𝖯𝖮𝖳𝖳𝖤𝖱?|𝖣𝗋𝖺𝖼𝗈 𝖬𝖺𝗅𝖿𝗈𝗒 𝖯𝗈𝗋𝗍𝗎𝗀𝗎𝖾̂𝗌

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A essa altura, encontramos abrigo sob o teto estendido na parte de trás do castelo; ainda fora,embora secos, pelo menos. Eu estava casualmente encostada na parede, Draco olhando para mim com os braços cruzados,com o
ombro apoiando-o contra a mesma parede.

"Eles estão mentindo; os trouxas," ele de repente comentou com um encolher de ombros, e eu levantei uma sobrancelha para ele.Declarando enquanto virei minha cabeça para ele.

Seus olhos, no entanto, vagavam casualmente pela parte superior do meu corpo, a camisa branca molhada do meu uniforme ainda grudada na minha pele. "Eles romantizam a chuva porque agora posso ver seu sutiã. E eu também romantizo isso."

Um sorriso atrevido estava estampado em seu rosto, seus olhos agora preguiçosamente arrastando pelo meu corpo até que eles se encontrassem os meus.

"Você é um idiota", murmurei, balançando a cabeça em descrença brincalhona com uma risada singular antes de puxar minha varinha e secar minhas roupas com o giro dela.

Draco imediatamente fez beicinho, observando o tecido recuperar rapidamente sua cobertura. Quase indignado, ele murmurou um "Nããão" arrastado, antes de abrir um sorriso.

"Se você não sentiu a necessidade de comentar, você ainda poderia estar observando da vista", eu bufei com uma risada,e seu lábio inferior se encontrou entre os dentes.

"Onde está a diversão nisso se eu não posso te provocar sobre isso?" Ele brincou e eu revirei os olhos antes de secá-lo com o mesmo charme. "Obrigado", ele acrescentou rapidamente. Eu simplesmente balancei a cabeça, observando a chuva ainda caindo a apenas alguns metros de distância de nós enquanto nós dois gostávamos do som; um silêncio casual pairando sobre nós.

Nós estivemos curtindo a companhia um do outro por mais ou menos uma hora, conversando e rindo sobre
Isso e aquilo; Nossa pequena discussão anterior foi totalmente esquecida.

O que me fez não gostar de trazer algo sério ainda mais.

"Há algo que está me incomodando," eu fiz uma careta, minha voz baixa na esperança de que não pertubasse  o silêncio entre nós. Sim, obviamente. "Eu realmente não falei com ninguém sobre isso, e me sinto meio mal por isso", admiti, e suas sobrancelhas se ergueram em preocupação e antecipação.

"O que pode ser, amor?" Ele perguntou, inclinando a cabeça enquanto me dava um sorriso seco, encorajando-me a continuar.

Tentei ignorar como meu corpo reagiu ao apelido, mas não consegui esconder o leve sorriso forçado.em meus lábios. Engoli em seco uma vez e então tentei o meu melhor.

"Eu só preciso de um conselho, na verdade." Esclareci rapidamente. "Imagine que sua mãe é uma Comensal da Morte, ok?" Suas sobrancelhas franziram com o cenário inesperado, embora ele tenha feito um gesto para que eu continuasse, de qualquer maneira. "Mas você não é, e você não sabe que sua mãe é. Agora, sua melhor amiga sabe que sua mãe é uma Comensal da Morte, mas ainda não lhe contou, porque."

"-A mãe de Wren é uma Comensal da Morte?" Ele rapidamente interrompeu, uma sobrancelha arqueada.

"Não, isso é apenas hipoteticamente falando", enfatizei, porém, pelo olhar em seu rosto, não havia cedido. "Sim," eu cedi.

Ele bufou divertido, revirando os olhos.

"Certo,Agora, continue. Porque.."

Suspirei. "Porque ela- eu não sei como dizer a ela. Eu sei que ela vai ficar tão desapontada. Eu não quero ser a única a dizer a ela; vê-la perceber-" Eu gemi só com o pensamento. "Merlin, ela vai ficar tão chateada comigo. Eu nem tenho uma desculpa boa o suficiente para não contar a ela. Eu só estava com medo, eu acho. E-"

"Respire fundo,Rose," Ele interrompeu, sua voz firme antes de colocar suas mãos em cada um dos meus ombros, virando-me para ele, e me fazendo olhar diretamente para ele.

Ele se abaixou ligeiramente para nivelar seu rosto com o meu. "Quanto mais você esperar, pior será para ela. Eu sugiro que você vá e conte a ela,conte a ela o que você acabou de me dizer." Um sorriso encorajador apareceu em seus lábios e, por um segundo, o canto da minha boca também se contraiu. "-Bem, sem a coisa de imaginar." Ele riu baixinho. "Apenas seja honesta com ela."

Eu respirei fundo, balançando a cabeça em compreensão.

Eu sabia que ele estava certo. E eu sabia que era a coisa certa a fazer bem antes dessa conversa. Talve Eu só precisava de alguém para afirmar o que eu já estava pensando.

Sendo direta com ela. Isso não poderia ser tão difícil.

Quando olhei de volta para ele, reconheci a pergunta que ele estava prestes a fazer antes mesmo de abrir a boca, e respondi antes mesmo de ele perguntar.

"Delphia," eu rapidamente murmurei, e seu rosto se contorceu em algo que você poderia chamar de reconhecimento. "Delphia Inkwood."

"Bem-" Ele começou, repensando suas palavras antes de continuar. "Até onde eu sei, Ela nunca a fez fazer nada particularmente ruim. Ela só estava lá por causa de sua posição no ministério." Ele deu de ombros, e eu zombei um pouco da indiferença em sua voz.

"Eu não acho que isso vai fazer muita diferença para Wren," eu disse honestamente, e ele suspirou pesadamente, embora acenou com a cabeça depois.

"Eu sei. Eu apenas pensei em dizer a você o que eu sei." Ele explicou. "E,Sabe, ela me perdoou, Então, quem sabe."

Minhas sobrancelhas se ergueram de surpresa com isso, pedindo silenciosamente para ele continuar. "Bem, nós conversamos no casamento. Sobre você, e-" Ele engoliu em seco. "- e a marca em meu braço, e tudo o que aconteceu. E ela aceitou melhor do que eu esperava, para ser honesto. Talvez porque metade do mundo mágico já suspeitasse disso, de qualquer maneira. Menos chocante," Ele deu de ombros.

"Ah," eu balancei a cabeça, os olhos ainda um pouco maiores. "Acho que a própria mãe dela vai ser mais um choque, no entanto," eu especulei. "Sem ofensas", acrescentei.

Ele simplesmente ignorou o comentário, provavelmente sabendo que eu estava certa.

"Você pode me contar mais sobre ela?"

"Delphia senta na minha frente, sempre achei aquela mulher familiar. Como eu poderia saber que é porque ela é uma Inkwood?" Ele balançou a cabeça lentamente, como se pensasse que deveria ter descoberto. "Na maioria das vezes ela parece tão infeliz por estar lá quanto eu, mas isso não diz muito", disse ele
encolhendo os ombros.

"Obrigada." Eu sorri levemente, sinceridade em minha voz. "Talvez eu devesse contar a ela por que estamos fingindo se odiar também, então?"

Com isso, ele franziu as sobrancelhas novamente, uma expressão sem noção no rosto.

"Você não contou a ela?"Ele fez uma careta.

"Eu não contei a ela porque não quero que ela se preocupe. Ela nem sabia que eu era a convidada de Voldemort de honra pelo mês passado," eu expliquei, despenteando meu cabelo nervosamente.

"Como ela não presumiria isso depois do que aconteceu no casamento?"

Respirei fundo, suspirando alto e me perguntando por que ainda não havia mencionado aquela carta sinistra para ele.

"Bem, parece que alguém tomou a liberdade de fingir ser eu; escrevendo para ela para que ela soubesse que nós dois estávamos bem, e ela não precisava se preocupar desse jeito,” eu expliquei, e suas sobrancelhas franziram enquanto ele ouvia atentamente.

“Eu não sei quem foi, e acho que você também não. Mas Eu sou grata a quem fez isso, no entanto."

"Nós vamos ter que descobrir isso então, não é?"