CAPÍTULO 2

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COLDEX

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COLDEX

Eu sentia algo errado, porém, não queria mostrar meu ser tão ciumento e possessivo. São uma dezena de anos juntos, isso já devia ser o suficiente para aplacar esse apego excessivo por minha Luz, porém, hoje sinto que é algo além disso. Uma angústia está no meu peito, e não sei como agir, no fundo queria largar tudo e ir até minha mulher, e sei que entenderia se fosse apenas para ter certeza que está bem, porém, estou com minhas meninas, e não conseguirei alguém para ficar com elas, enquanto faria esse capricho ao meu espírito inquieto e possessivo.

Quando os primeiros raios do sol chegaram até minha face, tomei consciência que passei a noite sentado na varanda, e não entrei nem por um instante. Preciso que a natureza me garanta que ela está bem, e agora me sinto um pouco mais acalentado, sem saber ao certo o motivo.

Escuto os passos pesados, e logo a visão de Hagar chega a minha frente. O chefe simplesmente repudia qualquer chance de vir até a planície, e nem mesmo havia vindo alguma vez a minha casa, porque para ele é quase inconcebível vir até próximo a cidade, então, creio que algo muito sério ocorreu, para que chegue até aqui.

— Coldex. — Encaro Hagar nervoso, vendo-o tomar um fôlego demorado, mantendo toda a sua altura.

— Algo aconteceu. — Afirmo, sentindo dentro das minhas entranhas, que é com minha mulher.

— Harley acordou no meio da noite assustada, e me fez ir com ela até a árvore do destino, e algo muito estranho apareceu lá. — Parecia incerto, em como explicar.

— Seja claro. — Exigi, levantando-se preocupado com o que ele diria.

— Sua fêmea. Ela está em um casulo, pendurada na árvore. — Minha boca abre e fecha, e não tenho palavras para definir o que está havendo.

— Como assim? — Eu questiono em um Sussurro incerto.

— Não sabemos. Nunca havia visto algo parecido, e já vi muito vindo daquela árvore. — Suspirou inquieto, e me olhou com cuidado. — Harley sente algo, mas não sabe definir o que é.

— Eu sentia que algo estava errado. — Declaro, sem esconder o sentimento angustiante que me acerta. — Hagar, quero permissão para ir para a caverna com as meninas. Sei que é contra as regras, mas não confio em deixá-la com ninguém que não seja comigo mesmo.

— Faça o que for preciso. — Declarou e virou um pouco em direção ao vento. — Tem humanos se aproximando. — Assinto vendo-o sumir em direção à floresta ao lado da minha casa.

Minha cabeça está um caos, mas tenho que manter o equilíbrio e ir em busca de respostas. Corro para o interior da residência, e sem muito custo consigo acordar minha filha mais velha, tão parecida com sua mãe, que me vejo com perdido com medo do que tenha acontecido a ela.

— Arrume uma mochila, apenas com o essencial para você e sua irmã. Acorde ela, e se vista com roupas térmicas. — Me apresso, ajudando-a a se desenrolar.

O SEGREDO DA MONTANHA 3 |+18|Onde histórias criam vida. Descubra agora