No dia 24 de dezembro trabalhei super de bom humor, o Jorge havia me respondido o e-mail me autorizando a renovar o seguro dos carros da empresa, e do carro particular dele, e assim eu fiz, quando já ia embora meio dia, fui à sala dele me despedir e perguntar se precisava de mais alguma coisa, ele estava olhando pela janela me aproximei dele, com um beijo em sua nuca, ele me olhou com um sorriso e me deu um selinho me dizendo que poderia ir embora que nos falaríamos mais a noite.
Cheguei em casa liguei para minha mãe, ela me disse que estava chegando, então disse a ela que precisava de sua ajuda pois teria de comprar umas roupas para uma festa de réveillon em Belo Horizonte, não foram vinte minutos minha mãe chegou e fomos comer no shopping, almoçamos e fomos as compras eu precisava de algumas roupas grifadas pois seria uma festa com a direção da empresa em BH não poderia dizer a minha mãe a verdade não naquele momento, eu ganhava R$ 1000,00 por mês ainda era pouco mais meus pais são controlados e minha me disse que dessa vez pagaria pelas roupas pra mim, enfim comprei uns cinco pares de roupas e três calçados não sabia muito bem quantos eventos seriam, ainda não sei porque perdi tantos anos de convivência com minha mãe, aquela tarde foi super agradável não poderia ser melhor.
Eu estava deixando meu cabelo crescer um pouco principalmente pra me livrar daquela aparência de skinred que tinha, eu já tinha consigo me desvencilhar da aparência, agora era ficar mais bonito, era minha meta de verão. Quando saímos do shopping vi meus antigos amigos sentados na praça em frente ao shopping apenas acenei com a cabeça e fomos embora pra casa no caminho conversamos um pouco no carro...
– Meu filho, que bom que as coisas estão melhorando pra você meu querido, seu pai esta muito orgulhoso, e cogitamos te dar um carro de presente, pra comemorar sua nova fase.
– Mãe fico feliz com isso, mais eu prefiro que paguem a faculdade que eu pretendo fazer, vou tentar na federal mais se eu não conseguir, eu preciso que me ajudem com a mensalidade, porque já pago o inglês, e ainda ganho pouco né.
– Vai fazer faculdade meu filho, que coisa mais boa.
– Vou foi uma exigência do Jorge, e quanto ao carro vamos fazer assim, me dão a entrada de presente eu pago as parcelas mensalmente pode ser!?
– Por mim está mais do que bom, falarei com seu pai a respeito disso, mais creio eu que não teremos problemas quanto a isso não. E qual curso você pretende fazer?
– Relações Internacionais, ou Administração, ainda estou indeciso mais será um desses dois.
– E sua tia dizendo que você não teria conserto que era um caso perdido, a mais eu vou jogar isso na cara dela mesmo, que ela não cruze meu caminho, se não vou falar mesmo, sabe que sou implicada com aquela irmã do seu pai, casou por interesse tem uma filha viciada e vem falar do meu menino não mesmo.
Então minha mãe começou a reclamar da família do meu pai, ou seja, foi assunto pra tarde toda, ela me contou todos os pobres da família dele, e rimos muito de toda a situação, e ela não parava mais de falar, chamou até nossa empregada para ajudar com alguns assuntos, esse dia fiquei o dia todo em casa com minha mãe, ela é ótima e eu não soube aproveitar isso quando criança por conta da minha inexplicável rebeldia se pudesse faria diferente, mais como não posso, o jeito era consertar daquela parte da minha vida em diante.
A noite o Jorge me ligou conversamos por mais de uma hora sem ninguém interromper ou ele ter que desligar pra atender outra ligação isso era um recorde na vida dele, eu disse que iria no dia 26 para o escritório pois queria me assegurar que o Edgar não iria tentar nada, ele disse que não precisava que poderia confiar nele, pois ele não queria nada com o Edgar, que já tinha o branquelo dele, e que era eu esse cara, achei fofo ele falar isso, conversamos sobre a festa de réveillon ele me explicou melhor é uma festa privada onde estaria a elite gay Mineira, ai sim eu fiquei tenso, sem saber muito bem se iria, pois eram muitos gays em um mesmo lugar, não disse nada pra não estragar o nosso clima agradável. Chamei ele pra ir a minha casa passar o natal comigo mais ele não quis dessa vez foi ele a ficar com vergonha ele disse que ficaria em casa e que eu ficasse com minha família, nos despedimos e fui me arrumar para as festividades.
Esse seria o primeiro natal em anos em que eu passaria com minha família eu sempre saia me dopava com drogas, ou álcool e dormia em alguma sarjeta por ai, mais isso mudou graças ao Jorge, me arrumei, penteei meu cabelo tirei a barba, me perfumei, queria causar uma boa impressão e pra ajudar minha mãe com minha tia. Desci e fui de encontro a família com meu melhor sorriso, cumprimentei a todos os familiares, pela primeira vez vi meus pais orgulhosos de mim, quando cumprimentei essa minha tia minha mãe já foi dizendo...
– Te contei que o Gustavo esta indo pra uma festa de réveillon em Belo Horizonte com o pessoal da direção da empresa dele, e já ia me esquecendo, esta começando faculdade, esta fazendo inglês, vamos dar um carro pra ele. E a Aline cadê ela!?
Minha mãe não perdia nenhuma oportunidade de alfinetar essa minha tia, meu telefone tocou a noite toda, com meus ex amigos me ligando, eu não atendi em momento algum era melhor eles notarem que eu estava em outro momento da minha vida, e que eles não faziam parte desse momento, meus primos vieram conversamos a noite toda o que foi ótimo assim distrai minha cabeça, bebi apenas socialmente, fiquei acordado ate mais ou menos 6 da manhã então fui dormir mais antes, mandei uma mensagem para o Jorge, respondendo uma que ele me perguntava como estava a festa, respondi: Estava boa, mais faltou uma pessoa muito importante.
Acordei as cinco horas da tarde, tomei um banho, bati uma punheta pro Jorge e fui jogar videogame com meu coroa, FIFA, ficamos jogando um bom tempo conversamos sobre as coisas da vida, faculdade, carro, cursos, trabalho, e namoradas... Foi ai que o bicho pegou não sou bom em mentir, disse que tinha uma garota ai, mais que ainda era incerto, mais que assim que estivéssemos firmando o compromisso eu apresentaria a família, eu tenho certeza que minha mãe iria adorar que eu namorasse o Jorge, ela adora gays, e já disse algumas vezes que não teria problemas em ter um filho gay, já meu pai eu não sei, as 20:00 a família toda chegou de novo pra segunda rodada de festas.
Assim que eles chegaram o Jorge me ligou, então fui para meu quarto conversar a sós com ele, a voz dele me dá conforto o que acho ótimo, ele me perguntou como tinha sido meu dia, eu respondi, perguntei sobre o dele, ele me disse que tinha sido tranquilo que tinha ido para casa de amigos almoçar com eles, e depois tinha voltado para dormir mais um pouco, ele me perguntou se poderia ir me buscar para passarmos um tempo juntos eu disse que sim, que em meia hora poderia que iria tomar um banho e me arrumar...
E assim eu fiz desliguei o telefone, tomei banho me perfumei, e fiquei no aguardo dele, não foram cinco minutos de espera ele me ligou dizendo estar na porta me despedi da minha mãe dizendo que iria sair com um amigo, ela me olhou desconfiada, mais quando viu o carro pela câmera do interfone ficou aliviada mais mesmo assim tinha um olhar desconfiado, mais a desconfiança era outra, pra não ser questionado eu sai, quando entrei no carro do Jorge ele me deu um beijo eu ia virar o rosto afinal estávamos na porta da minha casa mais o magnetismo foi mais forte e eu o beijei, quando nos soltamos ele me disse um boa noite com aquele sorriso perfeito e saímos juntos, afinal um pouco de romantismo é preciso
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Sangue e Chocolate.
RomansaDo homofóbico,Racista a gay Digamos que quando eu era mais novo, eu era um garoto bastante rebelde do tipo problemático mesmo, eu quebrava vidraças de casas, fazia arruaças, e as vezes meus amigos infernizavam alguns garotos mais “afetados” eu não...