Any Gabrielly, se vê desesperada em busca de um emprego para pagar suas contas e ajudar sua colega de quarto com as despezas, mas está tendo dificuldades em conseguir alguma vaga.
Joshua Beauchamp, um CEO frio e insensível que se vê perdidamente obc...
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Acordo com um feixe de luz e resmungo escondendo meu rosto em um cantinho quentinho, macio e cheiroso.
Tem o cheiro da Any.
Esse pensamento me faz sorrir e ao sentir uma movimentação em baixo de mim arregalo os olhos despertando do meu sono.
Me afasto e vejo a mulher que tem invadido meus pensamentos todos os dias deitada entre meus lençóis com os cabelos espalhados pelo travesseiro.
Tento ignorar momentaneamente a alegria em meu peito e relembro de tudo ontem a noite. Quando todas as memórias vão voltando lentamente pra minha cabeça esfrego o rosto e sorrio desacreditado. Talvez isso seja um sonho.
Olho para a cama novamente conferindo se ela não havia sumido e a vejo se virar na cama abraçando parte do lençol que estava sobrando.
Me deito novamente na cama com cautela, com medo de acordá-la e a admiro com um sorriso bobo morando em meus lábios. Afasto os fios de cabelo que cobriam seu rosto contemplando seu sono pacífico.
Com cuidado volto para debaixo das cobertas tentando me aproximar dela novamente sem que a mesma acorde, assim que seu corpo sente minha aproximação sua perna passa por entre as minhas e seus corpo se move em minha direção se aconchegando em meu peitoral e suspirando sonolenta.
Meu sorriso aumenta à medida que noto como ela sempre fica confortável em dormir em meus braços.
Acaricio seus fios rebeldes e inspiro seu cheiro o guardando na memória. Passo meus olhos pela pele descoberta de suas costas e passeio meus dedos por sua nudez sentindo ela ficar arrepiada.
Será que ela também nota? Nota quando seu corpo me responde ou quando sua guarda baixa e ela me nota mesmo que não seja proposital. Quando antes de adormecermos seu polegar acariciava meu pulso enquanto ela estava sonolenta e satisfeita, quase inconscientemente.
As vezes acho que só eu noto esses mínimos detalhes sobre ela. Quando a faço um pedido de café e ela curva minimamente os lábios enquanto revira os olhos, quando seu toque se torna gentil enquanto seu pensamento está vago. Quando ela me ama mesmo quando diz que me detesta.
Eu sei que ela me ama, ela só não sabe ainda.
O mesmo feixe de luz que me incomodou parece ter a incomodado, já que ela desperta abrindo os olhos e cobrindo o rosto. Seu olhar para sobre mim.
— Você lembra de algo de ontem?
— De cada detalhe — acaricio sua bochecha e ela bufa meio decepcionada e meio sorrindo.
Any analisa nossa posição por alguns segundos e tenta sair de meus braços, mas a mantenho presa neles. Seu corpo e sua mente trabalham separados, sua mente nega me aceitar, já seu corpo me convida a estar por perto.
— O que você tinha ontem? — murmura desistindo de sair de perto e deita sua cabeça em meu peito.
