a toalha

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Boa leitura, comentem e votem.❤️

Quando acordo estou com meu rosto no teclado e um pênis animado de bolas cheias balançando na tela do computador. Ele tem olhos na glande.

Louis.

Escuto a voz dele junto com outra vindo do seu apartamento. Talvez ele seja minha única chance. Levanto e corro até a porta, segurando os meros resultado de minha pesquisa e quando abro encontro Louis nu com a pequena toalha sendo segurada para cobrir seu pênis enquanto segura uma maça com a outra mão e usando a mesma para pegar o jornal.

- Oi. - exclamo muito animado, antes das oito da manhã. Uau. Eu não quero parecer um desesperado, mas sinto que falhei aqui.

- Bom dia, 6C. - ele diz já se virando para entrar.

Eu olho para as escadas com receio de ver sua bunda nua. Eu evito sempre que isso acontece para o meu próprio bem. Minha sanidade é fraca e eu nem quero ser a próxima vitíma de alguém que vive tão perto. Tipo no mesmo prédio e vizinhos de porta.

- Eu sei que você tem companhia, mas eu queria te fazer uma perguntinha rápida. - digo o olhando de esguelha quando ele volta seu corpo nu para fora do apartamento. - Lembra quando disse que era bom em desenterrar podres? Será que eu poderia pagar para achar umas pessoas para mim?

Nem eu mesmo acredito em mim e do que sou capaz. E isso pode ser um perigo ou um dádiva, depende do momento.

Se eu for pensar muito a cada coisa que quero fazer na vida acho que não viveria.

- Se eu vou te ajudar vou querer mais informações que essas. - diz, se escorando no batente da porta e mordendo a maçã.

Minha mente o imaginou como Adão no jardim do Éden por um momento, a pele exposta com a toalha perdida no cenário e tomando o lugar da folha verde.

Tentador. Balanço de leve minha cabeça em negação.

A pergunta me acerta em cheio.

- São uns caras que eu namorei. - digo perdido e soando estranho.

- Ah. - ele dá com a mão que segura a maça.- Você tem herpes. É melhor nem contar pra eles.

- O quê? Não! Eu, ah sei, lá. - digo saindo da porta do meu apartamento e indo até a porta dele. - Eu acho que algum deles pode valer uma segunda tentativa. - estendo para ele o papel com os nomes e a pesquisa mal sucedida.

Ele chega perto jogando seu jornal em seu apartamento e eu, mais uma vez, deixo meus olhos focados na escadas. Ele tem cheiro de sexo, maça e desodorante, parando em minhas costas comendo a maça enquanto eu deixo o papel na altura de seus olhos e... A toalha presa em suas mãos que antes cobriam suas partes baixas é levada até sua boca para secar a água da maçã.

Eu olho sua virilha quase no automático e... Porra... Porra. É possível alguém ter um pênis bonito? E um tamanho considerável mesmo sem estar ereto? Porque sim, foram segundos, mas foram suficientes para o que vi e em como meus olhos guardaram a imagem. Para sempre.

Eu fico constrangido, e ouço o som de mastigação que ele faz, que por ele ser uns centímetros mais baixo que eu o barulho vem rente ao meu ouvido, até que responde:

- Não. - e sai de perto de mim. - Eu me recuso a participar dessa loucura. - entra em seu apartamento virando de frente para mim. - Eu não sei porquê terminaram com você e vou proteger os caras.

- Espera. - digo balançando o papel. Talvez eu esteja indignado. E enraivecido. - Por que acha que foram eles que terminaram comigo?

Ele se inclinam de seu apartamento, seu peitoral tatuado estufado no meu sentido. Ele tem um setenta e oito nitído no seu peito e umas letras cursivas indo de uma clavícula a outra.

What's Your Number? • [Larry Stylinson-ADAPTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora