Capítulo 25 - Sem arrependimentos

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– Calma, vá mais devagar!

– Por Deus, Injunnie... eu estou doente e fraco e mesmo assim consigo correr mais rápido do que você. Não se sente envergonhado?

– Você tem pernas mais longas. Não ligo se está doente e fraco, assim que alcançá-lo farei você se arrepender por ter dito isso.

Jaemin gargalha silenciosamente, satisfeito por ter conseguido provocar o companheiro.

Talvez a satisfação o tenha distraído a ponto de reduzir o ritmo de sua corrida, pois quando vira para observar a diferença de distância entre ambos, sente o peito do outro chocar-se contra o seu.

Renjun corria a toda velocidade, estava certo de conseguir ultrapassar Jaemin. Ele só não contava com uma parada abrupta no meio do trajeto.

O impacto faz com que tombem no chão.

– Você está mais pesado. – Jaemin exclama com a respiração curta.

– Eu poderia ficar aqui a noite toda. – O chinês responde fazendo pouco caso, mas então desliza para o lado, caindo sobre a grama.

– Eu não estou reclamando. – O Na sorri. – Isso é sinal de saúde. Ou esqueceu o quanto eu insistia para que você não pulasse o almoço enquanto estudava?

– E tenho como esquecer? Uma vez você me fez ser expulso da biblioteca por ter se exaltado só porque eu pulei uma refeição.

– Uma!? Você não almoçava há cinco dias e durante a noite comia porcaria.

– Era época de provas, sabe?

– Você não faria prova alguma se estivesse a sete palmos debaixo da terra.

Renjun o olha incrédulo.

– Quanta insensibilidade! Eu fiquei três semanas sem frequentar aquele local com vergonha do que as pessoas pensariam.

O coreano torce os lábios. – E faria tudo de novo. Você não me deu escolha.

Renjun revira os olhos.

Eles estavam discutindo sobre bobagens. Discutindo sobre coisas pequenas e sem importância. Não falavam sobre a doença de Jaemin nem sobre como ela avançava rapidamente.

Pelo menos naquele instante, Jaemin sentiu como se fosse apenas um garoto normal.

Ele estava feliz.

– Eu não fazia ideia de que Jeju era tão bonita. – Renjun exclama com brilho nos olhos enquanto encara o céu estrelado.

Para Jaemin, no entanto, o brilho no olhar daquele ao seu lado, deitado sobre a mesma grama, era muito mais intenso do que as incontáveis estrelas que se destacavam no céu noturno.

– Queria eternizar este momento. – O menor sorri com o próprio comentário. – Você não acha que seria perfeito?

Mas nenhuma resposta foi ouvida.

Quando ele vira a cabeça na direção de Jaemin, buscando o motivo para tal silêncio, Renjun sente o coração bater mais forte. O outro o encarava estático, nem mesmo piscava. O jovem sabia o que aquele olhar significava, já o havia flagrado diversas vezes no passado. O olhar quando não era mais necessário verbalizar. O olhar que apenas Na Jaemin lhe lançava. O olhar que ele gostaria de manter fixo em si até que os olhos de ambos se fechem.

– Quando você soube? – Pergunta calmo, ainda concentrando-se no outro.

– Hm?

– Que estava apaixonado por mim?

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