𝖯𝖮𝖳𝖳𝖤𝖱?|𝖣𝗋𝖺𝖼𝗈 𝖬𝖺𝗅𝖿𝗈𝗒 𝖯𝗈𝗋𝗍𝗎𝗀𝗎𝖾̂𝗌

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Já faz uma semana desde que Wren partiu. Vê-la vazia, a cama arrumada era uma visão estranha que eu não achava que iria me acostumar tão cedo.

Assim como Hogwarts não seria Hogwarts sem Draco, também não seria sem Wren. E eu sentia muito a falta dela, principalmente porque nem sabia se ela estava bem.

Certamente, ela deve estar indo para a Mansão Malfoy ela sabia que Luna estava lá. Será que ela faria isso em uma peça, embora?

O pensamento por si só fez um arrepio percorrer minha espinha, e eu me mexi desconfortavelmente no colo de Draco, virando de lado para olhar para o teto, minha cabeça descansando em suas coxas.

Minhas sobrancelhas estavam unidas com força em uma tentativa de me livrar daqueles pensamentos rastejando em minha cabeça uma e outra vez. Draco suspirou com a visão, afastando uma mecha de cabelo do meu rosto.

Eu mexi com minhas mãos em meu próprio colo, me perguntando por que eu ainda estava bem acordada às duas da manhã, e me perguntando por que Draco ainda estava me acompanhando.

"Você mal fechou os olhos nas últimas 72 horas, pelo menos." Ele informou,uma pitada de preocupação tanto em sua voz quanto em sua expressão enquanto me dava um leve sorriso. "Você precisa descansar, Rose."

Eu balancei minha cabeça com desdém, ignorando sua preocupação como se ele não estivesse 100% certo.

"Estou bem", acrescentei em um murmúrio. Senti seus olhos queimando no lado do meu rosto, mas não ajustei meu olhar para olhar para ele. Eu me senti frágil e fraca, e não tinha certeza do que aconteceria se eu olhasse para ele.

Porque se eu fosse honesta comigo mesma geralmente tentava não ser tudo parecia estar desmoronando; tinha sido, por um tempo agora.

Tinha estado desde aquele verão. Tentei fingir que nunca existiu; tentei agir como se tudo estivesse bem. Como se fosse normal, até, ter sido sequestrada pela família do próprio namorado e depois torturada pela tia dele.

Talvez tais tragédias fossem normais, para um Potter. Claro que não, mas é o que tenho dito a mim mesma para evitar o fato de ter que lidar com esses traumas eventualmente.

Porque, quer eu admitisse para mim mesmo ou não, eles me assustaram.E eles mudaram as coisas. Não importa o quanto eu fingisse,eles nem me mataram.

A percepção fez minha respiração engatar, e eu tinha certeza que Draco tinha dito alguma coisa naquele momento. Mas eu abafei suas palavras, preso em meu próprio mundinho de pesadelos.

Isso só me fez mergulhar ainda mais na toca do coelho das coisas que aconteceram, mas não foram reconhecidas por mim nem um pouco.

O fato de que eu não podia nem estar perto do meu próprio namorado quando outras pessoas estavam por perto, a menos que eu o insultasse.

O fato de meu irmão estar em algum lugar procurando partes da alma de Voldemort para matá-lo.

O fato de minha melhor amiga estar fugindo dos Comensais da Morte para resgatar sua namorada sequestrada.

O fato de a namorada do minha melhor amiga estar sendo mantida refém na masmorra do meu namorado.

O fato de Dumbledore de alguma forma confiar em mim com um segredo tão pesado que parecia um fardo ao invés de um alívio depois que eu finalmente entendi o papel de Snape em tudo isso.

O fato de ele ter morrido acreditando que eu era necessário para derrotar Voldemort.

Quanto mais eu pensava, pior ficava, e minha cabeça parecia estar girando tão rápido que estava prestes a simplesmente decolar e deixar o resto do meu corpo para trás.