n i n e t e e n

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— EU QUERIA QUE VOCÊ ESTUDASSE NA NOSSA ESCOLA

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— EU QUERIA QUE VOCÊ ESTUDASSE NA NOSSA ESCOLA. APRENDESSE A CONTROLAR AS SUAS HABILIDADES.

Diretora Weems diz, fazendo o Galpin ficar surpreso.

Há algumas semanas Mary havia comentado sobre o garoto estudar na Nevermore. Larissa achou a ideia legal, porque Tyler não sabia muito bem o que ele era, e podia evoluir.

O garoto não sabia o que responder, afinal até alguns dias atras chamavam ele de monstro.

Mary Addams sentia um peso na consciência. Ela sentia um peso por não ter ajudado o garoto, não ter estado ao seu lado quando ele precisava. Mesmo Tyler dizendo que estava tudo bem, e que a culpa era dele, a garota ainda se sentia mal.

Tyler iria dividir quarto com Ajax, o garoto que ele nunca mais queria olhar na cara.

Galpin sentia ciúmes de Ajax, porque mesmo ele ignorando os fatos, o garoto deixava obvio que era apaixonado pela Addams.

— E essa é a sua cama. — Ajax diz seco, ignorando o fato de que iria dividir quarto com o garoto que beijava a garota que ele gostava

— É...obrigado pelo tour — Galpin diz

— Você ainda está ficando com a Mary? Ou ela te odeia? — Ele pergunta, fazendo Tyler respirar fundo antes de falar qualquer besteira

— Estamos ficando. E se tudo der certo peço ela em namoro essa semana. — Ele força um sorriso, fazendo Ajax puxar sua toca cobrindo as cobrinhas da sua cabeça, e sair do quarto.

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— Você precisa confiar em mim. —a garota o disse, firme

—Você não viu a maneira como ele te olhava. —disse entre dentes. — Ele não te vê como apenas uma amiga. 

— Eu não me importo com a maneira que ele me vê. — Mary o respondeu. — Eu o vejo como o meu parceiro de Biologia. Você não precisa ficar dessa forma, Ty.

—Eu só tenho medo. —ele respirou fundo, sentando no banco do jardim de Nevermore 

— Medo?

— Medo de que um dia você apenas se canse. — Tyler olhou nos olhos da moça. — Se eu fosse normal...

— Tyler! Pare! —Mary falou seriamente.

— Eu apenas quero ser normal! — ele berrou. 

— Normal? Você quer ser normal?! — ela o olhava de forma incrédula. — Para você o que é ser normal? Na minha concepção, ser normal é não deixar com que diagnósticos ou limitações definam quem você é. Então pare de lamentar e sentir pena de si mesmo. — Mary respirou fundo. — Pessoas normais lidam com seus problemas, não há escapatória. Você não pode se culpar por ser um Hyde! Ninguém aqui é normal, e isso faz a gente ser especial Ty...

— Mas eu tenho um monstro vivendo comigo! E tenho medo dele machucar as pessoas de novo!

— Não vai acontecer tá? Eu estou aqui, com você...

— Mas e se você for embora?

Ela então suspirou, com os olhos marejados.

— Eu te amo e é isso que as pessoas fazem quando amam. Elas se importam e ficam bravas quando vê quem se ama jogando tudo para o alto. — e com um fio de voz continuou — Eu te amo.

Mary o encarava de forma terna e desesperada. Ela não queria que ele, simplesmente, desistisse de lutar contra o Hyde. Tyler não poderia se deixar definir por aquilo. Não o seu Tyler. E tudo que Tyler conseguia pensar naquele momento eram as curvas delicadas que os lábios dela faziam quando dizia que o amava.

— Eu também te amo. 

Calmamente a garota se aproximou do garoto e lhe deu um beijo nos lábios. 

Naquele momento, tudo na mente de Tyler ficou quieto. Todos as memórias sobre Hyde, todas as imagens que constantemente passavam desapareceram. A única coisa que Ty sentia era o gosto dos lábios de Mary. 





𝗜 𝗻𝗲𝗲𝗱 𝘆𝗼𝘂 || 𝗧𝘆𝗹𝗲𝗿 𝗚𝗮𝗹𝗽𝗶𝗻Onde histórias criam vida. Descubra agora