Uma noite (a)normal

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Suas mãos... São tão... Macias. "O que posso fazer a não ser me render quando essas mãos tão suaves me acariciam com tamanha gentileza?" Pensava deitada com minha cabeça em seu colo, que por si só também já é muito confortável.

— Você está melhor? — Me perguntou quando comecei a olhar pra ela.

— Sim... — Respondi ao fechar os olhos.

E continuou me fazendo carinho, só que não durou muito tempo, já que tocaram a campainha.

— Jirou!... Jirou! Tá aí? — Kaminari gritava de fora e eu comecei a me arrepender de ter deixado a luz acesa.

—Eu vou atender, tá? — Momo disse gentilmente se levantando e indo à direção da porta.

Então ela abre.

— Oi... Yaoyorozu? Olá... A Jirou está? — Ele parecia preocupado, não parecia ter me visto no sofá.

— Sim. — Aponta para mim saindo da frente da porta.

— Ah!... Com licença. — Ele rapidamente entra e vem em minha direção, me dando um abraço apertado e quentinho. Também me deu um chocolate que eu comia muito na infância. — Sinto muito pelo que aconteceu...

— Eh... Muito obrigado... E... Agora eu estou melhor. — Ele expressa alívio após minha fala, acho que talvez eu estivesse mesmo com os olhos inchados e olheiras de chorar.

Ele fica um pouco, conta algumas coisas que aconteceram quando eu e Yaomomo não estávamos na escola, disse que todos estão com saudades e que eu fasso muita falta principalmente na banda. Fiquei emocionada mas não me deixei cair em lágrimas de novo, respirei fundo e dei um sorriso, disse que está tudo bem e o abracei novamente. Logo ele foi embora, disse que tinha compromisso à noite. Yaomomo resolveu dormir comigo (como de costume) e ligou para seus pais avisando que dormiria aqui hoje. Tomamos banho, comemos, escovamos os dentes e fomos pro quarto.



Tic... Tac... Tic... Tac... Tic... Tac...



Se passou meia hora e ninguém dormiu.

Olhei pra Yaomomo, ela me olhou... Disse para mim que se não dormisse queria ver filme, concordei. Se passou mais meia hora: Nada. Resolvi colocar um filme, assistimos, coloquei outro, assistimos de novo. Adivinha? Nada de sono.

— Yaomomo? — Chamei.

— Sim? — Respondeu.

— Eu estou com fome... — Disse.

— Vem, vamos ver algo pra comer.  — Afirmei com a cabeça.

Se levantou e andou até a cozinha, fui junto segurando seu braço, como uma criança. Fez dois lámen com ovo e comemos, depois voltamos pro quarto.

Simplesmente sem sono.

— Jirou... — Chamou.

— Hm? — Respondi.

— Tá com sono? — Perguntou.

— Não. E você? — Negou com a cabeça.

A gente ficou conversando então por mais ou menos uma hora, então ficamos sem assunto. Nós ajeitamos na cama, ela me abraçou pela cintura, abracei de volta nos ombros. Senti logo um quentinho quando percebi sua respiração mais pesada no meu pescoço. Finalmente estava com sono.... Mas era só ela, ainda faltava algo. Senti apertar o abraço, ficou mais quentinho e confortável, corei... Por que corei? Comecei a ter vontades estranhas que nem eu sabia mais quais eram, andava tendo tantas ultimamente... Mas essas eram diferentes. Comecei a sentir uma sensação estranha no peito e.........

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Uma.... Pétala.... No meu nariz? Tirei, Sentei na cama, olhei para o lado e ela não estava lá, mas... Ainda era de madrugada, eu a vi dormir. Olhei para a frente novamente, uma grande árvore... Grande... E bonita... Suas flores rosadas caindo... Era tão belo... Tão...

— Espera, Yaomomo? — A vi atrás da árvore. Levantei da cama (que estranhamente se transformou em um monte de pétalas) e corri até a árvore que estava distante.

Corri...

Corri...

Corri...

Caí. Tropeçei em alguma coisa que eu paro pra olhar, não vejo nada, mas ao me levantar sou puxada pelo pé. Olho e...  Vejo uma silhueta... Estranhamente parecida comigo, era como uma sombra...que puxava meu pé, sem me deixar ir até Momo. Me sacudi, chutei, debati até uma hora eu conseguir me soltar. Logo que levantei saí correndo com todas minhas forças chegando até a árvore, da qual Yaomomo estava e... Ela... Sumiu.

Olhei para o tronco da árvore...... Tinha um coração desenhado, com algo escrito...

"Æį*£ *€* ¢⁰**ça*"

— O que é....

— Bu. — Pulei no susto, olhei pra trás e vi Momo... Sorrindo.

A abracei forte e ela segurou meu queixo... Me senti quente de novo quando ela levantou minha cabeça e sorriu, senti mais coisas estranhas no peito e vi ao meu lado aquela sombra no meu formato virar pó com o sopro do vento.

Ela chegou mais perto... E mais... E....









— Yao... Momo?... — Acordei. Vi a maior vermelha, aparentemente surpresa e com receio de algo... Percebi que estava abraçada nela então me afastei rápido, ficando vermelha também na hora. — Hm... O-o que aconteceu? — Perguntei com receio e cubrindo o rosto com o moletom até o nariz.

Não respondeu.

— É.... M-melhor... E-eu estou só fazendo o café... É melhor esperar na sala.

.....

Acho que fiz algo de errado...

Um Amor Que Cai Como Pétalas (Momojirou)Onde histórias criam vida. Descubra agora