│❥ Dois opostos. Eles se odeiam, não se suportam. A verdade é que se pudessem não se ver mais, estariam mais do que felizes. Jungkook e Richarlison não aguentam mais a ideia de precisarem conviver juntos, mas por percalços do dia a dia, se tornaram...
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JK
APARTAMENTO DO JK
Quando exatamente isso se tornou uma história de um cara apaixonado por outro? Fazia tempo que eu não me sentia assim, tão dependente da companhia de alguém que eu nem conhecia pessoalmente. Eu via as suas entrevistas todas as noites. Via os seus gols decisivos e os jogos que todos diziam ser chatos e de baixo rendimento. Me tornei a namorada de jogador, sem ser a namorada ou estar com o jogador. Eu sabia que ele estava completando um vazio meu, mas ele era tão diferente das outras pessoas que eu me envolvi.
Ele: brilha.
— Pesado! — Falei ao jogar ele no sofá branco. — Minhas costas não existem mais! — Reclamei ao perceber que uma chuva forte se iniciou. — Você... — O encarei dormindo. O seu sono parecia estar pesado. Me sentei ao seu lado e ajeitei a sua cabeça na almofada. — Vai ficar com dor amanhã.
Respirei fundo ao encarar os seus lábios. Pensei em trezentas besteiras e queria muito o beijar! Mas fazer isso com ele desacordado... ele não faria isso comigo, eu o conheço. Respeitei o seu momento desacordado e resolvi sair o mais rápido dali, mas assim que me levantei, fui puxado para o sofá e ele me abraçou de forma intensa.
— Ei! Você tá acordado? — As suas mãos apertaram a minha barriga e a sua cabeça repousou em meu pescoço. — Eu juro que se você estiver me provocando! — Tentei falar mais alto, mas ele nem ligava. Comecei a me sentir ansioso. O seu corpo quente, suas mãos apertando a minha barriga e aquela respiração ao pé do meu ouvido. Ah, não.
Eu estou duro!
— Cê, tá duro? — Ouvi uma voz embargada. — Consigo... sentir. — Ele disse enquanto me tocava. Tentei respirar fundo para não deixar o meu gemido sair, mas era impossível. — Nossa, você definitivamente tá duro. — Tentei sair de seus braços, mas ele não deixou. — Calma, só vou tocar em você se você quiser.
— E por que você iria querer? Claramente gosta só de garotas. — Retruquei, na tentativa de fazer o meu volume descer sozinho.
— Acha que só porque eu sou jogador... preciso gostar de qualquer garota que passa, pelo visto. Achei que você fosse diferente. — Fiquei mexido com aquele tom. Parecia desapontamento. — Aquela garçonete tava perguntando de você, não de mim, mas acho que você não percebeu isso, né?
— Vocês tavam paquerando na minha cara e você diz isso? — Indaguei irritado. Ele respirou fundo e eu consegui sentir aquele calor irritando no meu pescoço. — Só me solta, não sou brinquedinho de cara hetero.
— Então você não é hetero. — Disse seriamente. Engoli em seco ao pensar no porquê de ter deixado aquilo sair. Criei uma confiança absurda em alguém que eu só conseguia por telas. — Não vou julgar você, é algo só seu. — Senti os meus olhos encherem de lágrimas. — Ei, posso te chamar de Joãozinho? É mais simples que o seu nome.
— Tá, só me... solta. — Eu estava claramente chorando. Richarlison demorou alguns segundos, mas me soltou. Me sentei no sofá e respirei fundo. — Eu odeio tanto você. — Deixei sair sem pensar. As minhas lágrimas eram intensas. Eu não estava chorando apenas por aquelas palavras de aceitação, mas sim pelo estresse todo da minha vida atual.
— Foi mal. — Ele disse ao me abraçar levemente. — Eu também detesto você, mas detesto mais ainda ver gente chorando. Me deixa triste, irritado também. — Ri levemente daquele tom despojado. A cara dele. — Tudo o que você me contou hoje... foi com caras?
— Você liga? — Retruquei irritado. Ele negou levemente. — Ótimo, então dorme e me deixa em paz. — Me levantei rapidamente e ele fez o mesmo. — O que você quer de mim, hein? Só dorme.
— Eu não lembro de nada depois que bebo, então eu vou fazer isso porque eu não consigo ver você chorando desse jeito. Não entenda mal, ok? — Engoli em seco ao perceber a sua mão me puxando pela camisa e eventualmente, os nossos lábios se tocando.
Ele me beijou intensamente.
Não fez de mal jeito.
Não sentiu nojo.
Apenas, me beijou.
— Pronto, para de chorar. — Disse em um tom calmo. Ele limpou as minhas lágrimas que ainda desciam. — Eu não vou gostar de você amanhã e gosto ainda menos num futuro distante, mas não fica triste não. Fica feliz por poder fazer essa pausa, não é todo mundo que pode. — Aquelas palavras me deixaram ainda mais sensível. Me joguei em seus braços e o apertei intensamente. — Você tem cheiro de mel, até me fez pensar em uma piada sobre eu ferroar você, mas achei indecente pro momento.
— Por que você fica incrivelmente educado quando bebe? — Dei risada ao terminar a pergunta. Ele ficou em silêncio. — Eu odeio tanto você, pombo. — Ele acariciou os meus fios escuros. — Idiota, idiota!
— Você não tá sozinho hoje. Pode ficar tranquilo. — Disse enquanto eu ouvia as batidas calmas de seu coração. Era tão reconfortante ter ele comigo. Isso tudo é tão estranho.
Estar apaixonado por alguém é como uma bomba relógio! Porque tudo o que eu mais quero nesse momento é simplesmente!
Beijar ele outra vez.
E dessa vez... não parar mais.
— Você realmente esquece das coisas depois que bebe? — Indaguei ao me distanciar levemente. Ele assentiu com calma. — Então se eu fizer ou disser alguma coisa extremamente pessoal, você vai esquecer?
— Nem lembro mais porque você tava chorando. — Dei risada daquilo. — Aproveita, porque eu tô morrendo de sono. — Mordi levemente o meu lábio inferior. — A sua boca... — ele aproximou o seu dedo de meus lábios — tem o tamanho perfeito pra eu colocar o meu...