jogos de salão

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Eu desço para a festa lá embaixo eventualmente, depois de tirar os sapatos pretos brilhosos que apertava muito meus dedos, o qual ganhei ele junto com o terno. Queria estar calçado em minhas boas e velhas botas Chelsea, apesar do degaste no material delas são mil vezes melhor do quê os sapatos que fiz questão de abandonar no quarto lá encima.

Ainda não tiro o número dezenove da cabeça e nem a, agora, garrafa de champanhe da minha mão, paro no pé da escada e viro a garrafa, descendo gelado e rápido na minha garganta.

Eu não posso ser único a já ter dormido com quase vinte caras.

- Que fofinho. - dou batidinhas na cabeça de um homem baixinho que está ali perto dos degraus conversando com uma mulher.

E saio a tempo de ouvi-lo dizer: - O que a bebida faz com a pessoa.

- Pois é, né. - a mulher com quem ele conversa comenta.

Ok. Talvez eu esteja um pouco alto, mas me sinto tão leve. E só for isso que a bebida faz com êxito eu quero mais dela.

Passo entre um casal que fecha o corredor, e reconheço meu primo que está ali conversando com um homem, ao qual eu viro as costas: - Boo... - digo assentindo e olhando para ele, que assente de volta segurando o copo de cerveja. Ele volta a conversar e antes que me distancio totalmente eu digo ao homem que conversa com ele: - Cuidado! - aponto. - Ele pode machucar seus mamilos. - e saio.

Quando chego na sala, minha mãe está lá dando seu pequeno mais bajulador discurso.

- Quero agradecer a presença de todos para comemorar a realização de um sonho, o noivado de Gemma e Edie.

Eu me perco nos canapés, antes que eu consiga me esbaldar em um a bandeja sai de meu alcance. Arg!

- Como a maioria aqui sabe somos uma família que gosta de fazer brindes. - vou rumo ao sofá que está no meio da sala, disputando espaço junto com os convidados. - Então, para dar início a comemoração o irmão da Gemma, Harry. - antes que eu sente eu me levanto rápido, segurando mais forte a garrafa meio vazia em uma mão e estendo a outra para o alto, recebendo uma salva de palmas.

- Oi. - caminho para o meio da sala, cumprimentando os convidados. - Ah! - eu faço algo esquisito quando tenho a atenção de todos, como se fosse atacar. Eu amo a bebida e as coisas vergonhosas que fazemos quando estamos sob o efeito dela, algo que não temos coragem de fazer com sobriedade, mas que pensamos. Eu rio junto com os convidados. - Quando a Gemma me contou que estava namorando com o Edie, eu quase não acreditei. - digo e os convidados se comovem. - Eu disse, Edie Volgort? - digo vendo ele dá um selinho na minha irmã. - O otário com quem você saiu no ensino médio? Ele era o maior otário de todos. - Eu rio, mesmo sentindo o surto da minha mãe querer dar as caras. O que me segura é estarmos entre tantas pessoas. - Pior até do quê Mãos de Bebê. Vocês lembram dele, né? Mãos de Bebê. - faço um gesto com as mãos rindo para algumas pessoas que filmam com seus celulares. - Vocês sabem como Edie terminou com ela? Começou a namorar a melhor amiga dela. Que está aqui, hoje! Sheila? Levanta aí. - aponto para ela e faço um gesto para ela se lavantar, de repente todos os olhos presentes focados nela. Ela se levanta rindo, assim como eu ela está alta por conta da bebida. - Mas, mas quando Edie viu a Gemma na reunião de ensino médio, percebeu que tinha cometido um grande engano, sem querer ofender Sheila. - a olho, vendo a mesma negar. - E agora, o Edie é incrível. Ele nem parece o mesmo cara, apesar dele ser exatamente o mesmo cara. - rio olhando-o junto de minha irmã. - Meu Deus, eu queria ter ido a reunião do meu ensino médio, mas eu estava deixando meu cabelo crescer. Eu estou sempre deixando meu cabelo crescer. - passo a mão em meus cabelos naquela ondulação selvagem, que agora já passam um pouco de meus ombros. -Estou quase raspando ele. - comento, o silêncio seguindo logo depois. Até que eu finalmente faço o brinde: - Bom, a Gemma e ao Edie! - levanto o champanhe e acabo por impulso brindando com um homem ali perto de mim que segura uma taça, que logo quebra por conta do choque com a garrafa, sujando a roupa dele, os cacos caindo no chão e algumas pessoas rindo.

What's Your Number? • [Larry Stylinson-ADAPTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora