Capítulo 13

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Peço desculpas aos que estavam esperando a continuação dos Kaeluc e Rosaria empata foda, mas os Chillumi não podiam mais esperar

— Jean?

As palavras saíram da boca de Lumine como um sussurro, Gunnhildr que estava distraída não conseguiu ouvir, ela insistiu em sussurrar mais algumas vezes, mas a loira simplesmente estava longe demais pra ouvir. Lumine, que já estava ficando estressada, chegou bem perto da mais alta e colocou suas mãos em seus ombros, a assustando. Rapidamente, Gunnhildr olhou para trás, fazendo contato visual direto com a loira mais baixa.

— Sim? — Ela sussurrou também, porém, agora quem estava em silêncio era Lumine — Aconteceu algo, Lumi?

— Preciso de conselhos... — Podendo notar seus olhos marejados, Jean quase teve um pequeno colapso.

Atenciosa como era, levantou-se e foi até um canto mais reservado simplesmente para ouvir o que Lumine tinha pra falar e pelo menos um pouquinho do que a baixinha tinha que colocar pra fora, tudo com seu jeitinho doce de ser. Assim que chegou no canto, Jean deu um sorriso e ficou bem de frente para a mulher, deixando com que seu sorriso reconfortante a deixasse super relaxada ou quem sabe pelo menos um pouquinho. E funcionou! Tanto que Lumine abraçou a amiga e mordeu os lábios sujos de batom neutro bem forte apenas para segurar o choro. Gunnhildr passou seus braços finos pelas costas pequenas da loira, apoiando a cabeça da baixinha em seu peito enquanto escutava com uma pontada no coração seus ruídos chorosos, era tão doloroso que deixava Jean com vontade de chorar também.

— Valeu... — A pequena sussurrou, se afastando do abraço para começar a falar. — Bem... Por onde eu começo? — Pensou bem nas palavras antes de dizer, mas foi de certa forma inútil. — Ajax, sabe... Tivemos um momento meio esquisito que eu prefiro não especificar. Eu até tentei agir normal e fingir que nada aconteceu, mas toda vez que eu encaro aquela cara de tonto dele eu me lembro e acabo evitando ele sem querer.

A confissão pegou Gunnhildr de surpresa, que colocou a mão na boca apenas para mostrar seu choque.

— Oh! Então é por isso que andam tão afastados. — Soltou um suspiro fundo da garganta. — Ah, Lumi. Se quer saber o que eu acho, acho que devia deixar de lado a vergonha. Vocês formam um bom par, por que não o chama pra sair apenas pra esclarecer as coisas? Pode acontecer ainda hoje! — Jean bateu no ombro alheio de Lumine de forma animada, apenas para ver se aquilo teria chances de a convencer pelo menos um pouquinho de resolver tudo cara a cara. — Faça isso, seja alguém imprevisível.

— Ah, sei lá... — Ela bateu suas costas na parede como se fosse puxada feito um ímã, suspirando fundo e sofrido. — Acho que ele ia rir da minha cara.

— Que ria, pelo menos as coisas estarão esclarecidas.

Oh.

Lumine odiaria admitir, mas ela estava certa. Não teria fim se a própria não tomasse atitude.

— É, valeu. Enfim, saia pra comer comigo amanhã.

— Ah! — Assustou-se com a proposta, se abaixando para ouvi-la melhor. — Perdão?

— É um agradecimento pelo conselho, Jean. Vamos comer, eu posso te levar para comer em um rodízio de carnes se você quiser. Não se preocupa, eu pago.

— Oh, não não. — Negou com a cabeça a medida que ria um pouquinho nervosa, estava com vergonha de rejeitar a ideia mas realmente precisava. Em sua cabeça, um conselho simples daqueles não merecia nada em troca. — Não precisa disso. Eu não fiz nada demais, guarde seu dinheiro para sair com outra pessoa.

Agarrou a mão da mais nova, a fechando e saindo dali apenas com um sorriso no rosto. O "fora" de Jean fez com que Lumine ficasse bem pensativa, voltou para o local de trabalho pensativa, trabalhou pensativa e até passou ignorando Childe várias vezes justamente por estar pensativa.

Propósito AlcoólicoOnde histórias criam vida. Descubra agora