𓆙𝖨𝗇𝗍𝖾𝗋𝗇𝖾𝗍 𝖡𝗈𝗒 ── Gᴀʙɪɴʜᴀ Sʜᴏᴡ

•Um Desastre Parte 2; 010

》》Thayna Miller《《

Olho para a porta e vejo minha mãe conversando com um médico. Ela estava chorando. Sarah se aproxima com uma cara confusa e entra na conversa. Ela abraça a mamãe e começa a chorar também.

Mas que merda é essa?

Elas olham para cá e me veem acordada. Viro meu olhar para o outro lado e vejo James dormindo na poltrona.

Mas que caralhos aconteceu comigo ontem a noite?

Mamãe vem correndo na minha direção.

─Thayna! Ela acordou! Dr. Frank! James, James! ─Ela o chacoalha até o garoto ao meu lado acordar ese levantar ao meu lado.

─Thayna! Você tá bem? Tá tudo bem? ─A dor no peito volta. Faço uma careta de dor.

─Há quanto tempo eu tô dormindo? ─Perguntei a minha mãe que segurava minha mão fortemente.

─2 semanas.

─Nesse tempo, os médicos fizeram uma bateria de exames. ─Sarah segurou a mão de sua noiva que deixou escapar uma lágrima.─ Acabamos de descobrir o que você tem.

─Sério? O que é? ─James acariciava meu cabelo meio desidratado.

Minha mãe o puxou para o canto e sussurrou alguma coisa. Os olhos do James caíram. O brilho do seu olhar que eu acostumei a ver todo dia, havia se apagado. Una lágrima escorreu do seu rosto.

─Sarah, o que eu tenho? ─Ela me olhou e mais uma lágrima escorreu.─ Me diz! É alguma coisa grave? SARAH!

─Thatha! Se acalma! ─James rapidamente veio para perto.

─O que eu tenho? Eu preciso saber! É a minha vida que vocês estão falando! E se eu morrer? Eu vou morrer sem saber o que tenho? ─Nessa altura do campeonato, minha mãe já chorava. O rosto dela estava extremamente vermelho.

─Descobriram? ─Uma voz grossa falou da porta. Não conseguia ver direito. Mas era mais de uma pessoa.

─Ela acordou? ─Uma voz mais fina perguntou. Jane. Certeza.

─E aí? Vai falar o que eu tenho para os meus amigos e não vai falar para a portadora da porra da doença?

─Filha, não fala assim...

─ME CONTA!!

Jessy saiu do quarto rapidamente. Meus amigos se aproximaram.

─Ei! Como você tá? ─Rafa perguntou me ajudando a sentar na maca e me abraçou.

─Mais ou menos. Eu tô com uma dor insuportável no peito.

─Vai melhorar amiga. Eu sei que vai. ─Yas me abraçou e me entregou um buquê de flores.

─Obrigada! Não precisava Yas! ─Deixei dentro de um vaso vazio que tinha em uma das cabeceiras ao lado da maca.

─Você meu deu um puta susto sua filha da puta! ─Mah deu um tapa no meu ombro.

─Ai! Já não basta minhas dores emocionais eu tenho que aguentar as físicas também desgraçada? ─A abracei sorrindo.

─Gata! Que saudades sua puta! ─Jane me abraçou.

─Saudades de vocês também. Mesmo que pra mim tenha sido uns 2 minutos dormindo. ─Forcei uma risada.─ Elas contaram...? O que eu tenho?

S

ilêncio. Eles se entreolhavam e hesitaram.  Não querem me contar.

─Rafa...

─Eu não vou aguentar! ─Eu consigo ver em seu rosto. Ele estava doido pra contar. E eu vou tirar isso dele.

─Rafa, querido. ─Eu usei todo o meu talento para atuação. Confesso que uma parte dessa mentira, não era tão falso assim.─ O que eu tenho? Eu sei que você quer falar. Bote para fora. Eu vou te entender. ─Acariciei seu braço o assistindo cair em minha armadilha.

─Rafa! ─Matt o chamou. Ele estava tentando. Não ia conseguir.

─Eu tenho o direito de saber, certo?

─Certo. ─Dei um sorriso ladino percebendo os outros xingarem e fazerem barulhos e gestos de reprovação.─ Mas eu preciso que você prometa não contar pra sua mãe.

─Claro. Ela não vai saber de nada. Agora conte, meu bem.

─Tumor Cardíaco.

─Tumor... Cardíaco?  Como assim? Como eu... Como isso surgiu? ─Desespero.

─Ninguém sabe. Parece que você já tem esse Tumor já faz um tempo, mas não foi descoberto. ─Eu via lágrimas escorrendo de pouco em pouco pela sala.

─Mas... Eu vou viver, né?

Silêncio.

─Né?

Neste ponto James já apertava a minha mão fortemente. Rafa chorava silenciosamente.

Eu quero viver.

─Eu... vou morrer? ─Agora foi a minha vez de chorar. Eu não estou pronta para deixar meu irmão.─ Já sabem quanto tempo eu tenho?

─Não. O médico estava falando com a sua mãe sobre isso, provavelmente. ─Theo se aproximou e deixou um beijo sobre minha testa.

─Eu não quero. Eu não quero ir. Eu quero ficar aqui.

─E nós vamos fazer o possível pra você ter o máximo de tempo com a gente. ─James pegou a minha mão e a beijou. Logo em seguida se levantou e disse.

─Eu vou procurar a mamãe e perguntar o que aconteceu com o médico.

Eu já estava deitada novamente me derramando em lágrimas. Todos estavam em cima de mim. Me fazendo companhia.

─O que eu seria sem vocês aqui?

─Uma famosinha metida. ─Mah nos tirou uma risadinha.

─Vamo viajar? Aproveitar o nosso tempo? Não quero o desperdiçar aqui. ─Levantei minha cabeça de leve.

─Não se não. Se você descansar aqui, pode ser melhor para as crises. ─Logo a Yas. Logo a mais festeira quer ficar. Ela não tá bem. Ou talvez seja eu que não estou.

─Crise é o meu cacete! Tu chapou muito se acha que EU vou ficar aqui esperando minha morte fria e dolorosa! Vamo, vão fazer as malas e ir pra Qatar ver a Copa Porra!! ─Levantei e tirei os acessos da minha mão e veia.

─Nem parece que ficou em coma por uma semana! ─Jane comentou e riu.

─Vamos chamar os vizinhos e o Jay? ─Mah perguntou.

─Vamos! Liga pra eles. Eu pago pra todo mundo! ─Será que me deram alguma droga pesada?

James apareceu loucamente tentando me convencer a voltar. Nem fodendo que eu volto para aquele hospício! Eu estou no meu direito de sair para viver. Então convenci James de ir conosco.

Mandei uma mensagem no nosso grupo de amigos avisando o Horário, o aeroporto e o ponto de encontro.

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ANTEPENULTIMO CAPITULO PRA ESQUENTAR AS COISAS. QUE CAPITULO EMOCIONANTE, DIRIA EU BJOS

MARATONA (3/4)