Capítulo 13 - Perdão

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Já fazia uma semana que Julian havia sumido do hospital, eu estava em Pânico em casa e tentava me proteger a todo custo.
Antoni também tentava me proteger e isso me deixava mais aflita ainda porque ele perdia todo seu tempo comigo e eu não achava justo.
Eu não sabia se Julian estava perto ou longe mas eu sentia que algo ia acontecer em breve. Minha intuição não poderia estar mais certa quando a campainha tocou cedo na manhã daquele domingo.
Antoni foi abrir a porta como de costume e em seguida me chamou, dizendo que a visita era pra mim.
Confesso que achei estranho mas me troquei e desci, quase caí pra trás quando vi o pai de  Julian sentado no meu sofá.

- Bom dia, desculpe vir assim tão cedo mas.. eu precisava falar com você.

- Bom dia. -Me sentei.  -Amor esse é o pai do Julian.

- Ah.. bem que você me lembrou alguém.

Ele sorriu um pouco triste e voltou a falar.

- Eu me chamo Ricardo, acho que não fomos apresentados formalmente.

- Não. Só nos falamos no dia que o senhor me chamou de interesseira, lembra? Na frente de toda faculdade.

- Eu.. lamento muito por isso. Eu vim justamente pedir desculpas. Eu confesso que eu fui muito infeliz nas minhas falas naquele dia, eu fui grosso e eu sei que machuquei você.

- Machucou. Nesse quesito o seu filho idêntico ao senhor.

- É ele é bem difícil. Mas eu preciso que me perdoe. Por favor, Anne não é isso? -Ele segurou minha mão e me olhou com lágrimas nos olhos. - Preciso que me perdoe porque eu preciso que me ajude a achar Julian.

- E porque eu ajudaria o senhor ou ele? Julian tentou me matar e o meu namorado também.

- Julian está doente, está doente de amor por você.  - Ele abriu uma bolsa que trazia consigo e me mostrou um caderno.  -Esse caderno é de Julian, eu achei no quarto dele. Ele fala de você o tempo todo. Por favor leia e se você puder me ajudar a achar ele eu vou ficar eternamente grato.

Peguei aquele caderno e senti um certo aperto no meu peito, suspirei e olhei pra Antoni.

- Eu vou pensar.

- Eu agradeço, Anne.

Ele se levantou e foi embora, eu fiquei na sala com o caderno em mãos pensando no que fazer. Se eu deveria fazer oque ele pediu ou não.

- Você vai ajudá-lo?

- Eu não sei..

*CONTINUA*

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