𝖯𝖮𝖳𝖳𝖤𝖱?|𝖣𝗋𝖺𝖼𝗈 𝖬𝖺𝗅𝖿𝗈𝗒 𝖯𝗈𝗋𝗍𝗎𝗀𝗎𝖾̂𝗌

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"Você vai me evitar como tem evitado Harry agora?" Wren perguntou quando se sentou ao meu lado, com o braço em volta dos meus ombros.

Desviei um pouco para a esquerda, abrindo mais espaço para ela na mesa; esperando que ela entendesse a dica, já que ela estava praticamente sentada no meu colo neste momento.

"Não," eu suspirei, dando outra mordida no meu jantar com um revirar de olhos.

"Poderia ter sido qualquer um que teria encontrado você fazendo Deus sabe o quê," ela alertou, com o dedo no ar. "Basta conseguir um quarto ou algo assim."

Eu bufei, olhando para ela, embora ela nem estivesse olhando para mim. Sua atenção estava totalmente voltada para as montanhas de comida à sua frente. "Só estou dizendo," ela sorriu. "Eu poderia limpar o dormitório por algumas horas. Não se preocupe com as garotas-" Ela continuou, claramente divertida.

"-Apenas cale a boca," sibilei, irritada, embora não conseguisse conter o sorriso por muito mais tempo. Eu bati em seu ombro de brincadeira, mas fiz questão de avisá-la para nunca trazer isso à tona novamente.

"Acho que isso não será possível. Sou sua melhor amiga, afinal, é para isso que estou aqui", disse ela.

"O quê? Totalmente me humilhar?"

"Exatamente."

Revirei os olhos, um suspiro exagerado deixando meus lábios.

"Sobre o que vocês duas estão brigando?" Blaise estava sentado alguns assentos à minha esquerda. Quando me sentei, esses assentos ainda estavam ocupados, mas agora eles haviam se esvaziado, tornando mais fácil para o menino se deslocar.

Ele estava sentado ao meu lado agora; sua voz divertida quando ele perguntou.

Wren lutou para manter o riso para si mesma, fazendo-me enviar outro olhar para ela antes de se virar para encará-lo.

"Oh, apenas Wren sendo a pior amiga absoluta que você poderia pedir." Eu cantarolei levemente, um sorriso em meus lábios quando ela bateu no meu peito.

"Cala a boca! Você sabe que isso não é verdade." Ela riu, as sobrancelhas levantadas em diversão.

Blaise nos observou, uma expressão igualmente divertida em seu rosto enquanto ouvia.

"Não teria nada a ver com, uh, isso?" Seus olhos estavam focados no meu pescoço, apontando para um ponto em seu próprio pescoço.

Eu amaldiçoei a mim mesma, sabendo exatamente do que ele estava falando. Eu cobri o hematoma com maquiagem logo depois que aconteceu esta manhã. Não poderia já ter passado, poderia?

"Isso?" Eu balancei minha cabeça, minha própria mão apontando para onde eu achava que o chupão estava. "Não, não tem nada a ver com isso. É só um-"

"-Um chupão?" Ele perguntou sarcasticamente, uma sobrancelha levantada. Eu bufei em derrota, mas não disse mais nada. "Eu não sabia que você e Draco eram, tipo, namorados," ele se perguntou em voz alta, seus olhos fixos nos meus.

Eu franzi minhas sobrancelhas em seus pensamentos, e balancei minha cabeça lentamente. "Bem, nós não estamos," eu esclareci - me fazendo pensar por que não estávamos. Devemos ser? Ele estava saindo com outras pessoas? Eu queria ver outras pessoas?

Eu balancei minha cabeça, mais rápido desta vez, para me livrar de meus próprios pensamentos. "Nós não estamos", eu repeti, mais alto desta vez.

"É bom saber." Ele assentiu, mais para si mesmo do que para qualquer pessoa em particular, e então se levantou. Ele tinha terminado de comer antes mesmo de vir, então fazia sentido que ele fosse embora mais cedo ou mais tarde. "É melhor eu ir, ainda tenho algo para resolver. Vejo vocês duas por aí." Ele lançou outro olhar para Wren, um sorriso casual nos lábios, e então saiu.

"Puxa, esse cara está de ponta-cabeça", ela explodiu assim que ele saiu do corredor; quase como se ela tivesse dificuldade em manter isso para si mesma até agora em primeiro lugar.

"Do que diabos você está falando?" Eu me virei para minha melhor amiga, suas sobrancelhas levantadas.

"Sério? Eu sabia que você estava alheia a essas coisas quando nem percebeu que eu estava apaixonada por você, mas-"É bom saber, Rose?" Ela suspirou, esfregando as têmporas com um olhar desapontado. "É como se ele quisesse que você soubesse, e você-" Ela se interrompeu com um gemido.

"Você realmente não pensa-"

Impossível. Nós éramos bons amigos, e era isso.

"Eu não acho, eu sei," ela esclareceu. "O triste é que ele provavelmente pensa que tem uma chance com você agora. Uma pena que você esteja apaixonada por Malfoy-"

"Eu deveria ser o que agora?" Eu rapidamente interrompi, balançando a cabeça vigorosamente. "Absolutamente não."

"Vamos lá agora, nós dois sabemos o que você cheirou naquela Amortentia," ela disse com um sorriso nos lábios, uma sobrancelha arqueada.

"E daí? Isso não significa que estou apaixonada por ele." Minhas bochechas provavelmente estavam de um vermelho brilhante agora, embora eu tentasse o meu melhor para manter a cor longe.

"Claro que não significa isso," Ela bufou divertida. "Você é forte."

"Apenas cale a boca. Você foi irritante o suficiente hoje." Eu murmurei, atirando-lhe outro olhar. Ela riu alto uma vez, mas antes que pudesse dizer qualquer outra coisa, nossa atenção foi atraída por uma coruja singular voando para o corredor.

Não era incomum que as corujas aparecessem durante as refeições, embora essa refeição geralmente fosse o café da manhã. E não jantar.

Suas penas eram uma mistura de marrom escuro e claro, os olhos de um laranja ardente enquanto ele procurava o destinatário no quarto. Ele foi direto para a mesa da Sonserina, circulando acima de nossas cabeças por uma ou duas rodadas.

Eu tinha certeza de que quem quer que fosse a carta, eles já deveriam ter ido embora. Não levaria tanto tempo para uma coruja reconhecer o destinatário.

O que eu não esperava era a carta caindo direto no meu colo. Isso me assustou um pouco e me perguntei se o animal cometeu um erro simples. Erros podem acontecer, certo?

Mas antes que eu percebesse, o pássaro estava fora e se foi novamente. Deixando-me com uma carta misteriosa no colo.

Levei um tempo para reconhecer por que parecia tão familiar para mim. Um envelope preto fosco com um selo de cera verde escuro. Draco Malfoy escrito no verso. A caligrafia era ruim; não tão arrumado quanto o de Draco.

Minha mão subconscientemente agarrou o colar que ele me deu naquele dia. Eu ainda o usava todos os dias, embora na maioria das vezes estivesse enfiado sob meu uniforme.

Eu torci e virei o envelope escuro na minha mão, tentando encontrar uma dica de quem poderia ter sido. Mas não havia nada além de seu nome lá.

"Veja, até a porra da coruja sabe disso."