X - Natimorto

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O almoço foi divertido para eles. Sophia puxou um "parabéns pra você" e toda a mesa da Sonserina acompanhou ela e o grupo nesses parabéns. Pessoas das outras casas, também cantavam e Cedrico fez questão de se levantar e ir abraçar a amiga, lhe dando um presente. Alastor Moody também foi até Carmen, lhe desejando um feliz aniversário e muitas outras pessoas das quais nunca falaram com ela, foram fazer tal. Ela também recebeu um presente de seus pais, o mesmo de todo ano, já que era o único que o dinheiro deles era capaz de pagar e que Carmen certamente gostaria: um perfume trouxa, barato mas muito cheiroso. Nem tudo era o tempo todo, uma guerra com seus pais e ela ainda agradecia a Salazar, mentalmente, por eles, ainda que de uma forma muito absurda e tóxica, se importavam com ela, mesmo que aquilo fosse a obrigação deles. Mas sempre que eles podiam ou tinham condições, costumavam dar uma coisinha ou outra a Carmen, mesmo que não fosse muito, era o suficiente para a deixar feliz.

Cedrico acabou almoçando na mesa da Sonserina aquele dia, assim como Viktor e Fleur, que foram para lá, desejar um feliz aniversário a Carmen e ficaram por lá. Draco não estava nada satisfeito com o lufano ali, sempre o desprezava ou era insuportável com ele, quando ele dizia algo em relação a conversa que todo o grupo tinha. No entanto, Draco estava irritado também, por ser o único do grupo, que não deu presente algum a Carmen, indo então em busca de algo para ela.

Na aula de DCAT, ele se sentou ao lado de Carmen, que parecia irritada com a presença dele, e retirou do bolso da calça, uma pequena caixa, a entregando a Carmen. Nela possuía um colar, de corrente de prata e um pingente de uma serpente, também de prata, com esmeraldas por ela toda. Carmen se assustou com o presente caro, mas Draco lhe disse que havia sido dele antes, só que ele não usava mais e queria dar algo a Carmen, pelo aniversário dela. A menina sorriu e deu um beijo na bochecha dele. Como estavam no fundo da sala, ninguém viu a cena, mas se tivessem, teriam se deparado com um Draco vermelho como pimentão, envergonhado.

No fim das aulas, Carmen se sentou perto das janelas do salão comunal, observando o lago, quando Mattheo se aproximou dela.

- Pensando no que aniversariante?

- Tia Ludovica.

- Quem? - Mattheo se sentou ao lado dela.

- Ela era a irmã mais nova de meu pai. Exatamente hoje, faz dezoito anos da morte dela.

- Sua tia morreu no dia em que você nasceu? Sinto muito.

- Tudo bem. Não sei muito dela, meu pai raramente a cita, apenas sei que eu sou fisicamente parecida com ela, sempre me disseram isso e eu já vi uma foto dela, na casa da minha avó.

- Quantos anos ela tinha quando morreu?

- Acho que vinte e cinco ou vinte e seis. Ela estava grávida. Morreu pouco depois de dar a luz e o bebê dela, uma menina, nasceu morta. Pelo o que sei, ela era viciada em drogas e alcoólatra, foi sequestrada e só esperaram ela parir, para a matarem. Vovó sempre fica muito mal nessa época, porque foi ela que teve que reconhecer o corpo da filha.

- E como o pai da sua prima ficou?

- Ninguém nem sabe quem é o pai da bebê. As vezes eu acho que meu pai exagera nessa história, sinto que essa não é toda a verdade sobre a minha tia, mas nada posso fazer.

- Que tal a gente pegar uma bebidinha lá no meu quarto e fazer um brinde a ela? A gente chama a Sophia e os outros.

- O Sophia! Vem aqui! - Carmen chamou a amiga que estava mais afastada e falou sobre a idéia de Mattheo.

Não demorou muito e todo o grupo estava no quarto do rapaz, brindando a Ludovica Bianche e seu bebê natimorto. Depois eles esqueceram-se disso, focando apenas em conversarem e beberem juntos, mas não muito, ninguém queria acordar de ressaca no dia seguinte.

Oblivion - Draco vs Lucius MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora