│❥ Dois opostos. Eles se odeiam, não se suportam. A verdade é que se pudessem não se ver mais, estariam mais do que felizes. Jungkook e Richarlison não aguentam mais a ideia de precisarem conviver juntos, mas por percalços do dia a dia, se tornaram...
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POMBO
— Cê conhece ele? — Indaguei na direção de Son. Estávamos na saída do estacionamento, do estádio. Já era o fim do treino e a aula de inglês era em alguns minutos. — Em?
— Sim, mas não como amigo ou algo do tipo. Todo coreano meio que se conhece, sabe? — Assenti levemente. — Mas, por que? Conhece ele? — Fiquei pensativo. — Ele é bem famoso, é cantor e tudo mais.
— Pesquisei sobre isso. — Falei rapidamente. — Mas nem achei ele tão bom. Pra falar a verdade, achei sem sal. Falta gingado, sabe? — Ele sorriu na minha direção. Fiquei pensando se o ofendi sem querer. — Quero dizer, você me entendeu, né?
— Por que quer saber dele? — Mordi minha língua levemente. — Fala, preciso ir pra casa fazer o tratamento com a fisio. — Mostrei o nome dele na minha lista de chamada. — Nossa, isso é uma surpresa. Ele é bem ruim com o inglês mesmo, quando nos conhecemos ele disse que era um alívio eu ainda falar o coreano nativo.
— O sotaque dele é ridículo. — Falei debochadamente. Son me olhou com uma careta feia. — O seu é bom, é ótimo. O dele é péssimo. Até xingando é ridículo. — Dei risada ao pensar no quão chato ele é.
— Boa sorte na aula, você precisa. — Fiz uma cara de surpresa e Son apenas mexeu em meu cabelo. — Tchau!
Entrei no carro e fiquei pensativo sobre isso. Ele é um cara famoso e lotado de dinheiro, por que está tendo aula justo com um brasileiro? Não que o meu professor seja ruim ou algo do tipo, mas esses caras sempre querem o melhor do melhor. É estranho, muito estranho. Comprei um suco verde e subi o prédio todo em silêncio. Éramos uma dupla em aula, mas fora dela eu preferia morrer do que encontrar ele.
— Oi, pombo. — Senti um frio na minha espinha ao me virar e encontrar o papel, quer dizer, JK. — Você pode me dizer o motivo pelo qual não respondeu o email sobre o trabalho que o professor pediu? — Fiz um bico ao negar. — Esse trabalho é pra amanhã e você ainda não me entregou a sua parte, — ele se aproximou de mim — eu não quero perder nota por sua causa, ouviu?
— Vai fazer o que? Cantar uma música desafinado? — Retruquei debochado e ele riu levemente. — Eu tive treino ontem e hoje, por isso não mandei, ok? Vou te mandar hoje a noite. Não sou um aluno ruim. — Ele semicerrou os olhos. — Olha, você apertou os olhos, mas eu podia jurar que era assim o seu olhar.
— Isso deveria ser um insulto? Eu posso falar sobre o seu cabelo, mas até agora não falei. — Sorriu de forma doce, mas na minha cabeça era o doce mais azedo de todos. — Eu não quero ser o seu inimigo, pombo.
— Eu ficaria agradecido se você não fosse nada meu. — Falei de forma animada. Ele respirou fundo. — Eu vou pro meu lugar, se me der licença. — Quando fui me virar, senti as suas mãos puxando a minha cintura. — Mas o que!