celibatário

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Sinto um braço pesado cair encima de mim e abro os olhos, estou no meu apartamento e já amanheceu, olho a mão que cai no meu peitoral bem encima do meu mamilo. Não acredito. Eu viro cautelosamente para ver o rosto. E o pior não é nem ver o rosto do meu ex-chefe de bruços ao meu lado na cama, mas sim ver que ele está nu da cintura para baixo e eu: totalmente.

- Ai caramba! - balbucio olhando a bunda dele.

Não, não, não. Eu não posso ter dormido com ele.

Tiro seu braço de cima de mim, me sento na cama e tento não gritar enquanto processo a noite anterior. Visto uma camisa grande minha que estava no chão do quarto, pego meu celular na cômoda e vou a passos apressados para o banheiro, me lastimando enquanto busco o número de Gemma.

- Oi.

- Eu dormi com meu ex-chefe. - sussurro no telefone, sentado no chão do meu banheiro próximo a porta.

- O Cowell?

- Não! O emprego do qual fui demitido.

- Você foi demitido? - ela pergunta exaltada e então eu lembro que ela não sabia, mas eu tenho um problema maior agora.

- A culpa é sua! - olho para o quarto e vejo que ele acordou.

- Quando tentei tirar você do bar ontem à noite você cuspiu em mim. Mas parabéns você disse que o vigésimo seria seu marido, tá no vigésimo!

- Não. Me. Enche. - sussurro sentindo minha cabeça doer. Eu bebi álcool puro ontem?

- Sabe que eu não pensei que aconteceria tão rápido? Mas olha, eu estou muito emocionada. Ei, Edie - ela chama ele ao telefone. - O Harry vai se casar. - eu ouço ele dizendo legal e eu tenho vontade de cuspir na Gemma. - Ele adorou.

Reviro os olhos mesmo que ela não possa vê.

- Você está sendo sarcástica. Mas talvez ele seja meu marido, talvez seja o destino e agora temos uma ótima história para contar para os nossos netos. - o olho e ele está se vestindo, reparo nele distraído enquanto se veste. - Eu não sei porque nunca pensei nele antes. - assim que termino vejo ele enfiando as mãos nas calças, apalpando seu pau e... Ai meu Deus. Ele cheira. Uma cheirada profunda enquanto seus dedos balança em seu nariz. Volto a olhar para o banheiro, fitando os azulejos e tentando apagar da minha mente fotográfica o que eu acabei de ver. - Ele não vai ser meu marido.

Estou na sala, inquieto enquanto Lucas está no banheiro, tenho fugido dele desde o quarto me enfiando em uma calça minha e correndo para a sala, tendo que lidar com uma ressaca eminente. Céus, isso não está acontecendo, está?

- Bom dia. - o saúdo, assim que ele surge, saindo do meu quarto e indo para minha cozinha.

- O papel higiênico acabou, ein? - comenta.

- Ok. - digo, inquieto, andando e balançando os braços.

- Fez café? - ele pergunta da cozinha.

- Não, tem uma padaria no caminho do metrô.

- Ah, que beleza. Pegou o jornal? - ele pergunta abrindo minha geladeira.

E eu não falei para ele se sentir em casa. Mi casa su casa.

- Não, eu não assino. - digo ainda inquieto quando ouço batidas na porta. Vou até ela subindo os três degraus que separa o piso.

- Bom dia, 6C. - Louis diz assim que eu abro a porta, estendendo um jornal com um sorriso no rosto.

- Isso não é meu. - eu pego o jornal rápido de suas mãos e o jogo na escadaria, naturalmente. Porra, eu estou nervoso e eu quero que meu ex-chefe, o qual eu dormi na noite passada, vá embora para eu poder surtar sobre isso em paz.

What's Your Number? • [Larry Stylinson-ADAPTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora