Tratamento

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Amy

-Você é muito saudável.- um dos médicos fala enquanto encaixa minha coxa.- Não está mais infectado.

-Ótimo.- falo fingindo felicidade.- Seria melhor se não tivessem atirado em mim.- encaro Weber.

-Não queria surpresas.- ele fala apertando as roupas novas que estão nas mãos dele.- Ah, não fique triste assim. Logo vai falar com Nathan.

-Ele está aqui?- ergo a cabeça e Weber ri.

-Não, estou deixando ele de molho, para quando eu avisar, ele não pensar direito.- explica enquanto o médico começa a enfaixar meu braço.- Sabe, Palmer me contou.

-Contou o que?- pergunto enquanto observo o médico fazendo o trabalho dele.

-Contou sobre o que o sangue de Nathan fez com o seu.- diz e o encaro.- Ah, não se preocupe, eu não gastaria milhões de reais para uma despreparada que nem você. Prezamos pelo controle, e você... Não tem nada disso.

-Me sinto lisonjeada por ser negada pelo projeto.- murmuro.

-Mas isso não quer dizer que eu não possa usar isso ao meu favor.- ele mexe a cabeça e o médico desaparece.- Queria saber o que se passa na mente de Nathan agora...

-Provavelmente ele está planejando como vai matar você e seus amiguinhos.- falo com raiva.

-Ou provavelmente ele está pensando mil coisas sobre como eu posso usar você sob meu controle.- ele ri.- Sabia que sua mãe já foi como Nathan?

-Sim.- respondo a contragosto.

-Dizem que ela foi ótima, mas Nathan...ele não se compara a ninguém.- os olhos de Weber brilham.- Sempre soube que tinha algo a mais em Nathan.

-E isso tudo que fez comigo é por que está com ciúme dele?- brinco.

-Acho adorável esse sendo de humor, deve ser de família, não?- pergunta.

-Sim, minha família toda fritaria sua mente idiota e inútil.- sorrio ainda mais.

-Já viu fotos da outra Amelia da família?- pergunta pensativo.- Aquela que deu origem a todos esses ratos?

-Não fale dela!- me mexo e as correntes me impedem.

-Você é bem parecida.- ele suspira.- Imagino o que teria acontecido se o Sr.Blue ou seus antepassados soubesse da existência dela. Em como poderiam ter evitado essa sua família venenosa de chegar a esse nível de poder em todo o mundo.

-Ah, acho que ninguém teria evitado.- balanço a cabeça.- Muito menos mentes pequenas que nem você e esses merdas.

-Eu vou gostar de fazer isso com você.- ele ri.

Eu arregalo os olhos quando dois homens enormes entram e grito quando eles começam a me levar. Acerto o cotovelo em um deles e na mesma hora recebo um soco, minha mente voa para longe e eles vão me arrastando por um corredor macabro sem luzes.

Respiro fundo sentindo sangue descer do meu nariz e mexo minha mão rápido demais, minhas unhas arranham o olho de um deles e ele grita cobrindo o rosto, o que me dá livre mobilidade de um lado. Então impulsiono meu corpo e passo as pernas pelo pescoço do outro cara o fazendo cair no chão.

O Primeiro Erro - 5° Geração Onde histórias criam vida. Descubra agora