Promete?

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— Ela não é tão bonitinha? – Annchi falava como uma verdadeira avó babona. E era mesmo, não tinha nem como negar.

A criança lhe retribuía o olhar de admiração enquanto colocava alguns dedinhos na boca, a coisinha mais fofa do mundo aos olhos da mais velha. Yoon, com seus poucos três meses de vida, ainda estava conhecendo a família.

Soojin fez o papel de esposa e mãe protetora. Obrigou que a mulher repousasse na maior paz possível junto com a criança, até que as coisas ficassem mais fáceis de lidar. Ou seja, que a pequena Yoon deixasse de ser muito enjoada com tudo e todos, e parasse com os choros recorrentes. Era estresse de iniciante, ela entendia.

E parecia ter feito um ótimo trabalho.

Mesmo ouvindo alguns insultos por parte das amigas, e da sogra, por não deixar ninguém visitar. Tinha dado resultado. Shuhua estava sossegada, e Yoon parecia uma criança aparentemente calma, para o alívio momentâneo das mães.

— Impressionante, é a cara da Soojin! – A senhora Li completou admirada ao ouvir as passadas das mães de primeira viagem se aproximando do cômodo.

— Não é?! É tão linda, minha pequena. – Shuhua se aproximou mais das duas enquanto acariciava os cabelos da criança. Concordava plenamente com a mãe, e isso sempre deixava uma certa coreana um pouco tímida.

— Ei tigresinha, elas estão nos chamando de bonitas, ouviu? – A coreana perguntou divertida enquanto pegava a pequena no colo. A mesma soltou uma risadinha fofa ao encarar as outras mais de cima, parecia gostar dos braços da mãe mais nova.

Awn… Ela ri que nem você, filha. Tadinha.

— Mãe! – A taiwanesa exclamou enquanto a sua mãe apenas ria de sua cara. Nada de novo por aqui.

— Eu acho bonitinho. – Soojin tentou limpar a barra da esposa enquanto incentivava as brincadeiras entre a avó e a neta.

— Você é um anjo na terra, querida. Me lembro quando passava à noite, em frente ao quarto dessa aqui, para ir beber água. Sempre me assustava quando ela ria do nada. Já escapei de vários AVCs nessa vida. – A Seo tentou muito segurar a risada mas, não tinha como. O jeito que a mulher contava como se realmente fosse algo sério, era hilário. Logo foi seguida pela sogra bem humorada e pela criança, que sorria apenas por observar a interação daquelas adultas estranhas.

—  E eu pensando que agora ia ter paz nessa vida…

— Você ainda é minha filha, querida. Por tempo indeterminado. – Deu-lhe um abraço acolhedor enquanto ainda observava a cria das mais novas. — Quando as malucas vão chegar? – Não precisa de muito para saber que a mãe se referia às amigas de ambas.

— Já era pra terem chegado. Parece que Soyeon teve um imprevisto e Yuqi está esperando ela com as outras, daqui a pouco estão aí. – A coreana respondeu vendo a sogra assentir em compreensão. Tratou de voltar a dar atenção à filha quando a mesma insistia em puxar seu queixo com as mãozinhas pequenas.

As três mantiveram uma conversa tranquila por alguns minutos, até que a campainha ressoou e Shuhua foi atender prontamente.

Como esperado, eram as amigas.

Todas sorriram lhe cumprimentando com um grande abraço.

— Ah mas cê já tá andando? – E lógico que a pergunta absurda veio de Yuqi.

— Você fala como se eu tivesse sofrido um acidente. – Respondeu ranzinza terminando de abraçar a mais nova.

— Se a Soojin tivesse um pau poderia até se encaixar nessa categoria, mas não, foi tudo muito bem planejado… – Soyeon não esperou a namorada falar nem mais meia palavra antes de lhe dar um tapa estalado na nuca.

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