Depois

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Nathan

Depois de passar tanto tempo olhando pro teto, finalmente consegui acordar e me tocar do que tinha feito. Literalmente era a coisa mais burra que eu tinha feito, não conseguia nem pensar no que isso significava, pelo menos não agora.

Olho para o lado e para minha surpresa, Amelia está dormindo, ela tem algumas mechas no rosto e parece estar em um sono leve, então tomo cuidado ao sentar na cama e ver as roupas jogadas no chão. Passo a mão pelo rosto e o único som que ouço é o som do meu coração batendo forte no peito.

Ainda sem acreditar, olho para Amelia de novo e observo o corpo nu dela, seus cabelos estão molhados por causa do banho e ela está de bruços com a bunda empinada. Desvio o olhar assim que começo a sentir que eu não devia estar olhando, então vejo uma parede de fotos.

Com seus primos, principalmente.

Vou olhando cada foto e então me deparo de uma dela com seu pai e mãe, passo a mão pelos cabelos me amaldiçoando por ter pensado em vir aqui e começo a levantar. Tomo cuidado para ela não acordar e visto as calças que estão no pé da cama.

Percebo que ela estava trabalhando quando vejo aqueles papéis na mesa e logo acho minha camisa. Respiro fundo ajeitando os cabelos que ela bagunçou e abro a porta do apartamento, mas paro no meio do caminho e volto para aquele quarto.

Pego a manta dobrada em cima do travesseiro e abro para colocar em cima dela, afasto seus cabelos e Amelia se remexe na cama. Me afasto e aí sim vou embora, volto pelo caminho dos fundos que entrei e subo na moto pensando na merda que me meti por causa disso.

🔸

Nathan

Termino de enrolar as mãos dos meninos e aponto para os sacos de pancada, eles correm com um sorriso no rosto e começam a fazer a série de exercícios que passei no começo da aula. Não consigo prestar muita atenção e logo minha cabeça começa a ir para longe.

-Ei.- alguém cutuca meu ombro.

-O que?- me viro e vejo Palmer.

-Sabe descrever os sons que você ouvia?- ele senta ao meu lado.

-Que?- fico confuso.

-Quando estava lá.- sussurra.- Os sons que você ouvia.

-Sei lá, Palmer, precisamos disso?- cruzo os braços.

-Não, e que ficaria mais fácil e...Ai.- ele faz careta e eu olho para ele.- Sua nuca.

-O que tem?- toco minha nuca e arde um pouco.

-Tá arranhada.- explica.- Andou se metendo em brigas? Por que Dakota não vai gostar nada disso, ela disse para você se afastar das missões...

-Deixa isso quieto.- sussurro quando Kiara entra na sala.

-Almoço.- ela avisa e os meninos olham pra mim.- Ei!- cruza os braços.- Eu mando aqui, podem ir.

Eles passam correndo e Palmer fecha o computador onde estamos fazendo a pesquisa, ou melhor, onde ele está fazendo a pesquisa para ver se tem alguma saída. Kiara o observa e percebo que ela olha para a minha nuca também.

O Primeiro Erro - 5° Geração Onde histórias criam vida. Descubra agora