O Primeiro Erro - 5° Geração

Agonia

Amy

Seguro a arma com força enquanto entro naquele armazém abandonado. Ergo a cabeça quando vejo Weber esperando perto de um carro, parece um déjà vi de antes, só que tanta coisa mudou de lá para cá que eu não sei mais o que achar ou o que pensar.

Não sei se Nathan está dentro do carro, não sei onde meu primo está, não sei se estou me metendo em uma merda gigante, só quero tirar os dois daqui e matar aquele filho da puta que fez tão mal assim para Nathan.

-Oi, Amelia.- ele sorri.

-Oi.- limpo a garganta.

-Você não foi muito educada.- ele suspira.- Demos segurança, conforto e comida para vocês e fizeram o que? Mataram vários dos meus seguranças e fugiram sem dizer uma palavra.

-Eu sinto muito, não gosto de ficar do lado de sociopatas que fizeram mal para Nathan.- digo com raiva.

-Ah, é incrível como o amor pode nascer de algo tão...duro.- ele sorri.- Vocês dois...tenho que dizer, era muito improváveis de acontecer.

-Onde ele está? Onde está meu primo?- olho envolta.

-Eu não sei.- ele ri e o encaro surpresa.- Meu contato teve esse plano e eu fiquei...

-Que merda está acontecendo?- aponto minha arma para ele.- Você vai me falar agora ou....

-Ah, não precisa disso.- ele sorri.- Quando meu contato me disse que vocês dois estavam se envolvendo....o plano foi perfeitamente encaixado.

-Que plano?- minha raiva começa a subir.

-Você vai me servir muito bem como moeda de troca.- ele mexe a cabeça.

Caio no chão quando o impacto do tiro me atinge, solto um gemido de dor e pressiono a mão na minha coxa enquanto ela sangra rapidamente. Respiro fundo ignorando a dor e ergo a cabeça para procurar minha arma, mas Weber a chuta antes de eu pegá-la.

-Nathan não está comigo, Palmer não iria pegá-lo, ele morreria no processo.- ele sorri.- E como tenho pouca gente aqui, não quero arriscar eles.

-O que você fez...

-Palmer armou para Nathan, ele está desacordado agora e com metade do processo de controle completo. Quando ele vier atrás de você, vamos controlar a mente dele completamente.- ele segura meu queixo.- Você me ajudou muito nessa sua crise de fúria, Amelia.

-Ele não vai vir atrás de mim.- digo rindo.- Não estamos tão envolvidos assim...

-Bom, então eu vou mandar partes suas até ele começar a vir.- aperta meu queixo.

-Você é deprimente.- sussurro.- Esse projeto não é nada.

-Não é nada ainda.- sussurra também.- Depois que eu mostrar Nathan para os possíveis sócios, nós vamos expandir negócios.

-Não achem que minha família vai deixar isso barato.- sorrio.- Você vai morrer agonizando. E esse projeto vai ser destruído.

-Esse projeto nunca vai ser destruído enquanto houverem cobaias por aí.- explica.- Então, vai ter coragem de matar Nathan? E as crianças?