24° Capítulo

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STÉFANI

Quando vejo a Mih abrindo os olhos e me ignorando, achei que a tivesse perdido e ela ia embora, até me olhar e correr para os meus braços. E quando nossos lábios se tocaram novamente, a beijei e o seu gosto era o melhor do mundo.

Depois de algum tempo, explico o que realmente aconteceu na noite anterior e dessa vez ela me escutou. Fiquei muito feliz, em ver que ela acreditava em minha palavra. Quando olho a hora me assusto.

Stéfani: Mih, vou ter que busca o Henry.

Mirella: Ele está com quem?

Stéfani: Deixei ele com a Braga, para ir atrás de você.

Mirella: Então é melhor nós irmos logo, é perigoso deixar ele sozinho com a Bragança - Ela se levanta e vai até a porta - Vamos Stéf? - Ela me esperando que eu a siga.

Stéfani: Vamos. - Dou um sorriso achando lindo a sua preocupação.

Durante o caminho, vejo que a Mih está pensativa e resolvi perguntar.

Stéfani: O que foi, Mih? - Vejo ela se mexendo inquieta - Por que está calada?

Mirella: Estou preocupada, Stéf. A Braga é doida véi e fico louca só de imaginar o que ela estaria fazendo com ele agora.

Stéfani: Mih, não se preocupa não, a Braga com certeza está cuidando bem do nosso pequeno.

Mirella: Eu realmente espero.

Stéfani: Que tal passarmos o dia de hoje juntos, hein? - A olho e a vejo suspirar.

Mirella: Tenho que dar aula hoje, é no último horário e depois tenho que passar em um lugar.

Stéfani: Posso saber que lugar? - A olho e a vejo sorrir. - O que você está me escondendo, Mirella Fernandez?

Mirella: Nada amor. E larga de ciúme Stéf, Eu só quero você.

Stéfani: E a noite, você vai lá no meu apartamento? - A olho e vejo sorrir.

Mirella: Acho que vocês me devem uma visita - Ela pisca para mim e eu concordo.

Stéfani: Então tá, de noite eu fico no seu apartamento.

Assim que chegamos no apartamento, a Mih abre a porta e vejo que está um silêncio e entramos. A Mih Olha cada cômodo e nada e resolve ir no quarto da Braga.

Assim que abrimos a porta, morremos de rir da cena e a Braga acorda assustada, com o Henry do seu lado, com uma caneta na mão.

E quando ela olha para nós não entendendo o motivo do Riso. Aponto para o seu rosto e ela corre até o banheiro para ver, vou até o Henry e o pego no colo, escutamos um grito no banheiro e logo ela volta, pegando umas maquiagens.

Bragança: E agora o que eu faço? Eu preciso ir trabalhar, inferno.

Stéfani: Desculpa, Braga - A olho e a vejo suspirar.

Mirella: Bem feito, aonde já se viu, dormir e deixar uma criança acordada sozinha.

Bragança: Foi culpa sua, praga - Apontou o dedo para a Mih - Quem manda desaparecer e não dar notícias. Não dormi quase nada essa noite, eu não aguentei e acabei cochilando.

Mirella: Desculpa, Bra. Não sabia que você se preocupava comigo - Ela sorrir sem graça e eu observo a cena a seguir.

Bragança abraça ela e nesse momento me lembrei da minha relação com a Carla e me deu um aperto no coração. Carla e Eu nos dávamos super bem, mas sempre brigavamos por bobeira.

Mirella: Stéf... Stéfani - A olho e sorrir sem graça - Que você tá pensando?

Stéfani: Só lembrei da minha relação com a minha irmã - Falo triste e me levanto - Acho que é melhor nós irmos Henry - A olho e ela sorrir.

Mirella: Fica mais um pouco?

Stéfani: Eu já vou, Mih - Me levanto e sigo até a porta - De noite eu venho - Sorrir e saio até a porta, quando chego no elevador e a vejo correndo até a mim e me dando um abraço apertado.

Mirella: Vou te esperar ansiosamente.

MIRELLA

Quando a Stéf vai embora, eu me arrumo e vou até a escola. Assim que chego vou até a diretoria e cumprimento a Gabi.

Assim que acaba as aulas, vou até o orfanato que é do lado da escola. Faz dois anos que eu conheço esse lugar e tento vir sempre que possível. Adoro dar um pouco de atenção a essas crianças que foram abandonadas ou ficaram órfãs.

Entro no pátio e assim que elas me vêem, elas correm em minha direção. As abraço e vejo a felicidade estampada no rosto das crianças. Me despeço das crianças, quando vejo Joana e me aproximo.

Joana: Mirellinha, quanto tempo? Você deu uma sumida, hein.

Mirella: Acabei viajando para casa dos meus pais e fiquei uns dias por lá.

Joana: Que bom, Mila.

Enquanto conversarmos, Olho para o lado e observo uma menina sozinha no balanço e com a feição triste.

Mirella: Joana, quem é aquela menina lá no balanço? - Ela olha na direção que falei - Ela é nova aqui?

Joana: Sim, Mila. Ela chegou faz uns três dias. Ela não gosta de enturmar e fica isolada pelos cantos, até tentei conversar com ela, só que ela não é de falar muito.

Mirella: E o que a Psicóloga fala?

Joana: Que ela está sofrendo por ter perdido a mãe.

Mirella: A mãe dela morreu? - A olho triste.

Joana: Ela presenciou o próprio pai matando a sua mãe, ela viu tudo.

Mirella: Nossa - Falo horrorizada - Posso ir lá tentar conversar com ela?

Joana: Se você conseguir fazer ela conversar com você, é um milagre.

Mirella: Qual é o nome dela?

Joana: Clara.

Resolvo me aproximar da menina e sentar em um balanço do lado dela. Começo a me balançar e tento puxar papo.

Mirella: Quando eu tinha a sua idade eu tinha um balanço e balançava muito alto - Ela me olha e eu sorrir - Eu era terrível - Saio do balanço e vou até ela - Posso te balançar? - Ela não me respondeu e eu resolvo ir embora. Ando alguns passos até escutar a sua voz fina.

Clara: Você me balança? - Sorrir e volto até o balanço, a balançando.

Mirella: Qual é o seu nome, Princesa? - Demora um pouco a responder.

Clara: Me chamo Clara, mas pode me chamar de Clarinha - Eu sorrir.

Enquanto conversamos, descobri que ela tinha apenas cinco anos e que ela estava com saudades da mãe. Imagino a dor e o sofrimento que essa menina passou, nenhuma criança deveria passar por isso. Por algum motivo essa criança se tornou especial para mim.

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