Capítulo 13

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Arqueio minha sobrancelha, seguindo o exemplo da mulher estranha. Camila, ela disse que era seu nome. Ela tem aquela beleza fácil com que algumas garotas são abençoadas ao nascer (aquelas que nunca pentearam o cabelo e ainda conseguem ficar lindas sem esforço).

Atualmente pareço uma espécie de criatura selvagem da floresta, tenho certeza. Lavei meu cabelo na estranha câmara de banho e limpei meu corpo completamente, mas meu cabelo secou em estranhos tufos de ondas nas minhas costas. Como se o pensamento me lembrasse, eu puxo meu cabelo sobre meu ombro, passando meus dedos por ele enquanto estudo Camila.

— O quê?

Ela pergunta, sua voz grossa.

— Nada.

Eu respondo rapidamente.

— Hmm

Camila sorri antes de se levantar.

— Você deve estar faminta. Vou buscar comida para nós.

— Tem comida aqui?

Eu zombo, observando-a de perto enquanto ela passa por mim.

— Claro, há comida. O que você acha que comemos?

— Prisioneiros?

Eu murmuro baixinho.

Camila ri enquanto entra no túnel, mas não tem como ela ouvir meu sussurro na caverna. Eu balanço minha cabeça, penteando meu cabelo com os dedos até que pareça um pouco apresentável (ou pior, dependendo da minha sorte) e puxo a adaga do meu quadril, colocando-a cuidadosamente ao meu lado. A maldita coisa continua cavando em minha pele e estou com um pouco de medo de me apunhalar acidentalmente.

Enquanto vejo um falcão disparar pela boca da caverna, o som de passos ressoa atrás de mim e eu viro por cima do ombro para encontrar Camila com os braços em volta de uma cesta.

Ela a coloca no chão e se senta de pernas cruzadas na minha frente, vasculhando o conteúdo da cesta até encontrar o que deseja. Quando ela me entrega um pedaço de carne e um grande cubo de queijo, fico com água na boca.

— Obrigada.

Eu sussurro, dando uma mordida gananciosa na carne, meus olhos rolando fechados.

— Deuses, vá devagar

Ela ri, me olhando com seus estranhos olhos brilhantes. Eu inclino minha cabeça, tentando dar uma olhada melhor na luz. Eles são rosa e brilhantes demais para serem normais (mesmo se os olhos rosa fossem normais).

Coisa que eles não são.

Eu estreito meus olhos para a bela mulher, avançando minha mão em direção à adaga.

— Então, você não é a prisioneira do dragão, ou a dona dela. Quem é você? Por que você mora aqui com ela?

— O que você está perguntando?

— Por que seus olhos são rosa? Você é maga?

Minha mente vagueia para os estranhos olhos brilhantes de Ona. Os dela são prateados, como nuvens de chuva iluminadas por um raio, mas magia é magia. E esses olhos são muito semelhantes aos do dragão para não haver algum tipo de conexão...

— Não, eu não sou maga, princesa.

Ela ri.

— Como você sabe quem eu sou?

Pergunto, percebendo que ela está se referindo a mim como 'princesa' esse tempo todo. Eu nunca disse a ela meu título. O dragão disse a ela?

— Lauren não é um nome muito comum

Estimada (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora