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Nathan

Sinto a cama se mexer e respiro fundo quando abro os olhos e vejo Amelia sentada enquanto coloca uma blusa grande demais para ela. Percebo que essa blusa é minha e a vejo se levantar enquanto prende os cabelos em um coque frouxo.

Então vira pra mim e sorri quando percebe que estou acordado, dá a volta na cama e joga a calça em mim. Sento na cama enquanto coloco as calças e levanto para seguir ela até a cozinha, Amelia liga as luzes e a TV também liga no canal que eu tinha deixado mais cedo.

-Como descobriu que eu gosto de quatro queijos?- ela pergunta abrindo a caixa da pizza.

-Pedi a primeira do cardápio.- falo observando ela comer.

-Uhum.- ela senta no banquinho.- Tem cerveja na geladeira.

-Aquele cara...- começo ao abrir a geladeira.- O pai dele é importante?

-Fica frio, o pai dele não vai querer sua cabeça.- ela chupa os dedos e abro a cerveja.- Pelo menos ele não é tão importante para isso.

-Por que deu as costas para ele?- dou um gole.- Praticamente deixou ele atacar.

-Eu tenho mais músculos que ele, achei que não ia fazer nada.- ela acaba com o primeiro pedaço.- E ele também não parece saber fazer nada.

-Sei.- pego um pedaço quando ela pega o segundo.

-E não precisava ter acertado ele.- ela me observa.- Eu tinha tudo sob controle.

-Claro, seu noivo ia ir embora assim que pedisse.- sento na frente dela.

-Ah, pelo amor de Deus, não repita isso.- ela ri.- Acho que vai demorar um tempo para ele virar noivo de alguém. E a coitada...

-Amelia.- chamo e ela me encara.- Você tem que falar para o seu pai.

-Para eles avisarem que tinha um cara grandão e com uma cicatriz no rosto aqui?- ela franze as sobrancelhas.- Meu pai vai se interessar mais em matar você do que eles.

-Achei que ele já tinha aceitado que você transava com quem queria.- mexo a cabeça e termino de comer quando ela pega o terceiro.

-Ele tenta.- ela suspira.- Mas acho que ficaria puto se descobrisse sobre nós.

-Por que?- franzo as sobrancelhas.

-Bem, você é uns dez anos mais velho que eu.- ela me observa e percebo.- Meu pai ia achar que você tava se aproveitando de mim.

-Você sabe...

-Eu sei que não.- ela ri.- É mais provável que eu esteja me aproveitando.

-Ah, é?- sorrio.

-Sim.- assente limpando as mãos.- Você não está se aproveitando de mim.

-Talvez um pouco.- balanço a cabeça.

-Uhum.- ela me observa e se aproxima.- Você não convence ninguém, sabe?

-Sou melhor em outras coisas.- desço os olhos até os lábios dela.

-Nathan.- ela me chama e a encaro.- Posso fazer uma pergunta pessoal?

O Primeiro Erro - 5° Geração Onde histórias criam vida. Descubra agora