Capítulo 21

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Rolo para encontrar a cama vazia e eu franzo os lábios em um beicinho. Não gosto disso, acordar sozinha depois de fazer amor. E de repente, me sinto culpada pelas garotas que mandei de meus aposentos antes que elas pudessem se sentir confortáveis o suficiente para adormecer.

— Deuses

Murmuro, rolando de costas para olhar para o teto. Como eu cheguei aqui? Antes que eu possa refletir sobre meus sentimentos por muito tempo, o som de passos ecoam no túnel. Passos pesados. Minhas sobrancelhas sobem na minha testa enquanto eu corro para fora da cama, em busca de uma arma. A adaga que tirei do tesouro de Camila está em uma grande pedra perto da porta e eu rapidamente a agarro, pressionando minhas costas contra a parede enquanto espero.

Quem poderia estar nos túneis? E onde está Camila? Ela não deixaria ninguém aqui... Eu respiro calmamente, tentando ignorar todos os piores cenários que passam pela minha mente enquanto agarro a adaga com força.

O medo aperta meu peito enquanto o som de botas arrastando-se se aproxima. Minha pulsação bate em meus ouvidos, abafando o som, embora eu saiba que está chegando perto. Mais próximo. Quando uma figura escura entra no quarto, corro para frente, a adaga levantada para atacar.

O homem se vira, sua mão caindo no meu antebraço antes que eu possa fazer contato e eu olho para os olhos verdes familiares e tropeço para trás, fora de seu controle.

— Dary?

— Lauren.

Ele sibila enquanto dá mais um passo em minha direção.

— Oh Deuses, Dary.

Murmuro, correndo em direção a ele. Eu jogo meus braços em volta do seu pescoço, balançando minha cabeça.

— Eu sinto muito.

— Shh

Ele sussurra, dando tapinhas nas minhas costas enquanto o som de mais botas enche o túnel fora do meu quarto. Alguém grunhe algo ao nosso lado, mas não consigo ouvi-los por causa do som do meu próprio batimento cardíaco e das palavras murmuradas de Dary.

— Está bem. Você está bem. Estou aqui.

— Eu quase matei você.

Eu engulo.

— Você nunca poderia

Ele zomba, me empurrando para longe dele para me examinar.

— Você está bem? Ferida?

Enquanto seus olhos vagam pelo meu corpo, eles caem nas minhas coxas expostas. A blusa é longa o suficiente para cobrir minhas partes mais importantes, mas certamente não é apropriada para uma princesa ser vista. Minhas bochechas ficam vermelhas como as de Dary e ele limpa a garganta.

— Estou bem. O que você está fazendo aqui? A maga disse que meu pai estava trazendo a coroa...

— Nós temos ela

Ele me garante antes de pegar um par de calças do chão.

— Vista-se. Os homens não precisam... hmm... vista-se.

Ele empurra o pacote de pano no meu peito antes de se virar e guardar a entrada. Dary, sempre um cavalheiro.

Enquanto puxo a calça pelas pernas e até a cintura, pergunto a ele:

— Como você conseguiu entrar aqui? Onde está o dragão?

— Os Izvoras patrulharam a montanha. Eles alegaram que este seria o momento perfeito para vir...

Estimada (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora