08- O reencontro

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Era um dia ensolarado e eu estava indo tomar sorvete com Olive. O sol brilhava intensamente, refletindo nas calçadas e criando um brilho suave ao nosso redor. O cheiro de flores no ar misturava-se com o aroma de waffle de uma loja próxima, criando um ambiente perfeito para uma tarde relaxante.

No caminho, esbarrei em Jeremiah, um rosto familiar e inesperado.

— Oi! É você, garota estabanada? – ele perguntou com um sorriso divertido.

— Oi! Eu mesma. Tudo bem? – perguntei, tentando parecer descontraída.

— Muitas mudanças... – ele respondeu, com um tom de voz que sugeria um peso recente em sua vida.

— Entendo. — disse, tentando transmitir empatia.

— Onde estava indo?

— Tomar um sorvete com minha prima. – expliquei, apontando para Olive que estava ao meu lado.

— Tudo bem, não vou atrapalhar o passeio de vocês, mas antes, você se importa de me dar seu número de telefone? — ele perguntou, parecendo um pouco hesitante.

— Você não é incômodo nenhum. Aqui. – disse, tirando um bloquinho e uma caneta do bolso e escrevendo meu número nele.

— Muito obrigado, vou te ligar. – ele disse, com um sorriso genuíno, antes de nos despedirmos e continuarmos a caminhar.

Assim que nos afastamos, Olive me lançou um olhar curioso.

— Ok, agora é minha vez. Quem é ele? – ela perguntou, não conseguindo esconder sua curiosidade.

— Me encontrei com ele no aeroporto. – respondi, dando de ombros.

— Sua mãe sabe dele? – Olive perguntou, levantando uma sobrancelha.

— Por enquanto não. – admiti.

— Dou poucos dias para ela descobrir. Sua mãe é uma ninja! – ela disse, rindo.

Mais tarde, eu estava no meu quarto, deitada na cama e perdida nas páginas de um livro. O sol da tarde entrava pela janela, criando um jogo de sombras no chão. De repente, meu celular vibrou, me tirando da concentração. Era Jeremiah.

— Oi, Jer! – disse, atendendo o telefone.

— Oi! Falei que iria ligar. – ele disse com um tom animado. — Pode me dizer seu nome de verdade?

— Liv. – respondi, um pouco nervosa.

— Nome bonito, Liv. O que está fazendo de interessante? – ele perguntou.

— Lendo um livro. — respondi, olhando para a capa do meu livro.

— Qual? – ele perguntou.

— Harry Potter; Já leu? – perguntei, curiosa.

— Esse é meu livro favorito. – ele disse, e eu podia ouvir o sorriso em sua voz.

— Sério? Que incrível. – disse, surpresa.

— Que tal nos encontrarmos na biblioteca às 22:00 para ler? – ele sugeriu.

— Ótima ideia. – concordei, já ansiosa pelo encontro.

— Bom... até mais. – ele disse antes de desligar.

Já pronta, encontrei Olive também arrumada, parecendo tão animada quanto eu.

— Vai para onde? — perguntei, curiosa.

— Eu que pergunto. – ela retrucou.

— Me encontrar com Jeremiah na biblioteca. – expliquei.

— Vou me encontrar com Kevin. – ela disse, sorrindo.

— Então estamos kits. – disse, rindo.

— Venha. No meu quarto tem uma janela fácil para sair escondido. – ela disse, puxando-me pela mão.

— Como sabe disso? Inclusive... existe uma coisa chamada "porta". Conhece? – perguntei, rindo da situação.

— Como acha? E... é mais emocionante usar a janela. – ela disse, piscando para mim.

De repente, um barulho alto nos fez congelar. Era Cal, parado na porta.

— O que estão fazendo? – ele perguntou, com um olhar curioso.

— Cal, precisa fazer silêncio. Não conte isso a ninguém. – Olive alertou, colocando um dedo sobre os lábios.

Saímos pela janela, tentando não fazer barulho. Olive me conduziu cuidadosamente, seus passos leves e precisos.

— Pise onde eu pisar. – ela instruiu.

— Por que? – perguntei, tentando não rir.

— Não pergunte. Faça. – ela respondeu, com um sorriso misterioso.

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