Ajuda

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Amy

Nathan para na frente da pista de corrida e vejo que parece uma confusão enorme, desço da moto e Nathan me acompanha enquanto eu tento abrir caminho pelo pessoal meio descontrolado que grita para alguma coisa.

Sinto a mão de Nathan agarrar o cós da minha calça e me puxa no momento certo antes de uma cerveja passar voando. Não paro de andar e logo chego em dois carros que eu conheço, então a multidão acaba e vejo o que Vi estava falando.

-Que caralho...

Hunter está brigando com um cara que está todo vestido de motoqueiro, Vi está ligando para alguém e Cal está tentando tirar ele de lá, mas Hunter parece se esgueirar de cada puxão e ao mesmo tempo parece estar querendo quebrar o cara.

A torcida não ajuda em nada e a mão de Hunter sangra, ouço um barulho de longe e olho para Nathan apenas para ver ele confirmando que é o barulho da polícia. Respiro fundo e me meto na briga antes que a polícia chegue aqui e leve todo mundo preso.

-Hunter!- agarro o braço dele.

Bloqueio a cotovelada que ele vai me dar e seguro seu ombro para puxar, mas ele não quer sair mesmo e sinto um soco no meu estômago. Caio de bruços no chão e tusso enquanto tento me levantar e voltar a tentar puxar Hunter.

Alguém passa por mim e ouço a multidão parar de gritar, coloco os cabelos para trás e me levanto vendo que Nathan desacordou hunter em segundos. Vi e Cal ficam olhando para ele e eu vejo o cara com quem ele estava brigando com tanta raiva.

Ele tenta vir pra cima de Hunter desacordado de novo....

Ao mesmo tempo eu, Cal e Vi ficamos na frente dele, ele nos encara recuperando a consciência e dá um passo para trás. Vi começa a pegar na arma e seguro seu pulso para que a gente não tenha que limpar nada antes da polícia chegar.

-Vamos colocar ele no carro.- digo indo até Hunter.

-A polícia chega em dez minutos.- Nathan o levanta com Cal.

-Quem é esse?- Vi pergunta ao meu lado quando eles o colocam no carro de Cal.

-Quem era aquele?- aponto com o queixo.

-Outra história.- ela sorri.

-O mesmo.- murmuro e ela ri.

-Amy.- Cal joga uma chave para mim.- Ele gosta muito desse carro.

-Vou arranhar só um pouco.- balanço as chaves.

Vi entra no carro roxo dela e Cal liga o carro azul escuro, então Nathan olha para o carro laranja chamativo que vou ter que dirigir e depois olha para mim. Mordo o lábio e me aproximo dele como se fosse para ir até o carro.

-Obrigada por vir.- falo baixo.

-É sempre bom socar alguém.- ele coloca as mãos dentro da jaqueta.- Onde vai deixar esse carro?

-No condomínio.- abro a porta.- Ele realmente adora o carro.

-E a barriga?- aponta para onde Hunter bateu.

-Não dói.- entro no carro e ele apoia a mão na porta.- A polícia tá chegando...

-É, é melhor ir.- ele fecha a porta.

Ligo o carro e posso no acelerador pra aquecer, Jake me ensinou a dirigir essas coisas que eles sempre alteram. Esse carro só tem dois assentos e tem um monte de negócio estranho. Só toco no volante e na marcha quando vou dirigindo pelos túneis que eles fizeram para conseguir escapar mais rápido.

A moto de Nathan passa pelo carro e eu acelero quando sinto meu celular vibrar e logo vejo que é Vi, sorrio quando vejo a mensagem e sei que ela quer conversar sobre o que aconteceu hoje. E sei como vai ser, ela quer respostas e vai dar as respostas dela, troca de informação sempre.

🔸

Nathan

Entro na sala de treino e vejo que eles já estão enrolando os punhos para o treino, sento no banco e observo eles refazendo as duplas. Encosto meu corpo na parede e fico imaginando que merda eu tenho na cabeça para fazer aquilo de novo.

Eu sabia que eu estava há muito tempo sem transar, mas não justificava o motivo de eu estar tão descontrolado por Amelia. Não aguentava ela me tocando nem me beijando. Isso tudo era simplesmente loucura.

Respiro fundo e a porta da sala abre, Palmer sente ao meu lado e vejo ele abrir o computador para me mostrar vários números misturados em uma página. Olho para ele e Palmer sorri como se já tivesse achado um monte de ouro.

-Palmer, se você não me explicar...

-Achei como a onda funciona no seu sangue.- fala baixo.

-Só?- fico confuso.

-Eu acho um grande avanço.- ele parece irritado.

-É.- suspiro e ele me olha surpreso.- O que?

-Você concordou.- sussurra.- Tudo bem?

-Sim.- me levanto rapidamente.

-Já pensou em como falar para a Amelia?- franze as sobrancelhas.

-Não.- minto.- Quando acharmos algo, eu falo para ela.

-Mas...

-Tchau, Palmer.- começo a ir na direção dos meninos.- Ok, a perna precisa alinhar mais, estão fazendo abaixo do alvo...

Começo a explicar como deveriam fazer e ouço a porra bater, sei que ele quer falar para Amelia, e considerando que eu já falei, não é como se a raiva dele me incomodasse tanto. Mas se ele souber que Amelia sabe, ele vai perguntar quando tive a chance de contar e vai fazer mais e mais perguntas.

-Treinador.- alguém me cutuca e viro o rosto para ele.- Você está sangrando.

-O que?- franzo as sobrancelhas.

-Olha.- aponta para meu ferimento.

Olho para baixo e vejo a camisa cinza clara toda suja de sangue, respiro fundo e pressiono o curativo em cima do ferimento. Essa merda ia continuar abrindo até que eu fosse fechar com um médico, então me afasto deles e vou até a porta.

-O mesmo treino de sempre.- abro a porta.- Se a pessoa que eu mandar chegar aqui e não ver vocês treinando, vão ter que correr de Los Angeles até Nova York.

Saio da sala e sinto o sangue escorrendo entre meus dedos, pisco várias vezes para me manter acordado, o caminho até a enfermaria é rápido e assim que eu chegar lá posso dar uma dormida enquanto ele faz o curativo do ferimento novamente.

Não é nada demais, nem foi uma lesão tão feia, então eu acho que é só por que não dormi tão bem ontem. Kiara aparece nos corredores e arregala os olhos quando me vê, então larga as pastas que está carregando e vem correndo ao mesmo tempo que eu caio de joelhos no chão.

O Primeiro Erro - 5° Geração Onde histórias criam vida. Descubra agora