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Eu fui em busca do quarto de Dante, com a desculpa de que iria entregar seu celular, mas eu só queria falar com ele.

Não me julguem, vocês fariam o mesmo.

Eu encontro um quarto que até dava pra imaginar que era do Dante, porque todos os outros quartos tinham os nomes  e enfeites na porta, ATÉ O BANHEIRO, apenas o de Dante só tinha a porta lisa, e foi nessa mesmo que eu dei 3 batidinhas.

- Entra. - Escutei sua voz abafada devido estar dentro do quarto e eu fora, e entro fechando a porta atrás de mim.

- Você esqueceu seu celular. - Eu digo caminhando em direção a cama e me sentando do lado dele.

- A-ah, obrigado por trazer. - O rosto de Dante cora, justo a pessoa que ele não queria ver apareceu, mas ele não estava se sentindo mal, só estava com vergonha, e Dante tem medo do silêncio entre duas pessoas.

- Sabe que não precisa ficar me evitando né? Eu sei como se sente. - Eu dou um sorriso e entrego o celular a ele.

- Desculpa, eu não sei lidar com isso muito bem, não consigo explicar. - Ele coloca suas mãos no rosto na tentativa de o cobri-lo.

Acho que agora eu entendi.

Eu não tinha vergonha de falar com Dante, eu só tinha medo, mas com ele as coisas fluem tão fácil, parece mágica.

- Não precisa cobrir seu rostinho lindo. - Eu tiro delicadamente as mãos dele de seu rosto, o mesmo devia o olhar e sua pupila treme. - Se estiver nervoso, eu posso sair.

- Não! Eu só... Só tô com medo, por favor, fica. - O loiro finalmente engole seu medo e toma uma iniciativa.

Eu seguro seu rosto delicadamente, olhando cada detalhe, apreciando cada parte do seu rosto macio, e chego a encarar sua boca alguns segundos.

- A gente tem que ir comer... - Dante diz um pouco receoso, mas ele realmente estava preocupado com a comida, se não os dois ficariam sem almoço, então teve que "estragar" esse momento.

- Tudo bem. - Eu dou um sorriso e Dante também dá um sorriso, pequeno porém sincero, e nós dois vamos até a cozinha.

Chegando lá, Beatrice estava servindo o pessoal, e a gente se juntou, sentamos um pouco distantes, mas constantemente trocávamos olhares que logo eram desviados.

Todos nós terminamos de comer, e foi todo mundo deixando as louças na lava-louças, que foi uma das melhores invenções dos seres humanos dessa terra.

- Pessoal, eu passei na liberdade, e comprei uns doces japoneses mo estranhos, vocês querem provar? - Thiago diz levantando sua sacola, mostrando um monte de doce estranho, e alguns que a gente já conhecia.

- Bora Césinha, aproveita e grava o react pro seu canal no YouTube. - Liz ri da sua própria piada, o que faz a gente rir também.

- Não sou youtuber, sou streamer. - Ele diz colocando seus fones e sentando no tapete ao lado do Thiago.

A gente formou um pequeno círculo no chão com os doces no meio pra todos conseguirem pegar.

- Vamos começar pelos mais bonitinhos, quero deixar os ruins pra o final. - Tristan diz e pega uma embalagem bonitinha de coalas cor de rosa.

- Ah, mas esse eu já provei. - César diz e pega um outro rosa, que parecia ser de morango. - Pronto, esse aqui ninguém provou.

- Pode ser esse então. - César abre a embalagem e joga um doce pra cada um, que rapidamente colocam na boca.

- Isso tem gosto de açucar com perfume. - Dante pega um saquinho e jogar fora a bala.

- Tem razão. - Bea também joga fora.

- Não achei tão ruim. - César diz.

- Óbvio, o Joui sempre traz um milhão de doces e você come todos igual besta, já deve ter poluido as papilas gustativas. - Thiago diz e logo em seguida também joga a bala fora.

- Deixa o Césinha, você sabe que ele é esquisitinho, mas temos que respeitar. - Liz diz e logo em seguida também joga a bala fora.

- Nem tem como respeitar, gostar disso aqui é um desrespeito. - Arthur joga a bala fora.

- Vocês são muito chatos hein. - César se levanta e vai pro sofá. - Podem continuar comendo, vou jogar LOL.

Passaram alguns minutos, e nós já tínhamos provado muitos doces, e sobraram apenas 3 que julgamos ser o melhores e deixamos para o final.

[...]

Seu Doce Sorriso - Danthur ★Onde histórias criam vida. Descubra agora