07-Papai urso

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O sol começava a se pôr quando minha mãe se virou para mim com um olhar sério.

- Filha, mamãe vai para a delegacia, vá para casa com tio Ben. - ela disse, a determinação evidente em sua voz.

Tio Ben, sempre preocupado, se inclinou para mim e sussurrou:

- Não se esqueça. Não diga nada a ninguém.

- Pode deixar, papai urso. - respondi com um sorriso, tentando aliviar a tensão.

Quando saímos do prédio, uma multidão de jornalistas e curiosos se aglomerava do lado de fora. As câmeras piscavam e os repórteres gritavam perguntas, criando um caos ao nosso redor. Um homem se aproximou de tio Ben, interrompendo nossa caminhada.

- Continue andando. - tio Ben disse, com uma expressão séria.

Caminhei rapidamente para uma área menos tumultuada, sentindo um pouco de alívio ao deixar a multidão para trás. Quando tio Ben finalmente se juntou a mim, perguntei:

- O que houve?

- Não se preocupe. Nada demais. - ele respondeu, tentando me tranquilizar, mas percebi uma ponta de preocupação em seus olhos.

Chegando em casa, encontrei Olive sentada no sofá, mexendo no celular. Me sentei ao seu lado e ela rapidamente desligou o aparelho, como se estivesse escondendo algo.

- Oi, Olive. - eu disse, tentando parecer casual.

- Oi! Tudo bem? - ela perguntou, com um sorriso um tanto nervoso.

- Quem é ele? Acho que você esqueceu de me contar essa parte. - provoquei, arqueando uma sobrancelha.

- Como assim? - ela tentou disfarçar, mas eu continuei rindo.

- Não se faz de sonsa. Você sabe do que eu estou falando. - insisti, divertida.

Olive suspirou, percebendo que não adiantava esconder.


- Tá bom! Você me pegou. Se lembra do Kevin? - ela perguntou, um sorriso tímido surgindo em seu rosto.

- Como esqueceria? - respondi, revirando os olhos.

- Às vezes eu esqueço que se passaram apenas dias para vocês.

- Fique tranquila. - disse, tentando tranquilizá-la. - Mas me conta, o que está rolando?

- Promete não contar para ninguém? Principalmente papai e Cal. - ela pediu, olhando-me com seriedade.

- Juro de dedinho mindinho. - respondi, levantando meu dedo mindinho.

- Estamos namorando.

- Está brincando?! - exclamei, pulando do sofá e abraçando-a. Ela riu, contagiada pela minha animação. - Que fofos! Sempre achei uma química em vocês.

- O que estão fazendo? - Cal chegou do nada, me abraçando por trás.

- Oi, toquinho de gente. Nada demais, precisa de alguma coisa? - perguntei, me virando para ele.

- Eu perdi minha escova de dente. - ele disse, com uma expressão preocupada.

- Sua mãe comprou uma caixa cheia de escovas legais. Venha. - respondi, pegando sua mão e guiando-o para o banheiro.

Mais tarde, enquanto eu estava no meu quarto, recebi uma ligação de minha mãe. Atendi rapidamente, ansiosa para saber como ela estava.

- E aí, conseguiu? - perguntei, tentando esconder minha preocupação.

- Sim, filha. Mas irei precisar passar por alguns obstáculos primeiro. - ela respondeu.

- Quais seriam? - perguntei, curiosa.

- Treino com armas, avaliação física e psicológica.

Antes que pudéssemos conversar mais, tio Ben gritou do andar de baixo:

- Liv, Olive! O jantar está pronto.

- Oba! - exclamei, deixando o pincel de maquiagem na escrivaninha e correndo para encontrar Olive na escada. Ao chegarmos à cozinha, vimos tio Ben e tia Grace se beijando. Olive fez uma expressão estranha.

- O que foi? - sussurrei.

- Nada. - Olive disse, passando na minha frente e tentando disfarçar.

Nos sentamos à mesa, o cheiro delicioso da comida preenchendo o ar. O jantar foi tranquilo, mas havia uma tensão sutil no ar, uma sensação de que algo grande estava por vir.

 O jantar foi tranquilo, mas havia uma tensão sutil no ar, uma sensação de que algo grande estava por vir

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