𝖯𝖮𝖳𝖳𝖤𝖱?|𝖣𝗋𝖺𝖼𝗈 𝖬𝖺𝗅𝖿𝗈𝗒 𝖯𝗈𝗋𝗍𝗎𝗀𝗎𝖾̂𝗌

55

Então, aqui estava eu.

Na sala comunal, no meio da noite, minha cabeça no colo de Malfoy, encarando-o enquanto ele me contava sobre suas férias de verão. Pelo menos partes dele, de qualquer maneira.

"Meu pai me deu o mestre de Oclumência; não que fosse um desafio." Ele suspirou com orgulho, tentando se exibir com um sorriso largo no rosto. "Eu não acho que deveria ter dito isso a você." Sua expressão facial era descuidada quando as palavras saíram de sua boca, e eu ri baixinho.

"Não se preocupe. Você só está tentando impressionar uma garota. Ele vai entender." Eu provoquei, e seus olhos, que antes estavam observando o fogo, caíram sobre mim.

"Impressionar você? Já não fiz isso o suficiente sem nem tentar?" Ele perguntou, uma sobrancelha levantada e o sorriso ainda em seu rosto enquanto ele olhava para mim.

"Você?" Eu ri. "Minha memória é tão ruim. Importa-se de me lembrar como?" O sorriso em meu rosto tornou-se mais profundo quando ele imediatamente me ajudou a levantar e se inclinou ao mesmo tempo.

Meus braços instintivamente se encontraram atrás de seu pescoço, e seus lábios estavam nos meus sem hesitar. Meus olhos estavam fechados, mas eu podia sentir o sorriso em seu rosto.

Quer fosse a proximidade repentina entre nós, seu cheiro inebriante ou a maneira como nossos lábios se moviam tão perfeitamente um contra o outro; Eu não podia ignorar a sensação se formando em meu estômago.

E eu não pude deixar de me perguntar se ele sentiu isso também?

E pela primeira vez, a única coisa em que me concentrei foi nele. Não o medo de que alguém pudesse nos ver, ou o que meus amigos pensariam sobre isso. Apenas o cheiro de menta e maçã subindo pelo meu nariz, e a sensação de seus lábios macios nos meus.

Ele se afastou, meus lábios ainda ligeiramente separados quando abri meus olhos para olhar para ele. Sua cabeça estava inclinada, um sorriso no rosto. "Isso funcionou?" Ele perguntou, sarcasmo em sua voz e um olhar curioso em seu rosto.

Eu balancei a cabeça, murmurando um "eu acho que sim", antes de deixar a parte de trás da minha cabeça descansar em seu colo.

"Então, o que você fez durante o verão que poderia me impressionar, Rose?" Ele perguntou, sua voz arrogante novamente.

Revirei os olhos, pensando por um momento. Mas não havia nada que eu pudesse dizer a ele. Sim, passei um tempo na ordem, mas isso não era algo de que eu pudesse me gabar. Você sabe, visto que ninguém deveria saber que existia.

"Você vai descobrir quando eu quiser," eu disse, tentando soar o mais confiante possível enquanto tentava mudar de assunto ao mesmo tempo.

Ele ergueu as sobrancelhas e uma pequena risada escapou de seus lábios. "Claro," ele murmurou, seus olhos viajando pelo meu corpo, demorando-se um pouco mais na minha mão.

Eu segui seu olhar, levantando minha mão para inspecionar os cortes eu mesma. "Bem-" Eu ri sem jeito, mexendo com meus dedos quando ele não desviou sua atenção disso.

"Você não pode simplesmente deixá-la fazer isso com você, você sabe." Ele comentou, finalmente olhando para mim com uma cara séria.

"Receio que tenha que fazer isso." Eu disse com um pequeno sorriso. "Harry acha que não devemos contar a ninguém. Eu realmente não sei por quê."

O loiro revirou os olhos com a menção do nome do meu irmão. Suspirei dramaticamente e bati em seu peito de brincadeira enquanto ele fazia isso. Em troca, ele bufou sarcasticamente, revirando os olhos novamente na tentativa de me irritar.

"Eu não estou falando sobre Falar para um dos professores," Ele então disse, com um sorriso sugestivo no rosto.

"O que você tem em mente, então?" Eu perguntei, minhas sobrancelhas franzidas em confusão.

"Só o tempo dirá. Tenho certeza de que podemos descobrir alguma coisa." Ele olhou de volta nos meus olhos quando terminou sua frase, e eu sorri suavemente. "O que você acha?"

Mesmo que eu não tivesse certeza de onde isso estava indo, eu balancei a cabeça de qualquer maneira.

Nunca compartilhamos um inimigo; até agora, sempre fomos nós uns contra os outros. Então, eu estava confiante de que juntos encontraríamos algo para transformar a vida dela em Hogwarts em um inferno.

E quem era eu para dizer não a um pouco de vingança?

"Mal posso esperar para ver o que você vai inventar." Eu disse com um sorriso malicioso antes de meus olhos caírem no relógio na parede. "Nós provavelmente deveríamos ir para a cama agora, no entanto." Eu balancei a cabeça em direção ao tempo, e seu olhar seguiu o meu.

"Que pena," ele murmurou, com um sorriso nos lábios também. Mas ele me ajudou a levantar mesmo assim.

Caminhamos em direção aos dormitórios, parando na frente deles. "Olha, estou feliz por termos resolvido isso", disse ele, aproximando-se de mim e automaticamente forçando minhas costas contra a porta. Sua voz soava genuína e sua expressão facial também.

"Sério? Por que isso?" Eu perguntei, um sorriso desafiador em meu rosto enquanto eu o olhava de cima a baixo uma vez.

Observei o sorriso em seu rosto aumentar; neste ponto, ele estava tão perto de mim que seu corpo estava empurrando o meu ainda mais contra a porta atrás de mim. Suas mãos ao lado de cada lado do meu rosto enquanto eu olhava para ele.

"Para que eu possa fazer isso." E então eu senti seus lábios nos meus novamente, pressionando um beijo mais faminto do que o anterior neles, antes de descer lentamente para o meu pescoço.

Minha respiração engasgou com a sensação de seus lábios macios na minha pele exposta, mas eu relaxei rapidamente; curtindo a sensação.

Ele só ficou lá por um momento, e eu senti seus lábios nos meus novamente logo depois, antes que ele se afastasse completamente.

Senti o calor em minhas bochechas, sabendo que o loiro também podia ver. Ele bufou com um sorriso, uma certa faísca em seus olhos cinzentos que eu nunca tinha visto antes.

"Tenha Bons sonhos,Rose ," Ele sorriu antes de se virar para desaparecer no corredor dos meninos.

"Tenho certeza que terei ," eu sussurrei, mais para mim do que para ele, e abri minha própria porta para sair sem dar a ele outro olhar.