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- ele tá estranho, né? -

- ele tá estranho, né? -

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FOI O CAFÉ DA MANHÃ mais agitado que a seleção teve durante todo o período da estadia, afinal, o próximo seria o último, pois viajariam para o Catar, para por fim, cumprir com a responsabilidade que lhes fora imposta. Estavam divididos em umas três mesas, sendo divididas mais por questões de afinidades.

Em uma das mesas do canto estavam Rodrygo, Lucas, Vini, Richarlison, Neymar, Antony e Gabriel Martinelli, sobrando ainda dois lugares desocupados, atraindo Casemiro até lá.

- Levanta daí, cara, não tá vendo que a Gabi tá vindo? - Paquetá sussurra para Casemiro, que resolveu sentar entre Antony e Neymar, e o olhou confuso. - A gente tá guardando esse lugar pra ela, e eu acho que não preciso explicar o porquê. - Ele insinua. Casemiro ainda olhou confuso por cinco segundos, e logo se deu conta, indo sentar entre Rodrygo e Richarlison.

Antony apenas observava, sem dizer uma palavra sobre o assunto Gabriela Bouttini, e nem sobre a tentativa atrapalhada dos amigos para que ela sentasse ao seu lado. Contudo, mesmo sendo patética, a tentativa funcionou. Ela nem precisou ser chamada, apenas se aproximou e sentou, desejando um bom dia a todos eles, que ao menos para ela, estavam se tornando grandes amigos.

- Bom dia. - Todos responderam em coral. Bom, não todos.

- Desaprendeu a ser educado? - Gabi sussurrou para Antony, em forma de brincadeira.

- Não, só não sei o porquê de dar bom dia, se o dia não está bom. - Ele disse num tom mais alto, meio ríspido, e ela sentiu aquilo. Todos sentiram.

- Essa é a graça de desejar bom dia, Antony, para que o dia seja bom. - Ela sorriu, sem graça.

- Gabs, tenho que te falar, os garotos gostaram tanto da leitura ontem, que ficaram falando disso até pegarem no sono, eu e a Duda não aguentávamos mais. - Paquetá riu.

- Eles são uns fofos, e foi uma experiência muito gratificante, eu achei. Uma pena que já vamos embora, queria voltar lá mais uma vez. - Ela suspirou, fazendo Antony soltar uma risada baixa, desacreditado.

Não que ela lhe devesse algo, mas ele não se sentiu bem a vendo abraçada com o garoto da cafeteria com tanta intimidade. A mesma intimidade que eles tiveram na madrugada, quando ela colou sua pele na dele, suas respirações e seus corações se encontrando. Um não tão simples abraço. Aquilo sim, foi especial, e ele esperava que tivesse sido para Gabriela o quanto foi para ele.

Gabi percebia que eles estava estranho. Depois de longos minutos de conversas, risadas, ele continuava a mesma coisa, só tinha sussurrado algo para Gabriel, mas nada que pudessem ter ouvido. E, pelo visto, não foi só ela quem percebeu. Ao menos estava imersa no assunto da vez, quando seu celular vibrou, indicando que havia uma nova mensagem:

𝘙𝘢𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘥𝘢 𝘮𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘤𝘰𝘱𝘢 - 𝘈𝘯𝘵𝘰𝘯𝘺 𝘔𝘢𝘵𝘩𝘦𝘶𝘴Onde histórias criam vida. Descubra agora