café e lido um livro.
- Para um Cristão você é muito rancoroso. - O alfineto.
- Curioso igual você talvez mais rancoroso jamais, já te disse muitas vezes meu rapaz, o perdão e uma libertação para quem o faz, não podemos nos prender a rancores do passado, isso nada mais é do que uma deterioração silenciosa da alegria do presente. Além do fato de que, Jesus Morreu para que hoje eu pudesse ter essa graça imerecida do perdão, se eu quero parecer com Ele preciso seguir seus caminhos.
Meus olhos brilham com tamanho conhecimento, as vezes eu tenho vontade de conhecer Jesus, mais eu tenho medo que Ele não me aceite afinal eu estou me ferindo dia, após, dia.
- Meu querido amigo, eu prefiro não falar sobre isso. - Me fecho de novo, meu casulo e muito mais seguro e não quero admitir que algo em mim está sendo despertado.
- Se você diz meu menino, mais saiba que estou orando por você. - Diz calmamente, com aquela expressão serena que só ele tem
Pensando bem, a professora Cíntia também possui esse mesmo o olhar, inclusive ficar perto dela hoje me trousse muita paz. Espera eu pensei isso mesmo produção? Acho que estou ficando louco, passo a mão nos meus cabelos pretos e tamborilo meus dedos em minha calça.
- Finalmente chegamos, estou faminto. - Falo pulando do veículo com a minha bolsa nos ombros, já não conseguia mais esperar pela comida de Joana, se algum dia eu encontrar alguém que cozinhe tão bem quanto ela eu realmente me casaria com essa pessoa.
- Ei, rapaz, tome cuidado com seu pai, o humor dele não está nada bom. - Diz entrando no carro com aquele olhar que conhecia bem.
Respiro fundo e me direciono para casa, sabia que a minha decisão de controlar meu temperamento explosivo seria a chave para a paz durante os próximos dias, afinal são de decisões que formamos o nosso dia. Abro a porta devagar e olho minuciosamente a casa percebendo que não a uma movimentação sorri-o mais aliviado.
- Ótimo acho que dessa vez eu escapo do poderoso chefão. - Sinto meu corpo doer após jogar a mochila no sofá, então estico o mesmo na tentativa de melhorar o incomodo.
- O que você disse Henrique? - A voz Brian fez meus ossos gelarem, era um tom poderoso e forte, algo estava muito errado.
- Nada de muito importe Brian. - Digo com firmeza, porém meu tom e baixo para não deixa-lo bravo.
- Já disse para me chamar de Pai Henrique. - Massajei as têmporas procurando calma, sua fisionomia denunciava seu cansaço. - Vamos estou te esperando para almoçarmos. - Diz saindo logo em seguida, realmente algo está muito estranho.
O sigo em silencio minha cabeça fervilhava, algo me dizia que minha vida a partir desse dia não seria mais a mesma. Sou tirado do meu estupor com cheiro maravilhoso do alimento que Joana serve na mesa, quando nossos olhos se cruzam pisco para que chega perto de mim fazendo um rápido carinho no meu cabelo aquele momento fez com que minhas preocupações diminuíssem.
- Agora que vejo que terminou, eu tenho algo importante para te falar Henrique. - Suspira e passa as mãos pelos cabelos. - Eu descobri quem é a sua mãe. - Sinto que fui atingido por uma pedra, isso só pode ser brincadeira, Forço meu cérebro a prestar atenção pois Brian ainda falava. - Na verdade ela descobriu que era sua mãe, sendo a mesma uma das suas professoras, peço que não se preocupe filho pois eu estarei investigando essa história por esses dias que se seguirem mesmo que ela tenha um teste de DNA em mãos. - Seu olhar era tão profundo e preocupado, sinto suas mãos quentes sugarem as minhas que estavam suadas, porém não consigo mais ficar ali, ele não pode me ver chorar.
- Eu não consigo lidar com isso agora. - Digo em sussurro inaudível, levanto-me desnorteado. O que seria da minha vida agora?
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Notas Finais
Que o Senhor estar frequentemente em meio as suas atitudes, sei que as vezes noticias difíceis vem e precisamos dizer a quem amamos de uma forma que doa menos, mesmo que rasgue em nos velos sofrendo, a verdade e o melhor caminho do que omitir. Que a sabedoria e a voz de Deus norteie vossos caminhos. Amém.
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Cingida de Graça
SpiritüelO amor lança fora todo medo, tira da nossa alma todo peso, nos mostra o perdão e nos ensina a verdade atravéz da sabedoria graça e unção. Cintia Madison Albuquerque, passou por uma adolescência conturbada, seu pai falecera quando ela tinha apenas 1...