Propósito Alcoólico

Capítulo 11

O capítulo tem uma surpresinha rsrsrs

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Kaeya e Diluc agora estavam na beira da grama. Já que ali perto tinha uma praça, decidiram comprar cerveja para beberem juntos lá, a casa de ambos não era longe e eles confiavam o suficiente um no outro de que ninguém iria desmaiar, era uma noite silenciosa e que tinha pouca gente no local onde Diluc e Kaeya estavam, praticamente quase ninguém. Um pai sentado com uma criança que parecia ter uns 7 anos enquanto lhe ajudava a comer um sanduíche e uma senhora sentada sozinha.

Diluc não parava de rir com qualquer coisinha que saía da boca de Kaeya, certo que ficar bêbado no "meio do nada" com um cara meio desconhecido não era nada seguro, mas Luc sentia que podia confiar fielmente nele depois de todos os seus momentos em que ele finalmente conseguiu ser ele mesmo, esses momentos que com a ajuda de Kaeya conseguiram se tornar os mais marcantes em suas memórias, lhe fazendo dar um sorrisinho sempre que as lembranças passavam em sua mente, com vontade de ter mais e mais daquela sensação maravilhosa, Kaeya também havia descoberto que Diluc não tinha uma risada discreta como as que dava no bar, ele tinha uma risada alta e gritada, além de que ele se jogava pra trás quando ria. Era um detalhe que o deixava ainda mais encantado e querendo saber mais sobre o ruivo cada momento que passavam juntos, afinal, aquele realmente parecia um momento sincero onde os dois não tinham nada a esconder de suas personalidades.

— E daí, a Rosaria e eu passamos a noite na delegacia. — Kaeya disse limpando uma lágrima sorrateira que escorria de um dos seus olhos, mas ela era de tranto rir — Depois disso a mãe da Rosaria tentou me exorcizar e expulsou ela de casa, como meu pai também não me queria em casa, mas de algum jeito a minha mãe não queria me deixar ir, ela ficou escondida no sótão da minha casa por quase dois meses, até que minha mãe a encontrou depois de ela soltar um grito por ter encontrado uma barata lá. — Ele disse dando risada ao se lembrar da cena — Éramos adolescentes realmente problemáticos.

— Eu vi! — Luc também ria — Mas se parar pra prestar atenção, é bem triste. — Recuperou seu fôlego.

— É, realmente. Naquela época eu não era uma pessoa feliz, mas eu tenho lembranças de que mesmo que não estivesse tudo bem lá, eu lembro sorrindo. Afinal, pensar com minha cabeça mais madura de hoje em como eu fui um adolescente burro e antisocial é engraçado.

— Eu gosto do seu jeito de se expressar — Diluc disse enquanto tornava o contato visual mais intenso para Kaeya — É como se você não tivesse medo de dizer que já errou muito na vida e trata isso como se fosse uma reflexão, eu gosto de pessoas sinceras como você, Kaeya. Eu amo seu jeito de ser você.

Kaeya estava tão impressionado que praticamente parou de ouvir quando observou direto o rosto de Diluc, ele havia recém descoberto que suas bochechas pálidas ficavam rosadas quando bebia junto de seu nariz, que ele tinha a mania de lamber e morder os lábios quando estava concentrado, junto de outra mania de rodear mexas do próprio cabelo com os dedos quando estava sem graça. Ele também fazia um bico com os lábios quando ficava com vergonha, rindo logo em seguida... O moreno estava tão hipnotizado em sua linguagem corporal perfeitamente atraente que já não escutava o que ele dizia, só conseguia olhar os lábios não tão grossos e rosados de Diluc, podendo observar também que sua boca era um pouco ressecada e que mantinha alguns machucados, provável que pela mania de morder os lábios. Seus olhos subiram pras bochechas coradinhas e seu nariz que não era empinado e sim reto, porém combinava perfeitamente com seu rosto, os suspiros de Kaeya estavam falhando.

— Uhh, Kaeya? — Luc ao perceber seu silêncio e que ele olhava para todo seu rosto ficou um pouco nervoso — Kae? — Ele disse mais uma vez, mas Kaeya não o escutava — É... Tem algo no meu rosto? — Ele sorriu sem graça enquanto rodeava uma mecha de cabelo com os dedos, o que fez um estalo na mente de Alberich.