Carol
Assim que pisei em Nova York todos os problemas que deixei aqui ainda continuavam aqui. Nicholas havia me deixado algumas mensagens que eu não sentia a menor vontade de ler, apesar de ter me divertido muito em Londres aguentar minha avó e a elite da moda me cansaram demais, ainda bem que acabou. Rebecca me atualizou dos acontecimentos da faculdade na minha ausência o que não era nada demais, a galera daqui é tão entediante.
Ela também fez um cronograma do que ela tinha conseguido organizar para o leilão que aconteceria semana que vem no salão principal, mas as vésperas do evento acontecer ainda faltavam o principal: As peças que seriam leiloadas. Pedi para Gina marcar um horário com Gean Carlo D'avilla ele é um empresário dono de umas das melhores lojas de antiguidades do país.
- E então? – Pergunto assim que ela desliga o telefone.
- Ele aceitou te receber em uma de suas lojas, mas tem um problema. Ela me olha preocupada.
- Qual? Fico apreensiva.
- É a loja de Boston e ele viaja para a Colômbia amanhã à noite.
A preocupação de Gina agora era a mesma que a minha, simplesmente por que estávamos a 8 horas de Boston e estamos em uma quarta-feira. Tento pensar em como chegar lá de forma rápida, mas não posso pedir o avião da família, pois sei que dona Amélia daria um jeito de me sabotar, penso em pedir ajuda ao Nicholas na base da ameaça, mas acho que dessa vez talvez não funcione. Então recorro a alguém que eu tenho certeza que tem seus planos para chegar até lá e voltar a tempo. Despeço-me de Gina e peço para ela fazer uma pequena mala e me encontrar em uma hora no estacionamento.
- Como à senhora vai? – Questiona.
- Só faz o que eu mandei.
Corro pelos corredores a procura da única pessoa que pode me ajudar agora, mas não encontro em lugar nenhum. Vou até a cantina e o avisto em uma mesa, sentado sozinho e me aproximo.
- Preciso de você. Urgente. Digo sentando-me na sua frente.
- Não estou fazendo caridade hoje, Carolina.
- É sério, Lucas.
- Estou passando por umas coisas, não tenho tempo para você. Ele levanta da mesa.
- Eu só tenho que chegar a Boston amanhã antes do anoitecer e sem que a minha família saiba e isso significa não usar meus motoristas, cartões de crédito ou o avião da família. Você tem todos esses recursos, por favor, Lucas. Eu fico te devendo uma. – Imploro.
Ele se vira como se fosse embora e nem se da ao trabalho de me responder, mas ele para perto da porta quando da de cara com Mauricio Ambrose. Lucas corre em minha direção me puxando pelo braço e saímos correndo para o estacionamento.
- Eu te levo, mas você vai ter que fazer uma coisa para mim. Ele fala rápido olhando para os lados.
- Que coisa?
- Depois eu te conto. Entra no carro. Ele destrava sua BMW X5 branca.
- O que? Agora? Preciso de uma mala de roupas primeiro.
Ele olha para os lados.
- Se quiser a minha ajuda é agora, Carolina. Entra logo nisso. – Fala apressado.
Eu hesito não posso sair sem nada assim desse jeito, mas quando Lucas vê seu pai vindo em nossa direção ele se transforma de forma estranha e entra no carro, liga e abre a porta do passageiro.
- Última chance, Carolzinha.
Eu olho para ele, para o carro e dou uma olhada para trás na esperança de ver Gina, mas isso não acontece, então decido ser racional e entro no carro e Lucas arranca rápido para longe dali.
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Três Mundos e Outras Coisas
Roman d'amourSer um playboy nunca foi uma tarefa difícil para Lucas, ele viveu seus dezenove anos sendo assim. Afinal filho de pais milionários e ocupados não restava alternativa ao garoto se não usufruir do dinheiro que a família possuía, até que na faculdade e...