Capítulo 2: Beijo

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Eu estava muito vermelha e completamente sem reação. De repente, ele diz, quase cochichando:

- Eu vou te beijar, tá? - Mathias pergunta sem me dar tempo para responder, já que, em seguida me dá um selinho.

Quando tomo consciência da situação, puxo ele pela camisa, me encosto na parede e ele me olha sedento por um beijo. Ele pega meu queixo e levanta meu rosto ligeiramente para cima, nesse momento, me dá outro selinho, mais um, outro e outro que se transformam em um beijo intenso. Ele me pressiona contra parede com as pernas, desce as mãos para a minha cintura e me puxa para perto. Seu beijo era fenomenal e o encaixe foi perfeito.

As mãos que estavam na cintura alisam cada extensão da minha pele, ora apertam minha bunda, ora passam pela lateral da coxa, então sobem para a cintura novamente e brincam com os meus seios, mais para cima, puxam meus cabelos e guiam minha cabeça durante o beijo. Eu, não muito diferente, tenho as mãos no seu rosto e mantenho sua boca junto a minha sem dar descanso pra respirar. Mordo seu lábio inferior e despejo beijos pelo seu maxilar e pescoço. Depois, mantenho uma das mãos na nuca e a outra passa arranhando suas costas com força. Começo a deslizar os dedos nas marcações da sua "entrada" e contornar o elástico da cueca, puxando seu corpo contra o meu. Logo, ele me enforca e coloca minha cabeça contra a parede, enquanto sua mão desce fazendo pressão entre as minhas coxas, em meu íntimo. Ele enfia um dos dedos na minha intimidade e com outro começa a ativar meu clitóris, sinto cada pelo do meu corpo se arrepiar. Nesse intante eu me rendo completamente, com a respiração ofegante, ele me pergunta: "Já está sem ar?". Então ele puxa minhas pernas, as quais eu cruzo nas suas costas, e me segura acima do chão. Depois, aumento a velocidade e intensidade do beijo, deixando chupões aqui ou ali. Em determinado ponto, ele fala para mim, baixinho, na minha orelha:

- Vamos para a salinha dos funcionários. Teremos mais privacidade.

- Não sei se é uma boa ideia. - Nessa hora, meu coração bateu mais forte e, não do jeito bom, é daquele modo que você está morrendo de medo do que vai acontecer em seguida. 

- Você quer que eu enfie a mão na sua boceta aqui mesmo? Praticamente na porta de entrada do prédio?

- Que tal não fazer isso? 

- Tem certeza de que não quer mesmo? - Ele diz subindo a mão pela minha coxa e adquire uma expressão travessa. 

- Eu...eu... - Começo a gagejar, mas estava completamente movida pelo desejo que ardia no meu peito e entre as minhas pernas. Mordo o lábio.

- Vem cá. - Ele me puxa calmamente pelo braço em direção à sala. 

- Não vai aparecer ninguém? - Digo encostada na porta.

- O único turno noturno é o do porteiro, que está dormindo ali, e vai fazer o favor de nos emprestar as chaves. - Ele fala enquanto pega, rouba para ser mais precisa, ligeiramente o arranjo de chaves do porteiro.

Mathias destranca a sala, que era não muito maior do que um banheiro social, e possuía apenas uma mesa e artigos de cozinha. Logo que termina de fechar a porta, ele me puxa e volta a me beijar intensamente. Com a luz apagada, uma única fresta da luz da Lua, que passa por uma minúscula janela para ventilação, ilumina o local. Eu tiro o casaco e fico apenas com o meu top e minha saia de couro. Em seguida, Mathias me coloca sentada sobre a mesa, beija meu pescoço e vai descendo até os meus seios. Suas mãos apertam a minha nuca e puxam meu corpo contra o dele. Consigo senti-lo duro. Eu só conseguia pensar nele dentro de mim. Quando percebo, meu top está na altura da minha cintura e as mãos dele se esgueiram para debaixo da minha saia tentando tirar minha calcinha, mas sem sucesso, visto a posição em que eu estava. Então, abaixo o zíper da saia, deixando-a mais folgada para que ele pudesse a subir sem dificuldade. Então, ele começa a acariciar a parte de dentro da minha coxa, beirando a minha calcinha, como se quisesse me torturar um pouquinho antes de tirá-la. Nesse meio tempo, impeço que ele continue quando coloco minha mão dentro da sua cueca, tiro seu pênis e começo a bater uma punheta para ele. - E não, eu nunca tinha feito isso. Não tinha a menor ideia se aquilo estava certo. - "Mais rápido", ele susurrava para mim. Assim eu fiz, continuamos nesse ritmo, mas antes que ele pudesse gozar,  ouço uma voz e me afasto rapidamente:

- Mathias, mano. Para onde você foi com os meus cigarros?

Era Gabriel, o qual nem podia sonhar que eu estava beijando outro. Eu olho com desespero para Mathias que acende a luz e diz:

- Que merda! Eu não posso ir agora.

- Por quê, caralho? - Pensei melhor e entendi o que estava havendo. Confesso que a situação é engraçada. - Mas, ele tá procurando você, não eu. O que eu faço? - Pergunto.

- Jade, leva ele pra cima de novo. Ninguém pode ficar sabendo disso, entendeu?  

Junto meus pertences com pressa e ajeito minha roupa e meu cabelo. Quando estou prestes a sair, ele fala:

- Toma. Veste o casaco. Seu busto tá marcado. - Ele se aproxima com o casaco aberto e me ajuda a vestir.

- Você deixou chupão!? - Pergunto desesperada.

- Não, mas tá vermelho agora. Vai rápido, anda. - Ele responde me empurrando para fora.

Virando o corredor, vejo Gabriel afobado a procura de Mathias, ou melhor, do fumo dele. Vou em direção a ele e falo:

- Ei, Gab, amor. Está fazendo o que aqui embaixo? Vamos lá pra cima.

- Agora é amor, sei... - Responde ele com um sorriso malicioso, mas, em seguida, muda de expressão. - Eu que te pergunto, Jade. Está fazendo o que aqui e com o casaco do Mathias? Vocês estavam juntos? - Puta merda! Como eu vou contornar isso? 

- Calma bem, não é o que você está pensando. Eu encontrei com ele sim, mas ele já estava de saída. Quanto ao casaco, eu estava com frio e ele me emprestou. - Respondi com confiança para parecer convincente.

- Então, ele já foi embora. Que babaca, velho. Foi embora com o meu pacote de cigarros. - Gabriel reclama enfurecido. 

Nesse instante, percebo o bolso do casaco volumoso e coloco a minha mão dentro:

- Aqui, não é isso que você está procurando? - Eu digo mostrando a ele o pacote com os cigarros.

- É por isso que eu gosto de você, gata. - Ele fala muito alegre.

- Estou sempre aqui para atender aos seus desejos. - Respondo e, depois, me arrependo quando lembro do episódio de mais cedo. Com essas brincadeirinhas, só continuo dando mais esperanças e sinais verdes para ele continuar. 

- Quer um? - Ele pergunta colocando um na boca e acendendo com seu isqueiro. 

- Não, valeu. - Há um pequeno silêncio. - Olha, foi tudo muito legal. Me chama mais vezes, viu? Já estou indo embora. 

- O quê? Mais já? 

- Já passou de 1 hora da manhã. É hora de dormir. - Digo e dou uma pequena risada.

- Fica aqui e dorme comigo. - Ele diz em tom de brincadeira e ri. - Relaxa, tô te zoando. 

- Você é um bobo mesmo. - Dou um abraço nele. - Tchau, Gab. Até mais. 

- Tchau... Ah, é! Jade, quer que eu te acompanhe até em casa ou prefere ir sozinha? - Ele pergunta.

- Uma amiga está por perto. Ela já vai chegar para me dar carona. Pode subir, cara. Vou ficar bem. - Digo e dou uma piscadinha.

Gabriel, enfim, sobe as escadas e volta para o andar de cima. Na saída do prédio, o Mathias me esperava com as duas mãos no bolso e uma expressão de preocupação. Pelo visto, ainda tínhamos muito o que conversar.

Mathias me olha fixamente, tira as mãos do bolso, esfrega a cabeça e diz:

- Jade, preciso falar com você antes de ir. - Seu tom era muito sério.

- Claro. Só seja breve, minha amiga vem me buscar em 5 minutos.

P.S. Que beijo!! Pirei!! O que o Mathias quer falar com a Jade, hein?
Leia mais capítulos para saber o que vai acontecer em "A Escolha". Até breve :) <3

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