"- Matemática não vai trazer o Hexa, Bibi."
"- É Gabriela, pra você."
PRA ALGUÉM QUE ESTAVA ACOSTUMADA a viver racionalmente, Gabriela Bouttini se viu em um inferno, quando teve que passar pela experiência mais maravilhosa da sua vida, com alguém qu...
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COMEÇAR MAIS UM DIA? Gabriela não queria. Por ela, passaria todo o dia em seu quarto, mas tinha colocado em sua cabeça no dia anterior que iria fazer algo de útil quando acordasse. Já havia passado uns dias desde que chegaram, e, diferentemente da rotina dos garotos, que estava cada vez mais pesada e corrida, a rotina de Gabi estava cada vez mais monótona, a única coisa que fazia fora do quarto era assistir aos treinamentos, o tédio era tão grande, que começou a fazer anotações sobre cada um dos jogadores e suas habilidades em seu caderninho.
Gabi acreditava que quantos mais passasse no monótono, na preguiça, cada dia mais se tornaria pior, então, decidiu que iria lutar conta seus caprichos, e iria fazer algo diferente.
Mesmo que fosse muito difícil lutar.
Rodou a cama, de um lado pro outro, cada vez mais se enrolando com o lençol, e acabou caindo com a cara no chão, praguejando baixinho. Foi então, que escutou batidas na porta, e não se importando que ainda estava de pijama, se enrolou com o lençol, e foi atender.
Sorriu quando abriu, tinha sido um pequeno buquê de flores, com uma barra do seu chocolate favorito, junto com um cartão dizendo: "Bom dia, bonequinha, papai te ama.". Aquilo melhorou muito o seu humor, mas ainda se sentia cansada, e por incrível que pareça, nem o banho ajudou.
Uma de suas fraquezas, era doce, e Tite sabia disso, mas também, não gostava quando a garota ingeria qualquer coisa doce, em qualquer hora. Ela vestiu uma calça, na tentativa de se esquentar, uma camisa de manga longa, pegou seu sobretudo e se direcionou até o elevador, comendo metade da barra de chocolate Alpino.
Ela só queria deitar, sentia seu corpo mole e preguiçoso, quando ela chegou na área de descanso do hotel, viu a oportunidade que precisava, estavam três dos jogadores, e dois deles sentados, um em cada ponta do sofá.
- Eu não aguento mais. - se jogou em cima deles, colocando a cabeça no colo do Rodrygo, e consequentemente, seus pés no colo de Martinelli. - Sinto muito, Martinelli, mas finge que nos conhecemos e temos intimidade o suficiente pra eu jogar minhas pernas em cima de você, só por hoje, por favor, não tô muito bem.
- Tá doente, Gabs? - Rodrygo perguntou, fazendo cafuné na sua cabeça.
- Só tô me sentindo muito cansada.
- A noite foi agitada, Bibi? - Antony riu. - E essa marca no seu ombro?
- Os números, que ganharam vida, tiraram minha roupa de madrugada e se divertiram pelo meu corpo. - ironizou.
