Visenya Murphy. Uma das garotas mais inteligentes de sua geração, Princesa da Grifinória, aquela que uniu James Potter e Lily Evans.
Essas eram todas formas de se descrever a mesma garota, e nenhuma delas estava errada. Mas antes fosse só isso.
É possível dizer que Visenya possui dois lados, duas faces, igualmente verdadeiras e que compõem o intrigante ser que é a bruxa. Um, é o que ela mostra ao mundo, aquela que é a melhor amiga de Lily e Marlene, a que é parte dos Marotos e ama esse fato. Este lado é o que possui a sua felicidade, alegria, tudo aquilo que Visenya mais ama.
Mas, existe uma outra parte sua que Visenya prefere manter escondida do mundo. Esta parte, é aquela que nem menos Remus Lupin, a pessoa de quem Visenya é mais próxima no mundo inteiro pode imaginar que existe. Essa metade é quebrada, cheia de ira, ódio, e uma dor tão profunda que levaria qualquer outro a insanidade.
Seus amigos nunca entenderiam, e como poderiam? Todos eles viveram vidas felizes até então, e Visenya é grata por isso, afinal, não desejaria que nem seu pior inimigo fosse sentenciado a vivenciar seu sofrimento. A única pessoa que poderia ser capaz de entender e se relacionar com a dor da bruxa sorridente é ninguém outro se não Sirius Black, o mesmo que Visenya tenta afastar a todo custo, com medo de que seu fardo seja colocado sobre os ombros de um garoto que já vivenciou muito mais do que alguém com meros dezesseis anos deveria.
Sirius, como todos bem sabem, não é estranho ao sofrimento. Não, ele o conheceu extremamente cedo, infligido justamente pelas pessoas que deveriam protege-lo de todo o mal. Sirius o conheceu dentro de sua própria casa, onde era punido por coisas que estavam além de seu controle, como para qual casa de Hogwarts fora selecionado naquele primeiro de setembro. Mas o Black, assim como Visenya, que haviam conhecido as brutalidades da vida em uma idade tão jovem, não deixou que isso o amargurasse. Ao invés de endurecer seu coração, como se esperaria, Sirius manteve um sorriso no rosto, e tratou de tirar o melhor de sua situação, sendo apoiado por seus melhores amigos, que não hesitaram em ajuda-lo, mesmo quando a tal ajuda necessária foi acolher o garoto quebrado que havia fugido de casa, afinal, o que é o lar se não o primeiro de lugar de onde aprendemos a fugir?
Agora, com o fim de Hogwarts e a guerra para acabar com todas as guerras se aproximando, Visenya tinha uma escolha para fazer, uma única escolha que seria responsável por moldar o seu futuro, a própria bruxa que ela se tornaria.
E então, resta a pergunta. Vai o que ela invocou, destruí-la?
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Nada é o que parece
FantasyQue Sirius e Visenya se amavam, ninguém poderia negar, a não ser é claro, os dois envolvidos. Todos os amigos da dupla podiam ver nitidamente o quanto ambos ansiavam pela presença um do outro, mesmo que sem dizer as palavras, e se possível, isso só...