CAPÍTULO 1

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LUZIA

Meu marido está brincando com nossas filhas. Loli com dez anos e Tatiana com seis, e são as coisinhas mais lindas que poderia fazer com meu gigante perfeito. Coldex é bem alto, porém, ainda mais baixo que os outros gigantes do seu povo, apesar de conhecer apenas dois, Hagar o líder deles e também Sedrak. Não tenho permissão para conhecer a caverna, se entramos não poderei mais sair e por enquanto estamos bem morando e protegendo a montanha por fora, como guias.

Nós conhecemos a anos atrás, quando ele tentou me assustar no meu acampamento. Sempre tive conhecimento sobre o povo da montanha, e o segredo da magia que envolvia o lugar, porém, não tinha nenhuma prova ou precisaria disso. Sou brasileira, meu pai veio morar aqui quando tinha doze anos, e um dia ele desapareceu por uma semana, e quando retornou veio cheio de história, sobre um paraíso escondido no centro da caverna, com gigantes e riquezas incontáveis.

No início, achei que ele tinha levado uma baita pancada na cabeça, ou passou muito tempo com pouca oxigenação, porém, de tanto ele contar, acabei começando a sonhar com o paraíso escondido, e deixei que ele se tornasse uma idealização minha. Meu pai me alertou, que algo tão bonito, não está à altura do olhar da humanidade, e um dia me fez prometer que ajudaria proteger a montanha, e aceitei, mesmo que nada fosse uma certeza absoluta.

— Coldex?! — chamo o gigante, que logo sorri vindo em minha direção.

— O que quer? — Sua mão grande faz um afago bom e quente no meu rosto, que me faz querer apenas voltar para as cobertas, na sua companhia.

— Estou indo com um grupo. Vamos acampar próximo a quinta gruta. — Aviso, e ele assente entre resmungos indignados.

— Odeio que fique rodeada desses humanos idiotas. — Serro meus olhos para ele.

— Eu sou uma humana, bobão. — Dou um tapa no seu peito duro.

— Não estou falando de você, e sim aqueles bacaninhas que vieram te contratar. — Resmunga enciumado. — Deveria me deixar ir, em vez de você. — Indica despretensioso.

Se Coldex pudesse, me deixaria em casa o tempo todo e não permitiria um único trabalho sozinha, ou com os guias auxiliares. Quando um pequeno grupo de universitários vieram me procurar, meu marido quase rosnou para os rapazes, e confesso que o ver enciumado me deixa maluca de desejo por esse homem lindo.

— Se deseja mesmo ir a esse trabalho, não me olhe assim, mulher. Fodo você até ser incapaz de levantar-se. — Me ameaça, e gemi juntando minhas pernas excitada. — Porra de mulher quente. — Grunhiu, sugando uma respiração.

— Não seria capaz. — Desafio, e ele sorri de modo orgulhoso, antes de olhar um instante em direção a nossas meninas, que brincam na neve com nosso enorme grupo de huskies siberianos.

O SEGREDO DA MONTANHA 3 |+18|Onde histórias criam vida. Descubra agora